× Capítulo 2 ×

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🔹Celina Casey🔹

Estou no meu quarto colocando algumas roupas na mochila, Brian disse para eu ser rápida. Ele pensa que sou aquelas mulheres que levam horas se arrumando?

Meu pai me observa da porta.

Eu: Vai ficar ai sem dizer nada?

Pai: Você não pode fazer isso.

O encaro.

Eu: Não posso? Se eu não for ele... — faço uma pausa. — O que ele quis dizer de eu não estar a par de tudo?

Ele desvia o olhar.

Pai: Ele estava falando da dívida só isso.

Fiquei desconfiada.

Termino de por as roupas na mochila e coloco ela nas costas.

Eu: Vai ser por pouco tempo, acho que menos de um ano consigo quitar a dívida e volto. Quando voltar espero vê-lo bem e longe de confusão.

Pai: Eu devo arcar com as minhas consequências, você é tudo que eu tenho, Celina, é minha jóia preciosa e vai para as mãos dele — suspira.

Eu: Se sou importante para você me responde uma coisa. Quem matou a mamãe e porquê?

Pai: Há coisas que você entenderá com o tempo, você deve descobrir e ter sua vida. Mas nunca se esqueça que eu sou seu pai, nada e nem ninguém vai mudar isso!

Concordei.

Ele beija minha testa e me acompanha para fora do bar onde o carro de Brian me aguarda.

Eu: Se cuida, para de beber e jogar, por favor. Vou manter contato com você sempre.

Pai: Vou tentar. Te amo.

Abracei meu pai com toda força, é a primeira vez que vou ficar longe dele.

Eu: Te amo — sussurro em seu ouvido.

Caminhei em direção ao carro, o segurança abriu a porta. Coloquei a mochila no colo ao sentar ao lado de Brian, que não tirou os olhos do celular.

Virei para olhar meu pai acenar. Enquanto o carro se distancia sinto um aperto no coração.

Meu celular toca, é uma mensagem de Charles, meu amigo.

Quando abro para ler Brian arranca o celular de mim e joga pela janela.

Eu: O que? — digo em espanto.

Brian: Nada de comunicação com ninguém, nada de amizade nos seus trabalhos, vida social não existe mais para você. Essa é uma das regras que deve cumprir. Você só fala diretamente comigo ou pessoas que tem minha autorização que trocar palavras com você com minhas ordem, entendeu?

Minha vida virou um inferno!

Queria morrer. Como assim sem vida social? Ele vai me manter, sabe-se lá onde, e não terei contato com o mundo? Isso é uma injustiça!

Tentei reverter a história, até pensar em pular do carro para pegar meu celular eu pensei, todas as minhas músicas estavam ali! Meus contatos, ok fotos nem tanto, o que me deixa irada são minhas músicas.

Brian não deu indícios de que estava arrependido, nem sei porque pensei que ele teria dó de mim.

Não falamos mas nada após eu insistir para tirar essa ideia ridícula de me privar do mundo, o trajeto foi em um silêncio mortal.

×[...]×

Sabe aquelas mansões que aparecem em filmes e você cobiça por alguns minutos mesmo sabendo que nunca terá uma? É desse jeito a casa de Brian.

A mansão é enorme por fora, imagina por dentro você deve se perder.

O lugar e guardado por seguranças armados. Posso imaginar o porquê, algum inimigo pode querer pegar Brian desprevenido.

Como os jornais, TV e revistas nunca descobriram os dois mundo onde Brian vive? Ele deve pagar uma grana preta para seus "amigos" ficarem de bico calado.

Entrando no covil da fera noto que é muito mais bela do que por fora, essa casa é um sonho.

Os móveis são negros que contrasta com o branco das paredes.

Vejo um homem de pele negra sentado no sofá com a perna direito em cima do joelho balançando o pé impacientemente.

Xx: Até que enfim você chegou, Hoffman! Por onde andou? E quem é ela? — ele me analisa com vazio nos olhos.

Nunca gostei de chamar atenção dos homens, por isso uso roupas largas.

Brian: Resolvendo alguns negócios pendentes.

Uma mulher de meia idade surge na sala.

Brian: A senhora Joseph é cozinheira e governanta, ela irá te mostrar seu quarto e lhe dirá tudo que deve saber sobre seu emprego como empregada — diz para mim.

Empregada? Esse é meu emprego?

Não estou reclamando, pensei que seria algo bem ruim.

Brian: Depois discutimos seu outro emprego.

Eu: São dois? — franzi o cenho.

Brian: Se você quiser pagar a dívida bem rápido terá outro emprego só que esse é noturno — sorri com maldade.

Acompanho a senhora Joseph para meu futuro quarto.

amor condenado ♡ dylan sprayberryOnde histórias criam vida. Descubra agora