Saint Seiya - Alfa e Omega

PASSADO

Um corpo completamente nu vaga pela escuridão profunda, seu corpo flutua em meio as trevas que lhe rodeiam. Seu olhos permanecem completamente fechados pois nem mesmo ele faz ideia de onde está, enquanto vaga ele é tomado por suas lembranças e pensamentos.

Nesse instante ele é levado ao passado de sua mente, viajando em suas memórias revendo fatos que o levaram até aquele estranho momento. Saltando de uma esfera de cristal protetora temos um jovem cavaleiro, trajando uma armadura divina de pégasos, seu nome é Seiya, vemos ele se jogando em direção ao seu oponente tendo os rostos de seus companheiros de combate refletidos nos estilhaços da barreira criada por Athena para lhes proteger e que o destemido jovem acabará de rompe-la temendo pela segurança de sua deusa. Enquanto o tempo praticamente para, nesse momento de sua vida ele começa a refletir :

- Eles me chamam de o maior de todos os cavaleiros de Pégaso.

- Às vezes eu penso que isso é porque eu fui o único que enfrentou dois deuses e sobreviveu para contar a história.

- Não me considero melhor do que meus antecessores.

- Pois assim como eu, eles fizeram tudo em nome de Athena.

Seiya brinca em meio a outras crianças, a maioria delas parece feliz por finalmente terem encontrado um lar, um lugar para morarem depois e muitos anos. Olhando para elas não seria possível imaginar que o futuro dessas pequenas criaturas estaria interligado de tal forma que faria qualquer um sentir arrepios em sua pele. A parte mais triste de tudo isso, é que nem todas essas crianças conseguirão voltar para casa depois dessa jornada, muitas deles podem morrer assim que chegarem no seu objetivos, mas inocentemente elas se preparam para retirar os papeis do sorteio que mostrará para onde cada um delas deve ser enviada.

- Quando eu era pequeno fui adotado por um milionário, eu achava que a partir desse dia minha vida iria melhorar, mas eu estava enganado, mal sabia eu que naquele dia eu seria convocado para ser um cavaleiro de Atena.

- Foram inúmeras batalhas desde aquele dia, aprendi tanto eu como meus companheiros que só venceríamos se ficássemos unidos e deixássemos as diferenças de lado.

Abruptamente ele se vê passando por inúmeros combates, lutas que no passado ele esteve. Primeiro ele está enfrentando os cavaleiros negros e Ikki de Fênix.

- Enfrentamos cavaleiros renegados por Athena assim como descobrimos a nossa aliança de sangue enfrentado um dos nossos.

Logo em seguida o pégasos luta contra Myst de Lagarto, seu primeiro adversário de poder mais elevado.

- Combatemos fortes cavaleiros de prata liderados por um maligno mestre do santuário.

Em instantes já está diante de Saga de Gêmeos trajando sua armadura toda despedaçada tendo seus companheiros caídos aos seus pés.

- Assim como quase morremos enfrentando bravos cavaleiros de ouro.

Então ele vê Mei de Cabeleira de Barenice se sacrificando para derrotar Tifon.

- Vimos novos amigos morrerem lutando por aquilo que acreditavam enfrentando gigantes adormecidos.

Revivemos a batalha de Seiya ao lado de seus companheiros enfrentando a fúria de Poseidom que havia despertado por completo no corpo de Julian Solo.

- Sofremos com a loucura de um deus manipulado por um cavaleiro rebelde.

- Em cada uma dessas provas, vencemos por pouco, vencemos por Athena.

- Mas eu jamais seria capaz de fazer tudo isso se não fosse por ter meus irmãos ao meu lado.

- Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki.

- Agora vejo tudo isso como se fosse um sonho, me lembro de ser acertado pela espada de Hades logo assim que atravessei a esfera que Athena fez para me proteger dos ataques do adversário, meu peito ainda dói, sinto como se sua lamina ainda estivesse cravada entre meus pulmões, ainda não sei ao certo onde estou mas de uma coisa eu sei:

- Meu nome é Seiya, Cavaleiro de bronze e possuo a lendária armadura de Pégaso e vou superar qualquer desafio que surja em minha frente, pelos meus amigo, por aqueles que entregaram suas vidas por mim e por Athena.

Os pés do jovem cavaleiro tocam o solo, seus olhos vagarosamente se abrem, ele sente a terra molhada e pedras na sola de seus pés desnudos, o cheiro da morte impregna em suas narinas, ele sente frio e medo. Assustado ele percebe onde seu corpo está e tenta entender o que exatamente está acontecendo, enquanto olhos o observam em meio a escuridão.

- Esta é a colina do Yomotsu Hirasaki? Será que eu morri? Mas porque eu sinto como se ainda estivesse vivo? O que está acontecendo comigo? Ei vocês aí de cima, quem são vocês? Me respondam...

Mas o silêncio permanece e olhos acusadores permanecem a observar o jovem que grita o primeiro nome que sua mente lhe traz a lembrança.

-Saoriiii

O grito ecoa pelos quatro cantos do local e o silêncio volta a reinar em seguida.