(Por favor, não saltes isto. É importante. Obrigada)
Olá. Bem vindes! Estão prestes a ler uma história que eu ando a arrastar por aqui desde 2015. Muitos anos, eu sei - demasiados...
O ponto é, eu escrevi/imaginei a Fire in the Rain quando tinha os meus 14 aninhos, tudo por um crush platónico que tive por um rapaz idiota com mania de bad boy que estudava comigo na altura. Sim, é exatamente isso - senhoras e senhores, apresento-vos a base para a criação de William Sorrow.
É claro que a descrição do William não é completamente igual à do William da vida real. Afinal, o que se podia esperar de uma adolescente sonhadora e demasiado sentimental a criar um personagem? A verdade, e só há relativamente pouco tempo tive coragem de admiti-la, é que eu transportei para o William tudo aquilo que um dia quis que o rapaz de quem gostava fosse.
Quanto à Alexia, não é difícil adivinhar - é uma cópia perfeita de tudo o que eu era e queria ser. Ela tinha o meu cabelo, os meus olhos, a maior parte dos meus princípios e quase todo o meu feitio - que, sinceramente, me orgulho de ter evoluído. Acrescentando-lhe o corpo "normal" que eu desejava mais do que qualquer coisa (lê-se magra, de estatura relativamente média, perfeita), uma habilidade de se arranjar e um estilo tirado de revistas cor de rosa, tínhamos a protagonista perfeita...
Os outros personagens são ora reflexos da minha vida ou representações dos meus desejos - os amigos da Alexia eram basicamente os meus; o Edward, o Lukas, o Felipe ou o Rich... os que eu sempre quisera ter, segundo aquele cliché dos melhores amigos quase irmãos e por aí vai; o Nick, e podem julgar-me abertamente, pouco mais é do que um outro desejo meu movido a futilidade - o namorado popular que faria com que a Alex tivesse não um, mas dois rapazes atrás dela...
Com isto, queria apenas sintetizar que os alicerces desta história não começaram bem, e que por isso ela está a passar por um extenso processo de mudança. Eu percebi que, se quero realmente criar este mundo de conto de fadas, e dar à antiga eu o romance com o qual ela sonhava, quero fazê-lo da maneira certa, sem discriminação, sexismo, estereótipos e o slut shamig que eu ainda reproduzia quando a Fire foi inicialmente pensada.
Assim, dou por terminada esta já demasiado longa introdução. Espero que gostem e bem vindos a Fire in the Rain.
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Fire in the Rain
Teen FictionEles eram estranhos. Se comparados a um íman, seriam decididamente opostos, como o positivo atrai o negativo, e vice-versa. Ela, com uma mente fechada e concentrada, considera ter a vida perfeita: família perfeita, notas perfeitas, amizades perfeita...