Almas mortas

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--- Desculpa querida mas eu não sou o Rodrick!

Uma mulher com um olhar sombrio surgiu da escuridão. O pânico tomou conta de mim. O desespero pairou pelo lugar. Meu coração ficou frio e duro, os batimentos fracos. E a pulsação mais fraca ainda. Meu sangue não corria mais direito. E minhas pernas estavam bambas. Olhei para a sombra se aproximando e meus olhos automaticamente se expandiram. Ela carregava um bebê no colo. Meu filho!

--- Por favor! Por favor! Meu filho por favor! Eu imploro!

--- Adoro quando imploram Charllote!

Ela sorriu dentre seus dentes amarelos. E soltou uma mera gargalhada.

--- Fique tranquila querida! Não vamos machucar nosso futuro assassino em série! -- Ela olhou para o bebê e tocou a pontinha do nariz dele fazendo uma pequena amostra de "bilu-bilu" --- Charllote voce será mãe de um psicopata meu parabéns!

--- Não... Por favor nos deixe ir... Por favor!

--- Ahh e deixar ele crescer e ser um sem sal igual a voce? Não obrigada Charllote!

Desespero.
Pânico.
Raiva.
Calúnia.
Prantos.
Medo.

Comecei a soar frio. Minha pressão caiu meramente rápido. Meu estômago começou a revirar. E Minha cabeça ficou em perdição total.

--- Deixe eu segurar ele? Por favor!

--- Mas é claro querida! Você vai amamentar ele por um tempinho! Depois disso nós levaremos ele!

Por dentro eu estava tendo um colapso. Meus órgãos estavam se contraindo. Mas por fora e com minhas palavras, estava tomando o maior cuidado possível.
Ela veio até mim carregando meu filho e o pousou em meu colo. Olhei para aquele rostinho angelical e comecei a chorar desesperada. Era meu filho! Eu não posso deixar algo tão trágico assim acontecer com ele. Não posso!

--- Onde está o Rodrick?

--- A seu amiguinho? Ele foi embora assim que nos viu. Haha tão medroso. Dá até desgosto de ver.

--- Embora? Como assim?

--- Pensei que fosse mais esperta Charllote. Ele foi embora usando as duas pernas dele. Correndo!

Me senti traída. E solitária. Mas eu não podia culpar ele. Se Rodrick ficasse ele morreria.

(...)

Sirenes tocando. Foi o barulho que ouvi. Senti um alívio enorme em meu peito. Um sorriso pairou pelos meus lábios. Mas então a psicopata começou a puxar minha maca para longe das sirenes. Desmaiei novamente e acordei sem meu filho nos meus braços comecei a chorar e a gritar em desespero.




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