Acordei já estava de noite, olhei o relógio e já estava na hora de sair. Me arrumei, coloquei uma camisa branca, uma calça jeans e o sapato. Fui até o carro e dei a partida até a festa. Cumprimentei alguns conhecidos e entrei em busca de mais uma diversão. Olhei em volta e vi várias garotas dançando e admito que aquilo estava me deixando louco.
Fui até a pista e comecei a dançar junto a uma garota de olhos azuis e cabelos castanhos. Ela rebolava perto de mim, mas se fazia de difícil. Depois de algumas tentativas sem sucesso de tirá-la dali, eu finalmente consegui.
Eu a empurrei contra a uma parede em um beco escuro que não ficava muito distante de tal festa e prendi minhas mãos em seu pescoço. Ela segurou meus braços tentando respirar, enquanto eu fitava seus olhos que pediam por socorro, e os gemidos por falta ar, estavam ficando mais fracos. Fiz o que tinha que fazer.
Ela estava deitada no chão daquele beco abandonado, eu simplesmente a puxei pelos braços até a lixeira mais próxima, deixando seu rastro de sangue pelo chão. Eu não me importo com isso. Deixei seu corpo ali e fui andando até um pouco mais a frente. Peguei uma seringa no porta luvas do meu carro e me encostei no capô. Levantei a manga da jaqueta preta que eu vestia, e em poucos pude sentir o efeito da droga se espalhando em meu corpo me deixando completamente fora de mim. Minha visão fazia com que tudo ao meu redor rodasse mesmo estando parado, já estava de madrugada e já não tinha mais ninguém na rua.
Escutei um barulho que mais parecia ser com a sirene de um carro de polícia. Aquele barrulho me perturba e me deixa com mais raiva ainda. Minha blusa estava suja de sangue e minhas mãos banhadas do mesmo. Meu corpo estava queimando de dentro pra fora. Levei as mãos no rosto fechando meus olhos e fui andando até encostar a uma uma parede. Senti os respindos da chuva e o vento forte passando por mim. Aquela vontade de matar estava tomando conta de mim de novo.
Olhei em volta e havia várias casas. Já estava de madrugada então todas as luzes estavam apagadas. Direcionei-me a uma casa de paredes claras, e subi a pequena escada até a porta. Soquei a porta de madeira até abrirem a mesma.
Era uma mulher não muito alta, de olhos olhos verdes, cabelos castanhos e pele morena. Sua expressão de duvia perguntava sem nenhuma palavra quem seria aquele homem que batia com tanta brutalidade em sua porta de madrugada. Meus olhos fitavam o interior da casa pra ter certeza que ninguem viria, apenas para ter certeza que ela estivesse sozinha. Fiz uma expressão de silêncio, levando um de meus dedos a boca, e ela fechou a porta mas eu coloquei o pé na frente impedindo que isso acontecesse.
A empurrei pra dentro com um só toque fazendo com que perdesse o equilíbrio e caisse no chão, e ela foi se afastando pra trás procurando um meio de fugir, até escostar na escada. Eu fechei a porta lentamente, mas ainda a encarando. Vi ela se levartando rapidamente e correndo pelo corregor escuro de sua casa e eu fui atrás andando calmamente.
- Não precisa ficar com medo, vai doer só um pouco. - Afirme e ela se trancou onde parecia ser um armário logo abaixo da escada. Eu parei em frente a porta e encostei um dos ouvidos escutando ela digitar desesperadamente em um celular. - Abre a porra dessa porta. - Gritei socando a mesma.
A escutei me chamando de louco e psicótico e o barulho da sirene do carro da polícia se aproximando da casa. Olhei em direção a janela com cortinas claras, e vi as cores vermelhas e azuis piscando constantemente. Olhei na direção da porta que ficava aos fundos da casa e por sorte consegui fugir.
Todo mundo tem seu lado do bem e do mal dentro de si. Mas comigo o mal já tomou conta de toda minha alma. Cansei de morrer na vida das pessoas, resolvi matar também. Se a escuridão te apavora, ela se torna minha saída.
Eu sou obsecivo, quando eu quero uma coisa eu consigo. E se eu digo que eu vou atrás dessa vadia até mata-la, eu vou.
Notas Finais
Continua?
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Psychopath
Mystery / ThrillerJustin é clinicamente perveso, e tem uma personalidade psicótica. Ele tem graves distúrbios mentais, caracterizado por um desvio de personalidade e caráter. Sem sentimentos, ele é frio e manipulador. Insensível aos sentimentos alheios. Egocêntrico...