IMPERDOÁVEL: Do Pensamento Ao Ato. Conto

Capítulo 4 Parte 1

Para esquentar as turbinas de 2017 a primeira parte do capítulo mais quente de sua vida.

O Imperdoável

“Uma única vez não será nunca o bastante para uma vida!” (Valentina Fernandes)

Entrei no meu quarto com a bochecha quente, com o coração disparado, com milhões de borboletas no estômago. Meu Deus, não tinha mais volta. Uau! O homem era um tornado, bagunçando todos os meus neurônios.

Precisei tomar um banho gelado para baixar minha temperatura. Lavei os cabelos, fiquei embaixo da ducha por mais de meia hora. Precisava me acalmar. Resolvi colocar um vestido branco, com alguns bordados de pequenas rosas vermelhas. Adorava aquele vestido, ele me deixava muito sexy, mas era adequado para aquela situação.

Coloquei uma sandália de salto vermelha, fiz uma maquiagem leve e me perfumei. Já estava atrasada. Quando cheguei, a palestra já tinha começado. E lá estava ele de novo, falando sobre biossegurança. Ele me viu e tive a sensação de que deu um pequeno sorriso. Sentei mais atrás, pois, como cheguei atrasada, não tinham muitos lugares disponíveis.

Novamente foi difícil me concentrar no que ele falava. Eu estava mais interessada em ouvir o som de sua voz com aquele sotaque. Ele estava lindo, vestia uma calça jeans escura, um blazer preto e uma camisa branca de malha, que mostrava sua perfeita forma física. Quando ele terminou sua fala, precisou se manter à mesa, pois haveria mais duas palestras e depois um debate.

Não me lembro quais eram os temas das outras, pois eu estava com a atenção muito longe. No final do debate, aconteceu o encerramento, com os agradecimentos, as homenagens e foi aí que descobri que o Capitão Germano era o oficial responsável pelo projeto de implantação do plano de excelência em todas as instituições militares. Uau! Muito poder!

Depois de muitas falas e aplausos, fomos todos conduzidos ao salão de recepções do hotel. Foi servido um coquetel maravilhoso e me permiti beber algumas caipirinhas. Assim que as pessoas já tinham se servido, uma orquestra linda começou a tocar músicas dançantes que marcaram época.

Algumas pessoas se animaram e começaram a dançar. Começou a tocar Bésame Mucho, eu adorava aquela música e sem querer já estava balançando devagar no meu lugar. Fui surpreendida por certo capitão lindo me chamando para dançar. Nossa, como ele estava cheiroso.

Miguel me segurou com firmeza, disse que eu estava linda e dançamos ao som da música. Sem muitas palavras, seu dedo fazia um movimento de vai e vem em minhas costas e este pequeno gesto estava me deixando sem ar. Quase no final da música, ele disse baixinho em meu ouvido:

— Guria, em alguns momentos da vida precisamos apenas viver. Viva, Amanda! Deixe os julgamentos para depois.

Sinceramente, ele deve ter lido meus pensamentos, pois estava me martirizando com tudo aquilo. Foi a dança mais intensa da minha vida.

Depois dançamos algumas músicas mais agitadas. Germano era um grande dançarino. Foi uma delícia rodopiar pelo salão com ele. No final da quinta música, nada me preparou para o que ele disse no meu ouvido.

— Está na hora de você dormir, linda. Sobe, deixa a porta aberta e me espera sem roupa, embaixo dos lençóis.

Ele falou isto, agradeceu pela dança e sumiu. Eu juro, mal conseguia respirar. Tentei me acalmar, pois precisava me despedir das meninas que conheci naqueles dois dias. Assim que as encontrei, disse que estava muito cansada e que iria subir para meu quarto.

Despedimo-nos, trocamos número de telefone e prometemos nos encontrar um dia. Não sei como consegui chegar ao elevador. Minhas pernas não me obedeciam. Meu coração estava muito acelerado e minha bochecha estava quente.

Entrei em meu quarto, tomei um banho, conferi minha depilação, me perfumei. Quando minha imagem refletiu no espelho, minha consciência quis me atrapalhar. Eu não deixei. Como uma louca conversei comigo mesma:

— Nem adianta, Amanda. Agora você vai até o fim. Vai ser só uma vez, ninguém precisa saber. Você merece ter uma nova experiência. Casou virg.em aos dezessete anos. Vá viver, mulher!

Fui em direção à minha cama, pensei em colocar uma música antes, mas mudei de ideia. Ia seguir à risca minha fantasia. Estava tão exc.itada que o simples toque do lençol em meu corpo me incendiou.

Eu me senti tentada a me tocar, mas resisti. Sou obrigada a te dizer que eu era profissional em me dar pra.zer sozinha, porque se fosse esperar meu marido podia desistir. Era sempre ele, eu ficava no vácuo e aquilo sempre me deixava muito frustrada.

Estava com meus sentidos à flor da pele, quando ouvi um barulho no corredor. Pensei: é agora Amanda, esquece tudo e curte o momento. A porta abriu e mantive meus olhos fechados. Senti a presença dele. Vi que trancou a suíte, andou em volta da cama em silêncio. Eu juro que podia ouvir meu coração.

Uauuuuu! Alguém aí está preparada para uma noite quente com Capitão Germano?