Rafa ON:
Acordo bem cedo, era em torno de 2: 33 da manhã com um barulho estridente da cozinha. Calço minhas pantufas e vou em direção ao que me tirou o sono, observo o lugar e vejo que nada havia ali. Volto pra cama e escuto pequenas pedrinhas sendo atiradas em minha janela. Era uma menina, ela estava com frio e aparentava estar com sede, seu rosto estava sujo de sangue e suas roupas estavam totalmente ensopadas. Gritei meus pais, eles acordaram assustados e logo expliquei enquanto descíamos a escada.
Chegando lá, notamos que a menina estava envolvida em um acidente de moto, ela nos contou que estava vindo de uma festa com seu irmão e algum rapaz bêbado bateu neles, fomos em direção ao local do acidente e percebemos que o rapaz não havia se machucado tanto, apenas umas pequenas raladuras nos braços e pernas. Meu pai tratou de leva-los para casa e o rapaz grita que o responsável pelo acidente escapou.Gabriel ON:
Era sábado, estava super ansioso para ir na festa que meus amigos haviam organizado na cidade, minha mãe arrumou minha roupa e logo me vesti e apressei Malia para irmos logo. Malia é minha irmã menor, eu acho ela o tipo de irmã menor ideal, não é antipática apesar de ter apenas 12 anos. Eu me considero também o tipo de irmão ideal (modéstia parte), tenho apenas 18 e não me acho maduro suficiente para ordenar que Malia faça coisas que não queira até porque sou apenas seu irmão. Acho totalmente ridículo aqueles irmãos que vivem em pé de guerra.
Quando chegamos na festa, nos divertimos muito, Malia ficou em sua rodinha de amigos enquanto eu ia pegar um refrigerante com meus amigos(não ia beber porque estava com minha irmã e ia dirigir daqui a umas horas). Ficamos até umas 2 horas, vesti meu casaco(estava muito frio) e chamei Malia. Fomos embora e no caminho senti que slgo bateu na moto e logo Malia caiu e rasgou a testa e num piscar de olhos saiu correndo:
-Malia!Peça ajuda, rápido!-Gritei desesperado
-Tudo bem Gabriel não se mexa!-Respondeu Malia
Uma família chegou e nos ajudou, eles nos colocaram dentro de sua casa e nos ofereceu tudo que precisávamos, inclusive ofereceram-se para nos levar ao hospital, porém não era necessário. Reparei na filha deles, ela aparentava estar surpresa, ela olhava pra mim com uma expressão estranha.
-Tudo bem?- me perguntou
-Tudo-Respondi com uma voz de quem aparentava estar com dor
-Qual seu nome?-Perguntei
-Rafaela -Perguntou fazendo expressão de desconfiança
-E-eu te conheço?-Perguntei
-Somos da mesma escola.-ela respondeu fazendo uma expressão sarcástica.
-Nunca lhe vi-Respondi
-Você vive tirando onda da minha cara, eu sou a "esquisita" dentro da sua panelinha.-Respondeu fazendo uma cara de desprezo.
-Lembrei-RespondiRafa ON:
Eu ainda não estava acreditando que meu amor platônico da 6º série estava na minha casa e ainda parecia que não sentia nada por estar na casa da menina que ele vivia tirando sarro e me usava pra tirar notas boas, isso porque ele sempre me pedia o gabarito e eu de trouxa sempre dava, até o tempo em que o pesadelo do colégio acabou e seguimos caminhos diferentes. Mas a sua visita em minha casa fez com que minha paixão reacendesse e que eu não parasse de reparar nele.
-Gabriel temos um quarto lá em cima para caso você não consiga ir para casa com sua irmã hoje.-Minha mãe falou com uma expressão doce.
-Eu aceito, minha moto está destroçada e meus pais vão odiar saber que eu fui irresponsável de andar com minha irmã menor e não tomar cuidado com ela.-Disse ele
-Não se preocupe rapaz, pode ficar o tempo que quiser- Meu pai falou
-Eu tenho certeza que a Malia vai querer ir pra casa- Falei com uma expressão sarcástica olhando para Gabriel
-Eu tenho que ficar mesmo que não queira Rafaela-Falou olhando pra mim com cara sarcástica
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Um amor de repente
Ficção AdolescenteKésia é uma menina que mora próximo de uma cidade grande