Survivor [Retorno Em Breve]

1 - Really Don't Care

Aqui estou eu, de volta a Mystic Falls. O que eu estou fazendo aqui? Bom, eu vim encontrar alguém que pode me dar as informações que eu preciso para encontrar o que eu quero. Caminho pela praça central da cidade, vejo a minha dopplerganger patética por ali e prefiro esperar que ela saia, não estava afim de aguentar os lamentos e sofrimentos que eu causei a ela. A garota não sabia controlar as emoções e a culpa era sempre minha, malditos Salvatore.

Contorno a praça e por conta do calor, vou me sentar no banco embaixo da árvore as assim que sento, ouço alguém reclamar e vejo que tinha uma loira com um vestido cor de rosa e um arco combinando. Ela tira os fones, me olha e... sorri?

- Quem é você? - Ela me pergunta, me olhando de cima a baixo.
- Eu que deveria te perguntar isso. - Cruzo os braços.
- Mary Loise. - Ela continua sorrindo, mas dessa vez se senta no banco - o que te traz ao banco da felicidade, morena?
- Hãm? Banco da felicidade? - Ela vai explicar mais levanto um dedo - Chega, não quero perder tempo com suas explicações.
- Então vai me dizer seu nome? - ela cruza as pernas arrumando a saia.
- Você não me conhece? Sou uma lenda viva. - Ela continua negando e eu reviro os olhos - Katherine Pierce, primeira e única... Ou quase isso.
- Aaaah... Conheço não. - Ela balança a cabeça.
- Grande novidade. - Cruzo os braços.
- E se você é uma lenda viva, qual ser sobrenatural você é?
- Vampira e aos mesmo tempo viajante.
- Hum... Sou uma herege. - Ela estende a mão mas recua quando percebe que eu não vou apertar. Se não sabe, hereges são parte bruxos e parte vampiros.
- Eu sei o que é um herege, não preciso que seja meu dicionário. - "Credo, como essa garota fala." - Talvez me sirva em algum momento.
- Pra? - Ela me olha - Já era daqui? - As perguntas seguem.
- Um dia, talvez, eu te conte. Já conhecia a cidade. Mas pelo visto você é nova por aqui.
- Eu e minha "Família" - Ela faz aspas com as mãos - viemos morar aqui. Mas não os vejo a um tempo.
- Se é a sua família, como não os vê a um tempo, não moram juntos?
- É complicado. Enfim, algo te trouxe até aqui, pode me contar o que?
- Assunto meu. Se você me for útil por aqui, como te chamo?
- Eu estou sempre aqui no banco da felicidade. - Levanto uma sobrancelha encarando ela - Ou me ligar. - Ela anota o telefone e me entrega o papel.
- Então tá... - guardo no bolso da calça. - Preciso ir agora, tenho um compromisso.
- Que tipo de compromisso?
- Do tipo que não interessa a você em nada. - "Confesso que aquela tagarela tava começando a me irritar". - Agora vou indo, até um dia.
- Até Katherine. - Antes de me virar, ela põe os fones e deita novamente, me viro e saio de uma vez.

Eu tinha um compromisso importante, mas porque raios aquele cara marcou justo na escola da cidade? Por sorte, a escola estava vazia, estavam todos no jogo de futebol americano, entro lá e ando pelos corredores procurando o tal cara. Chego a um corredor, onde o fim, acaba no refeitório. Lá, sou surpreendida pela "Bruxinha boa da cidade". Ela me viu chegar, me seguiu até lá e tentou novamente fritar os meus miolos, me viro encarando ela.

- Não se cansa disso, Bennett? - Cruzo os braços rindo da tentativa idiota - Já tentou uma vez, porque insisti em achar que vai dar certo agora?
- Porque não vou parar até você pagar pelo que fez com meus amigos.
- Quanto ódio no coração, Bonnie... Isso faz mal sabia!? Pode morrer cedo - Falo num tom de zombaria, o que a deixa mais irritada - São águas passadas, Os Meninos seguiram em frente, suas amigas já são vampiras. Porque reprimir?
- Porque você não deve sair impune dessa. - Ela faz o chão começar a tremer, quando vou correr, ela me prende em um círculo de fogo e logo o tremor causa uma rachadura no teto. Aquilo me faz rir.
- Está tentando se matar junto comigo, Bonnie? Acho que você sofreria mais danos do que eu... - Rio bem debochada e batendo palmas - Que belo espetáculo.

Ela fica muito irritada, aumenta o tremor e quando o teto ameaça cair, ela cai no chão desmaiada, o círculo de fogo acaba e saio em vdv (Velocidade de vampiro, pra quem não sabe) assim que o teto desaba. Do lado de fora do refeitório, vejo a mesma garota do banco. Ela havia me seguido e eu não fazia idéia.

- De nada, Katherine. - Sorri assim que eu a olho.
- Pelo que?
- Acabei de te salvar.
- Eu estava me virando bem, achou mesmo que aquela Bruxinha faria algo comigo?
- Até onde eu vi, você fez muita coisa... - Fala num tom de ironia.
- Que seja. - Passo por ela e caminho de volta pelo corredor, ela começa a me seguir.
- Então, quer dizer que me deve uma, certo!?
- Errado.
- Qual é!? Você tá sozinha, acabou de cair em uma armadilha, eu te salvei... Vai, deixa eu te ajudar... - Implora no meu ouvido.
- Tá, chega de tagarelar. Você vem comigo. - Paro e a encaro - Se passar o restante do caminho quieta.
- Juro. - Ela cruza os indicadores e beija - Mas posso uma última pergunta? - Voltamos a andar e sair da escola.
- O que foi dessa vez?
- Quem você iria encontrar na escola?
- Um bruxo. Ele dizia ter as informações que eu estou precisando.
- E sobre o que seria? - Paro de andar novamente e ela para ao meu lado.
- Eu estou procurando uma pessoa... Uma pessoa que eu não vejo a muito, muito tempo e eu soube que a mesma está viva. - A olho.
- Você não vai me dizer quem é, não é mesmo!?
- Por agora não. Agora, onde mora? Preciso de um lugar para ficar.
- Minha casa é perto da praça, vamos... - Ela segura meu braço nos transportando pra dentro das casa, paramos numa sala pequena e bem organizada. - Fica a vontade. - Ela fala quando me vê olhando ao redor.
- Tentarei. - Sento na poltrona e pego o celular. Ela se retira subindo as escadas me deixando sozinha.

Fico um tempo pensativa, iria arriscar muita coisa para encontrar essa pessoa, mas não sei como ela reagiria ao me ver e saber da verdade...

Desbloqueio a tela do celular e olho para a foto que um informante meu enviou, não pude ver seu rosto, mas só de saber que está vivo, é um alívio. Não demora muito para que eu pegue no sono e durmo na poltrona mesmo, muito bem acomodada.