Camimhou por cerca de meia hora e começou ouvir um barulho de água corrente, conforme seguia em frente o barulho ia aumentando e seu ânimo também, apressou os passos, em um determinado ponto teve que se afastar da plantação, mas agora o som o embriagava, penetrou na mata tendo a audição como seu guia, não aguentava a expectativa e começou a correr pela mata desviando dos obstáculos naturais, até que chegou no local que dava origem ao som, era um riacho de águas límpidas, do jeito que veio correndo ele entrou na água, sentiu o choque que a mudança da temperatura lhe causou, mas não ligou, a água na verdade estava bem gelada, tomava a água desesperadamente quase se afogando, só parou quando sua barriga estava cheia de água, então relaxou e olhou a sua volta a paisagem era deslumbrante.
À 500 metros dali havia um pescador que viu toda a cena desde o começo, um garoto entrando na água feito um doido e tomando dela como se nunca tivesse visto água na vida, da posição em que estava o garoto não podia vê-lo e pelas características do garoto o pescador deduziu que ele fosse um escravo, uma dúvida se formava em sua mente, o que ele teria que fazer entregar o garoto, ajudá-lo ou deixar ele a deriva. Conhecendo os perigos da floresta sabia que ele não iria sobreviver por muito tempo, e entregá-lo também levaria a sua morte, não poderia deixar que morresse, então só sobrava uma alternativa e seria ajudá-lo.
Elói tomou um susto enorme ao ver um homem se aproximando, tentou fugir mais não conseguia correr pois estava na água e não poderia sair nadando por um simples motivo, não sabia nadar.
- Ei garoto!
Elói permaneceu em silêncio e ficou na defensiva.
- Garoto, eu não quero lhe fazer nenhum mal. Vejo que não é daqui...
- Me desculpe senhor mas eu não queria atrair atenção!
- Do jeito que você veio desvairado e fazendo um escarcéu vem me dizer que não queria chamar atenção, o que está fazendo aqui?
- Na verdade não lhe diz respeito!
- Então não vai haver problema se eu falar sobre um escravo que eu vi pela redondeza.
O pescador deu meia volta e começou a caminhar em direção da mata.
- ESPERE! Por favor não me entregue.
- Eu não desejo fazer isso, mas se você não abrir o jogo comigo serei obrigado. Pode confiar em mim, venha comigo e quando chegarmos em minha casa você pode contar sua história.
- Tudo bem, eu irei e lhe contarei tudo.
Caminharam por cerca de uma hora, falavam somente o necessário, na maior parte do caminho mantinham silêncio, ouvia-se canto de diversos pássaros, ora ou outra via alguns animais e ouvia andares pesados na mata de algum animal de porte grande podendo ser uma onça. Elói estava apreensivo parecia que surgiria alguma criatura em sua frente a qualquer momento, cada barulho estranho o arrepiava por inteiro, a floresta havia ficado muito densa e estava umido e escuro por onde andavam.
Enquanto caminhava Elói se perdia em seus pensamentos " não está normal este lugar, parece que estamos sendo seguidos, este velho é meio estranho já faz maior tempão que estamos andando e ele só diz para tomar cuidado com isso cuidado com aquilo, nem sei se devo confiar nele e se ele estiver me arrastando para uma emboscada, ele até poderia ter me deixado no riacho e ir correndo me entregar, mas correria o risco de que eu saísse do lugar e não me encontrassem na volta e ele não iria correr esse risco, pensando bem faz todo o sentido ele me enganar e me levar para algum capataz da fazenda"
- Ei senhor por quê esse silêncio? parece que estamos fazendo uma marcha fúnebre.
- Por causa das criaturas da floresta.
- Como assim por causa das criaturas? Que criaturas?
- Não queremos incomodar com nossa presença nada nesta floresta.
- incomodar quem? Ou o quê?
- Só se mantenha em silêncio, por favor!
Assim ficaram por mais alguns minutos até que chegaram em uma clareira no meio da clareira havia uma cabana, muito bonita por sinal, Elói sentiu um certo alívio, mas ainda estava cauteloso com o velho, afinal ele não sabia nada sobre ele, não tinha outra escolha a não ser segui-lo e ver no que daria.
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QUEBRANDO CORRENTES
Tiểu thuyết Lịch sửNascido escravo, mau tratado e humilhado. Sempre pensou em uma possibilidade de melhorar a sua vida e a vida de muitos, mas como, o que fazer... após um acontecimento trágico, Elói decide que chegou a hora de fazer algo, mas para conquistar seu obje...