Como eu a conheci.

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Na verdade eu já conhecia ela há muito tempo. Eu sabia que ela era diferente, ela era tudo que eu não era, gostava de escrever e ler, tinha umas conversas doidas e um pouco revolucionárias. Ao contrário das outras garota que eu conhecia que preferiam uma boa festa e uma garrafa na mesa. Garotas como ela não faziam meu tipo (sabe depois de um beijo, vamos namorar sério), eu gostava das que não se importavam, que não esperavam que eu ligasse no outro dia. Pessoas rasas sempre foram minha preferência, elas eram fáceis de lidar e agradar. Como eu era idiota.
Por isso eu achava Maria (até escreve o nome dela dói), sem graça, me dava preguiça só de imaginar uma aproximação a mais com ela.
Mas isso não quer dizer que ela era feia, ah meu deus Maria era uma das coisas mais bonitas que vi na minha vida. Ela era loirinha, com sardas no nariz e perto dos olhos, tinha uma pinta pequena na bochecha. Imagina ai uma loirinha inteligente pra caralho. Extraordinário eu sei.

Daí você me pergunta, onde você achou ela ?
Nós tínhamos os mesmos amigos, sempre achei um pouco estranho ela fazer parte da nossa turma que aparentemente não tinha nada a ver com ela. Só que quando ela se juntava com suas amigas tudo fazia sentido, era a diferença que as ligavam que fazia toda a relação ficar mais especial, uma dose de estranheza de um, uma dose de outro, e assim formaram um laço forte demais. Acredite quando eu digo isso, se todo mundo fosse igual não veríamos graça em ninguém. E olha eu falo por experiência própria.

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