Capítulo 1 - Just One More Victim

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     Minha mente é tão perversa quanto à morte. Eu posso sentir o ódio me possuir de dentro pra fora, e é a melhor sensação. Eu não sou do tipo de pessoa que leva desaforo pra casa, eu levo corpos. Eu gosto dos gritos de dor, do sangue escorrendo. As festas são parte da minha vida. Eu sou o rei da noite. Sou o dono de Los Angeles. Não sou louco, cada um tem sua forma de se divertir, e a minha é a morte.

     Estou em uma boate no centro de Los Angeles e ela esta me chamando atenção, dançando de um jeito incrivelmente provocante. Eu balanço o copo de whisky, com gelo, lentamente de um lado para o outro observando cada curva de seu corpo. Em um vestido curto e preto. Ela jogava seus cabelos loiros pra trás com apenas um toque de suas mãos.

     Isso tudo faz parte do jogo, eu apenas a observo. Tirei um maço de cigarros de dentro do bolso da calça e levei um cigarro a boca. Em pouco tragado o mesmo e deixando que a fumaça do mesmo tomasse conta do meu espaço. O cigarro foi acabando aos poucos e estava na hora de levantar.

     Deixei o copo de whisky em cima do balcão e fui em direção a tal garota. Ela envolveu seus braços em volta da minha nuca e eu segurei em sua cintura. Sussurrei em seu ouvido a convidando pra fora da boate. Eu sai na frente e fiquei encostado em meu carro esperando ela passar pela saída e em poucos foi o que aconteceu.

     Dei a partida, o trânsito estava um inferno. Reparei que ela olhava disfarçadamente cada detalhe do carro. Passei por todos os sinais vermelhos e escutei os gritos e xingamento que vinham de pessoas na rua. Parei o carro em frente de casa, uma mansão que se localisava em um lugar bem isolado do centro, pra que os gritos não fossem escutados.

     Entramos em casa, e ela ficou meio perdida ao olhar cada canto. Eu fui até a cozinha e peguei em punho a primeira faca que havia na gaveta, não muito grande, mas era o suficiente. Guardei atrás do meu corpo e voltei pra perto dela. Não houve conversa, e eu não pretendia fazer nada com ela além de mata-la.

     Seu sangue foi se espalhando aos poucos pelo lençol branco da cama. Suas mãos estavam jogadas pra cima junto ao seu cabelo. Seus olhos castanhos olhavam pra mim e sua boca se mexia sem poder dizer uma palavra. Fui até o banheiro e joguei a faca dentro da pia e deixei a água descer. Em poucos o sangue em minhas mãos foram levados pelo ralo.

     Olhei meu rosto no espelho do banheiro e eu podia me sentir muito mais aliviado. Desliguei a torneira e tirei a camisa branca e suja de sangue e joguei a mesma em um canto no banheiro. Lihuei o choveiro e tomei um banho frio. Não demorei muito pra voltar para o quarto e ela estava morta. Fui até o guarda roupa e peguei roupas limpas e me troquei ali mesmo, afinal não me importei, ela estava morta e não podia ver mais nada.

     Coloquei seu corpo em um saco preto e joguei o mesmo no porão junto com os outros corpos. Essa minha obsessão pela morte começou aos 15 anos, quando matei o técnico de futebol da escola por não me deixar entrar no time. Depois disso nunca mais parei. Eu não me arrependo de nada.

     O sol já nascia e eu estava sentado na minha cama olhando em direção à janela e ao lençol sujo de sangue jogado no canto do quarto, enquanto tragava um cicarro após o outro. Já devia esta no quarto ou quinto cigarro quando recebi um convite pra uma festa hoje a noite por mensagem. Larguei o celular em cima da mesinha ao lado da cama e fechei os olhos, na esperança de descansar um pouco.

     Minha vontade de matar estava tomando conta de mim de novo. Eu fechava os olhos os olhos e tudo que eu via era sangue escorrendo pelas paredes. Eu tenho mistérios que talvez nem eu descubra. A fumaça do cigarro tomava conta do quarto inteiro. O modo em que eu matei aquela vadia ficou passando pela minha cabeça, me ajudando a dormir.

     O calmente de alguns são remédio, o meu calmante é a morte. A morte lenta e dolorosa. E os gritos que vem como prêmios a cada facada.

Notas Finais

Continua?

PsychopathOnde histórias criam vida. Descubra agora