- Então, vamos repassar os eventos dessa semana. - Newt comentou. - Você está transando com um mortal! - exclamou emburrado, parando em frente a seu armário e utilizando apenas uma das mãos para destravá-lo enquanto a outra segurava os livros que usara durante toda a manhã.
- Grande coisa, eu era um também antes de, você sabe. - Minho deu de ombros.
- Antes de roubar mirakuru da minha mochila e injetar em você mesmo achando que era alguma droga. - provocou. - Sim, eu me lembro. Belo viciado de merda que você era.
- E você adora jogar isso na minha cara sempre que pode. - o maior rebateu enquanto assistia o outro bater a porta do armário com força após deixar seus livros ali.
- Eu não perderia a chance por nada. - confessou antes de sair dali apressado, sendo seguido pelo amigo.
O restante do caminho até a saída da escola foi silencioso, bom, ao menos até que Newt avistasse o carro de Teresa no estacionamento.
- Teresa vai adorar a novidade. - ironizou antes de por-se a caminhar em direção ao carro da morena, mais uma vez sendo seguido por Minho em seu encalço.
- Eu te odeio. - Minho murmurou.
- Você sabe que ela pode ouvi-lo mesmo que você sussurre. - riu divertido.
Outra vez, o silêncio instalou-se entre os amigos, e foi com um bater de portas irritado de Minho e risinhos provocantes de Newt que os adolescentes adentraram o carro da mais velha.
- Quais são as novidades que eu vou adorar? - perguntou a mulher ao mesmo tempo em que dava partida no carro.
- Minho está transando com um humano! - o garoto de cabelos quase brancos comentou.
- Você sabe que não deveria, Minho! - Teresa comentou séria. - Papai vai te matar se descobrir.
- Primeiro, ele não é meu pai. - o moreno revirou os olhos. - E ele é um antigo namorado que reapareceu, o que eu deveria fazer? - questionou emburrado. - Não é como se eu pudesse dizer para ele que está seis meses atrasado em me pedir desculpa porque agora eu não sou mais humano.
- Definitivamente não seria um boa ideia. - Newt comentou e Teresa concordou com um aceno de cabeça.
O silêncio se fez presente entre eles mais uma vez, exceto que desta vez, não era desconfortável, nem como se estivessem bravo entre si. Era apenas silêncio, vazio de palavras devido a falta de assunto, mas, como era de se esperar, com o rapaz de olhos azuis dentro do carro, não era um silêncio duradouro.
- Se bem que, se você tomar alguns minutos para pensar sobre isso, não vale a pena. - insistiu. - Quero dizer, o cara demorou mais de seis meses para vir se desculpar.
- E dai, Newt? - perguntou sem ter realmente algum interesse pelas divagações do amigo.
- E dai que ele não gosta de você e está só buscando por mais uma foda, ou ele não gosta de você mas ficou sem opções. - o menor declarou.
- Me dê um bom motivo para escutar o que você diz. - resmungou. - Quero dizer, não sou eu que ainda estou apaixonado por um cara em outro planeta.
Newt bufou emburrado, cruzando os braços e negando-se a voltar seu olhar novamente para o banco de trás, onde Minho estava e ria divertido.
- Você sabe que é diferente. - comentou.
- Diferente porque? - insistiu. - Ah, claro. Porque você o abandonou e agora se sente culpado.
- Eu não abandonei! - declarou sério. - E além do mais, eu já superei. É só difícil de esquecê-lo sabendo do quão fodido ele estava.
- Newt, você nunca nos contou isso direito. - Teresa interrompeu a briga infantil dos amigos. - Não tem como sabermos lidar com esse assunto, e Minho, pare de provocá-lo.
- Você sempre o defende, Teresa! - o maior retrucou.
- Eu fugi porque ia ser preso. - Newt soltou de repente observando os dois amigos se calarem.
Teresa engoliu seco, sentindo a garganta raspar, preso? Seu pai definitivamente lhe mataria se descobrisse aquilo. Havia abrigado em sua própria casa por nove anos alguém que fugira por ser preso?
- Preso? - ela indagou, e pelo retrovisor pode assistir Minho sorrir animado com a notícia. Talvez ele não fosse o pior dos três afinal.
- Sim. - Newt concordou. - Para falar a verdade, é por conta disso que não envelheço desde que cheguei aqui. - explicou. - Quando alguém é condenado no meu planeta, nós somos obrigados a tomar uma droga que nos prende na idade em que cometemos o suposto crime, para que então o caso seja julgado. Depois disso o condenado passa alguns anos na prisão antes de ser executado. - deu de ombros.
- Você disse que não envelhecia porque estava em outro planeta! - a mulher aumentou o tom de voz.
- Desculpa por mentir, tá? - pediu baixinho.
- Desculpa por mentir? - retrucou. - Você teve nove anos para contar Newt!
A mulher estava brava, mas não deveria estar, certo? Seja o que for que o rapaz tivesse feito em seu planeta, ele compensara por isso sendo alguém melhor durante nove anos na Terra. Talvez, ela devesse dizer aquilo para o seu pai, e mostrar que estava ao lado de Newt mesmo que não estivesse de fato. Afinal, não sabia o que seu pai seria capaz de fazer se descobrisse.
- Vamos ter que falar isso pro papai. - declarou.
- Ele já sabe. - Newt deu de ombros.
- Ele o quê? - a mulher gritou indignada.
- Já sabe. - Minho completou.
Teresa respirou fundo. Uma, duas, três vezes, e várias outras antes de finalmente se acalmar. Ela era a única que não sabia? Ótimo. Lidaria com isso mais tarde, por agora, a mulher decidira apenas normalizar a conversa antes se irritasse demais. Teresa tendia a atirar coisas e bater em tudo o que estivesse em sua frente quando estava irritada, e agora, Newt e Minho estavam à sua frente e o carro o qual dirigia era a única coisa que ela conseguia pensar em arremessar. E levando em consideração todos os outros carros com pessoas dentro parados no transito aquela não era uma boa ideia.
- Então, Minho. - chamou-o, esforçando-se para manter a calma. - Qual o nome do seu humano?
- Thomas. - contou.
- Nome idiota. - Newt provocou. - Provavelmente humano mais idiota ainda.
AMORESRSSSS KSJDNGKJ
ficzinha nova para vocês, espero que gostem!! amo vocês ♥
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Not so good heroes //Newtmas
FanfictionNewt, Teresa e Minho são melhores amigos. Não por terem escolhido ser, muito menos por terem muita coisa em comum, mas sim por terem um segredo o qual não são capazes de dividir com mais ninguém: poderes. Como os super-heróis nas histórias em quadri...