De cabeça para baixo.

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Maud Duret:

Foi como uma avalanche, um furacão, uma explosão de lágrimas e sentimentos, Malî já estava a chorar e eu estava em choque, quando a diretora nos falou oque tinha acontecido, eu senti como se Estivesse em uma montanha russa, mais não foi a morte que doeu mais, foi a forma...a forma que duas pessoas boas morreram.

Eu queria gritar mais nem chorar eu conseguia, é sufocante, meu coração doía, a muralha estava desmoronando, e logo vi o chão e logo tudo escuro.

...

Acordei com o som de um "bip bip" e logo passos, e logo Malî entra vestida em um vestido tubinho preto e óculos escuros e os cabelos em um rabo de cavalo.

_Bom dia_Malî fala quase em um sussurro_pensei que tivesse..._ fala com olhos marejados.

_Ainda não_falo tentado soar engraçado _A quanto tempo estou aqui?_.

_Tempo? Você estava desacordada a um dia e meio_fala fitando o chão.

_Preciso levantar_falo ríspida.

_Cuidado, a enfermeira ira vim tirar o soro das suas veias_fala cuidadosa.

Logo uma enfermeira aparentemente simpática entra com uma prancheta nas mãos e um uniforme branco bem tradicional.

_Srt.Duret, fico feliz que esteja acordada... meus pêsames pela morte dos seus pais_fala ela com um olhar sincero.

_Obrigado_falo_Será que poderia...tirar isso_falo fitando o soro em minhas veias.

_Ah, claro_fala rapidamente.

Em um movimento lento e cuidadoso ela retira o soro.

_Bom, agora creio que esteja faminta, não?_fala ela com um sorriso gentil.

_Não_falo em um tom firme_ Agora não_.

_Então vamos_fala Malî.

Ela me ajuda a levantar e logo pega uma sacola de papel marrom com uma camisa do Nirvana e um jeans azul rasgado , não me importei com o estilo das peças de roupas, que eu nunca usaria em situações normais ou em qualquer outra, não me importei com meu cabelo, e nem queria vê-lo, me lembraria a minha mãe.

Subimos as escadas que levam para o nosso quarto em silêncio, não sei o que falar, não chorei, eu sei que está aqui dentro, mais eu não chorei.

Eu tenho certeza que se papai e mamãe estivessem aqui eles iriam mentir dizendo que está tudo bem...sendo que não está, isso era típico de mamãe, mentir e poupar as pessoas da cruel verdade e eu sempre odiei isso.

Chegamos ao quarto e vejo malas e um vestido igual ao de Malî em cima da cama, o que significa essas malas?

_O que é isso ?_ pergunto fitando as malas.

_A diretora me falou que era melhor eu arrumar as nossas malas_fala indo em direção ao vestido.

_por que?_ pergunto _ perdemos nossa herança ou algo do tipo ?_.

_Eu não sei_ fala fitando o chão _ eu não sei de nada_.

_Ok_sussurro.

_Vá se arrumar, ela falou para irmos ao escritório dela_ fala ela seguindo para a penteadeira.

Vou para o banheiro que não é muito grande, tiro o jeans e a camisa e entro na banheira mas opto em tomar banho de chuveiro, eu não garantiria que não vou me afundar nessa banheira, tomo um banho gelado, que caí como chuva na minha cabeça, é bom.

A Protegida do MagnataOnde histórias criam vida. Descubra agora