Hello, it's me!!!
Como tinha dito eu voltei com mais uma att.
Espero que gostem, pois esse é meu capítulo preferido de toda a história. Não se esqueça do voto ou comentário, sua opinião é importante!Boa leitura!
- Como foi seu dia? - Louis pergunta enquanto faz carinho no meu cabelo.
- Foi normal e o seu?
- Digamos que foi aproveitador - rimos.
Eu estava deitado com a cabeça no colo de Louis. Marcamos dele vir até minha casa, já que eu não queria sair para nenhum lugar e como eu não sabia que minha mãe iria receber suas amigas do clube de costura estamos agora no meu ateliê.
Respirei fundo e meu olhar foi para o desenho do garoto dos meus sonhos, olhei aquilo com um olhar reprovador e Louis percebeu.
- Qual o problema com o desenho Haz?
- N-Nada.
- Por que gaguejou então? Anda logo e fala o que está te incomodando que eu tento te ajudar.
- Tudo bem - suspirei - Eu não sei desde quando mas eu tenho uns sonhos e sempre eu vejo um garoto que é idêntico a você mas no fundo eu sei que você e ele não são a mesma pessoa e-eu só queria entender o que se passa, sabe? Tenho medo de estar ficando louco.
- Você não está ficando louco Harry, deve ser alguma coincidência - disse em um tom sugestivo - O que você acha?
- Como pode ter certeza disso? Esses sonhos, esse garoto, praticamente todas noites não acho que pode ser coincidência.
- Você já procurou na Internet? - perguntou levantando as sobrancelhas com cara de óbvio.
- Não - respondi.
- Então não adianta tirar conclusões precipitadas do tipo "Estou ficando louco" - engrossou a voz tentando me imitar coisa que não deu certo.
- Bobo.
- Deixe seu problema com o Super Tommo e o Pai de Todos chamado Google que tudo irá se resolver - falou heroicamente e pegou o celular.
- Boa sorte então Super Tommo junto com o Google - falei debochado pegando As provações de Apolo e continuei a ler de onde parei.
Pra ser sincero não acho que meus problema possa ser resolvido com uma simples busca no Google. Aliás eu nunca tentei descobrir o que é isso que acontece comigo, sempre achei que era minha imaginação fértil de artista que me pregava peças.
- Achei! - Louis exclamou - Tem algumas coisas aqui aqui que são desnecessárias, mas tem um negócio chamado "sonhos repetidos" acho que é o seu caso.
- Fala sobre o quê? - pergunto fechando o livro.
- Aqui diz que esse tipo de sonho é como se fosse uma lembrança da sua vida passada porque ele é diferente de um sonho normal - fala alternando o olhar entre mim e o celular.
- Você acredita nisso? - pergunto inseguro.
- Não sei, acho que sim - sorri - Me dê mais alguns minutos que eu resolvo isso.
- Tudo bem! - volto a minha leitura.
Continuo lendo por mais alguns minutos e resolvi dar uma pausa, Louis continuava com a cara no celular e parecia concentrado. Suspirei. Encarei o desenho que fiz e encarei o homem que estava perto de mim. Será mesmo? Somos destinados a ficar juntos? Desde nossa vida passada?
- Consegui! - Louis gritou animado - Harry, você tem que fazer isso.
- Eu não vou ficar pelado e me oferecer ao demônio Tomlinson. - falei brincando.
- Não, credo - fez careta - É apenas uma meditação que a pessoa faz para tentar ver o que que era vida passada.
- Como é? - pergunto curioso.
- É um vídeo no YouTube, o cara vai falar as coisas e você vai obedecer.
- Eu não acho que vá dar certo - balançei a cabeça negando, fazendo meus cabelos bagunçarem.
- Não custa nada tentar Haz - insistiu.
- Ok, Ok eu faço - reviro os olhos para ele.
Louis me deu um beijo e colocou o vídeo. Fiz conforme o mandado, estava em uma posição confortável, minhas roupas também não me incomodavam então respirei de acordo com o pedido e me virei absorto em uma espécie de sono, mas eu tinha consciência do que acontecia ao meu redor e da voz do homem do vídeo, mas chegou uma hora que simplesmente apaguei.
Olhei ao redor. Parecia um campo de batalha, a atmosfera era fumaça até onde os olhos não enxergavam mais, não havia vegetação com exceção de restos de galhos de árvores mortas.
Não entendia o que estava acontecendo. Aquilo era real ou um sonho? Ouvi barulhos bem familiares que eu ouvia em todos os meus sonhos, tiros, só que dessa vez acompanhados de gritos.
Caminhei em direção àquilo, parece burrice mas minha curiosidade falava mais alto. Estava chegando na multidão que se encontrava ali e pude ver com clareza, tudo aquilo era um campo de batalha, parecido com os que a gente vê em livros de história.
Parei perto do que um dia foi uma árvore que agora não passava de um tronco grande e retorcido e observei. Enquanto corria os olhos por dentre aqueles homens lutando notei uma figura que eu conhecia. O garoto que eu via em todos os meus sonhos. O garoto idêntico ao Louis.
Forçei a vista para ter certeza de que era realmente ele ali e sim era ele mesmo. Isso só pode ser um sonho mesmo. O suposto Louis estava com uma arma nos braços atirando em inimigos um pouco distantes mas alternava para luta corporal quando alguém se aproximava de mais.
Próximo a ele de costas para mim tinha um rapaz que só posso descrever sua altura que era muito alta. Ele fazia o mesmo que o suposto Louis, usava a arma e luta corporal. Aparentavam ser amigos pois um ajudava o outro.
Mas em um determinado momento o rapaz alta se afastou do garoto e ele ficou "sozinho", um soldado inimigo chegou e começou a falar algumas coisas que deixaram o garoto nervoso e ele deu um tiro na perna do soldado.
Mas enquanto ele dizia coisas para o homem que agonizava no chão ele não viu outro homem se aproximando por de trás gritei para que ele se virasse mas era tarde de mais, o garoto olhou em minha direção e franziu a sobrancelha e quando fez o movimento para se virar o soldado lhe deu um tiro e ele caiu inerte no chão de terra.
Naquele momento senti uma enorme agonia no peito, como se aquela bala tivesse acertado meu coração.
O homem que o garoto tinha dado um tiro na perna pediu ajuda para o outro que lhe ajudou, mancando pegou a arma do colega e deu mais três tiros no corpo do garoto, tirando de vez alguma chance de vida.
Quando o rapaz alto viu o que havia acontecido com seu amigo, antes de qualquer coisa atirou nos dois homens e correu em direção ao seu corpo caído, pelo o que pude ver estava chorando e dizendo palavras, acho que devia estar fazendo uma oração.
Aquela cena me comoveu, eu podia sentir o que o rapaz alto estava passando. Ele abraçou o corpo do amigo com ternura, tirando o capacete verde e alisando os cabelos castanhos do menor.
- WILLIAM - gritei
Acordei.
Até a próxima xx
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My Last Life l.s || AU
Historical FictionEm 1916 há um clima de tensão em toda Inglaterra, no auge da Primeira Guerra Mundial. Todos os homens de 15 a 25 anos são obrigados a se alistar para o exercício britânico quase dizimado. Dentre os jovens estão Edward e William, dois melhores amigos...