Maldição 2: A Bruxa da Casa ao Lado

61 6 3
                                    

Não sei exatamente como contarei esse testemunho, tenho medo, muito medo, mas vou tentar relatar tudo para que você não cometa o mesmo erro que eu, e se conseguiu encontrar isso é porque não sobrevivi...

Era apenas mais um dia assim como qualquer outro, havia acabado de me mudar para uma casa nova na cidade de Luis Eduardo Magalhães em Bahia no bairro chamado Santa Cruz, o bairro era sossegado, raramente se escutava barulho de veículos ou de sons automotivos, mas uma coisa havia chamado minha atenção, havia uma casa no lado da minha, uma casa antiga pela sua estrutura, as paredes era de concreto e estava rachado, tintas gastas e as janelas estava com os vidros estilhaçado, a princípio não me preocupei, apenas mantive o foco em me ajeitar na nova vizinhança.

Após terminar de ajeitar minhas coisas simplesmente sentei no sofá cansado e liguei a TV, uma notícia me deixou pensativo, um grupo de jovens somem misteriosamente e os familiares estão chorando desesperadamente atrás desses jovens, senti um aperto no coração mas não podia fazer nada, apenas torcer para que os encontrassem, a foto dos jovens foram mostradas, eram três adolescentes, dois garotos e uma garota.

Desliguei a TV cansado de notícias tristes, liguei o son e coloquei numa música eletrônica, caminhei até a cozinha para preparar algo para comer, enquanto dançava o telefone tocou então atendi, tratava-se de minha irmã que planejava passar o dia das bruxas aqui na minha nova casa e conhecer a vizinhança, não era uma má idéia, combinamos tudo e marcamos para ela vir amanhã para me ajudar nos preparativos.

Desliguei o telefone e o guardei no bolso, estava distraídos preparando meu almoço quando escuto umas batidas na porta.

  " Já vai!"

Havia gritado pedindo para que aguardasse alguns minutos mas as batidas estavam frequentes e fortes, caminhei em direção a porta e ao abrir não vi ninguém, olhei para a direita e não vi sinal de pessoas ao olhar para a esquerda vi uma boneca caída no chão em frente à porta da casa velha, uma mão sai do buraco da porta pegando a boneca e a restando para dentro, estranhei a princípio mas logo imaginei que fosse brincadeiras de criança então entrei para dentro de minha casa e fechei a porta, caminhei até a cozinha para terminar de preparar o espaguete ao queijo.

Enchi o prato de macarronada e sentei-me no sofá, peguei o controle e liguei a TV, estava passando globo esporte e a matéria retratava sobre o jogo de futebol no domingo passado, assistia tranquilamente enquanto comia, o telefone toca e sem olhar o número atendo.

  " Alô?"

Perguntei, mas não escutei nada, apenas uma respiração ofegante no outro lado da linha.

  " Alô? "

Perguntei novamente mas dessa vez obtive uma resposta.

  " Me ajuda... por favor, estou preso aqui... "

  " Ei, respire fundo e calmamente, qual é o seu nome e onde você está?"

  " Meu nome é... Esther, meus dois amigos... eu... por favor... eu não quero morrer... "

Ao ouví-la senti sua voz trêmula, aparentava estar chorando.

  " Esther, me diga onde você está."

   " Estou numa casa abandonada... NÃO! VOCÊ NÃO, SOCORROOOOO!!! "

Ao ouvir os gritos dela a linha logo foi cortada, apenas ouvia chiados, não fazia idéia do que estava acontecendo, esqueci-me do almoço, estava vidrado apenas no telefone, andei até a janela e olhei para a casa abandonada, na janela da casa ao lado mostrava uma garota gritando mas não a escutava, partes de seu corpo estava sangrando, logo recordei que se tratava da garota desaparecida.

Pensamentos De Um LoucoOnde histórias criam vida. Descubra agora