Capítulo Trinta

3.3K 220 11
                                    

Por Madu:

Realmente ter vindo para cá foi bom, por milagre que seja, consegui ver a aurora boreal e meu Deus, foi uma das coisa mais lindas que eu vi em meus dezesseis anos de vida.

Mal pude acreditar que já estava no aeroporto, nem senti esses dois dias se passarem. Consegui convencer meu maravilhoso cunhado a embarcar comigo para Boston e para o Brasil.

Não vai ser definitivo essa ida, mais eu quero acreditar que a ida dele para o Brasil fixa ainda vai ser esse ano, Deus quiser.

— Cunhadinha, precisamos fazer o check-in.

Fui caminhando ao seu lado sem protestar, estava ocupada demais olhando aquele aeroporto mega ultra charmoso já que na primeira vez que passei por aqui estava totalmente nervosa com o fato de estar em outro país e não reparei em nada.

A parte mais complicada foi me despedir da dona Anna e sua filha nojentinha, que no final era bem legal. Nosso voou era sem escalas, ou seja, seria mais rápido porque não haveria paradas.

Fizemos o check-in e enquanto esperamos anunciar nosso voou ficamos ambos mechendo no celular.

Eu falava com minha cara mãe e meu namorado e dava pra perceber que Miguel falava com sua namorada, pelo tamanho do seu sorriso.

Nesses dois dias a galera me chamou na web cam e matamos a saudade, mas meu namorado só mandava mensagem, bem fofas e melosas aliás. Confesso que senti saudade do gosto do seu beijo do cheiro do seu perfume e da sua mão segurando firme na minha cintura, lembrar disso me causa arrepios.

Voltei do mundo da lua com a voz mecanizada de alguma mulher chamando nosso voou, atendemos prontamente.

**

— Cunhada querida, quando sair pode fechar as janelas e a porta?

O folgado do meu acompanhante pediu.

Miguel dormiu as poucas horas de vôo toda e quando chega no hotel — muito elegante e luxuoso aliás —  que fizemos reserva, cai no sono mais uma vez.

Bufo e atendo o seu pedido.

Pego meu sobretudo vinho quentinho encima da minha cama, já que temos duas camas de solteiro no quarto, visto e saio.

Claramente estava um dia frio em Boston, como sou frienta me congelaria se não estivesse usando luvas, cachecol e touca.

O salão de beleza que também é um relaxante SPA não é tão longe do hotel em que me hospedei então não demorei à chegar, como já tinha uma reserva não enfrentei a fila para arrumar uma vaga.

Minha tia era uma das sócias do estabelecimento então foi fácil reservar uma vagar para ser atendida mais rápido.

— Você deve ser a Maria Eduarda, certo? - um homem bem estiloso brota do chão e me pergunta. Apenas concordo com a cabeça. — Querida  muito prazer, sou Johnny mas pode me chamar de John.

Me puxa para um abraço rápido.

— Sabe falar português, John? - pergunto um pouco supresa por me cumprimentar na minha língua.

— Claro que sei lindinha. Posso te chamar de Má?

— Olha, costumam me chamar de Madu mas se quiser pode chamar sim. - dei os ombros.

Ele apenas continuo a sorrir largamente, estou começando a me preocupar.

— Apresentações feitas, que tal a gente começar a restauração da sua beleza?

Era Apenas Uma ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora