Capítulo - 22

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Já se passaram duas semanas desde o último dia de aula e hoje eu vou viajar para a Bahia, vou de carro para casa dos meus avós como todo ano, mas mesmo assim ainda fico ansiosa. São 4h00 da manhã, já estou no carro e acabamos de pegar a BR-116 sentido Rio de Janeiro, ainda está escuro e a próxima parada, que será para o café da manhã, só será as 6h00 da manhã então eu resolvo cochilar até lá.

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Acordo com minha mãe me chamando para sair do carro pois já tínhamos chegado no local do café da manhã, era um Graal Alemão que ficava em Queluz-SP já na divisa com o Rio, eu adoro essa parada pois além de tudo ter um "toque alemão", tem uma vista maravilhosa para o Rio Paraíba do Sul, o que torna o café muito mais agradável.
Após todos terminarem de comer, meu pai paga a conta e logo em seguida voltamos para o carro para continuarmos nosso trajeto.

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Atravessar o estado do Rio de Janeiro é sempre mais rápido, tanto que já são 11h00 da manhã e acabamos de atravessar a divisa Rio/Minas o que significava que daqui a 30 minutos chegaríamos na parada do almoço que fica em Leopoldina-MG.
Os 30 minutos se passam muito rápido e quando percebo já estamos no restaurante em que sempre almoçamos, pego minha bolsa e meu celular, desço do carro e aproveito para tirar algumas fotos, escolho a melhor e posto no Instagrid e então ouço meu irmão me chamar para fazer o meu prato.
Após o almoço eu, meus pais e meu irmão vamos para uma área perto do estacionamento que tinha umas árvores e uns bancos para os clientes descansarem antes de pegarem a estrada e é isso que fazemos.
Uns 5 minutos depois eu peço a chave do carro para o meu pai porque quero deixar minha bolsa no carro, assim que ele me entrega a chave eu vou em direção ao carro, vejo um carro e e uma moto entrando no estacionamento do restaurante, não dou muita atenção pois parecia uma família que também estava viajando, mas depois que eu guardo minha bolsa, me deparo com um garoto muito gato que está descendo daquela mesma moto, pelo que eu entendi, o garoto está na moto com o pai e o resto da família no carro, mas enfim, que gatinho! Quando eu estou começando a apreciar aquela "paisagem", meus pais cortam o clima me chamando para entrar no carro para prosseguirmos o percurso, eu entro no carro e penso comigo mesma: que chato, nunca mais vou ver aquele garoto...crushs de parada são os piores, quando você começa a curtir, ou você ou ele tem que ir embora.

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Rodamos a tarde inteira pelo estado de Minas, já são 19h50 e acabamos de chegar na pousada em que sempre dormimos na cidade de Teófilo Otoni-MG, todo mundo estava morto de cansaço então comemos um lanche rápido e fomos dormir.

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No dia seguinte pegamos a estrada às 4h00 da manhã sentido Bahia, hoje a noite chegaríamos na casa dos meus avós.
Atravessamos a divisa Minas/Bahia às 8h20, e como da Bahia pra frente não tem horário de verão, ainda era 7h20.

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O resto do dia foi tranquilo, como é dia de semana a estrada está mais vazia. São 17h20 e estamos na estrada, falta cerca de 100km para chegarmos no nosso destino, então do nada minha mãe para o carro no acostamento e meu pai desce e abre o capo, em seguida minha mãe desce e manda eu e meu irmão descermos.

Pedro (pai): - Uma correia estourou, liga pro seguro.

Diana (mãe): - Pior que o sinal aqui é ruim.

Eu: - Vou ver se o meu celular tem sinal.

Augusto (irmão) : - Vou fazer o mesmo.

Então eu e minha mãe ficamos a procura de sinal enquanto meu pai e Augusto tentavam parar algum carro que pudesse ajudar.
Após uns 10 minutos, um carro para do outro lado da pista e meu pai vai falar com o rapaz que dirigia o carro, em seguida minha mãe também foi conversar com o rapaz e ela consegue ligar para o seguro, logo para outro carro de um senhor que morava na região e que também ofereceu ajuda.
Ainda perto do carro eu e Augusto esperávamos a resposta dos meus pais em relação ao que fazer, percebi que Augusto estava um pouco nervoso com a situação, afinal ele só tinha 12 anos e isso está deixando até a mim nervosa.

Eu: - Ei, relaxa!

Ele não responde nada apenas fez um gesto com a cabeça e ficou no canto dele, eu preferi deixá-lo em paz.
Após mais alguns minutos minha mãe volta para perto de nós e explica a situação.

Diana: - A seguradora vai mandar um táxi e guincho para levar a gente até a casa dos seus avós, mas o pai de vocês achou perigoso nós três esperamos aqui com ele, pois já está escurecendo, então o senhor nos ofereceu uma carona até um posto de gasolina que tem a uns 3 km pra frente. Quando o táxi e o guincho chegarem, o pai de vocês vai falar pra eles que estamos no posto.

Eu/Augusto: - Ok.

Diana: - Helena pega a sua bolsa e Augusto pega os travesseiros de vocês.

Fizemos o que ela tinha pedido, em seguida fomos até o carro do senhor nos despedimos do rapaz que tinha parado primeiro e do meu pai, entramos no carro e ele nos leva até o posto. Eu fico com um pouco de medo por ser um estranho, mas assim como a maioria das pessoas aqui da Bahia, ele era alguém gentil que só queria ajudar.
Chegamos no posto de gasolina, descemos do carro e minha mãe agradece a ajuda, em seguida ela conversa com o frentista e com a dona da lanchonete do posto e explica a situação, eles foram gentis e nós deram todo o apoio necessário.
São 19h15 e eu, minha mãe e Augusto estávamos uma pilha de nervos, então eu olho em direção a rodovia e vejo um carro branco e um guincho entrando no posto, eu olho dentro do carro e vejo que era meu pai, finalmente eles tinham chegado!
Nós três nos acalmamos na hora e a motorista do táxi e o motorista do guincho vem e cumprimentam minha mãe, pelo que entendi eles eram casados e eram pessoas bem legais.

Motorista do táxi: - Podem entrar no carro, fiquem a vontade! A senhora só me dá licença para pegar um café pra mim e pro meu marido.

Diana: - Agora que vocês já chegaram, a senhora pode demorar o tempo que você quiser!

Motorista do táxi: - Obrigada, eu já volto.

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Estamos perto de chegar no nosso destino, eu e meu irmão estamos ouvindo música no fone de ouvido e minha mãe conversava com a Marta (motorista do táxi) e pelo que me pareceu elas estavam se dando bem, meu pai tinha ido no guincho junto com o José (motorista do guincho).
Não fomos direto para casa dos meus avós pois o carro ficaria na casa do meu tio que era mais perto da oficina mecânica. Quando chegamos na casa do meu tio, descemos todos do carro e fomos cumprimentar meu tio e sua esposa, enquanto José e Marta tiravam o carro de cima do guincho.
Após todo o processo de verificação, nós voltamos para o táxi e fomos até a casa dos meus avós. Chegando lá cumprimentamos meus avós, tiramos as malas do carro e nos despedimos de Marta.
Hoje foi muito louco pra mim, assim que acabo de tomar banho e jantar são dez horas da noite, então eu resolvo ir dormir.

Diário de Uma Garota Apaixonada (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora