Sábado (Part.1)

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"OK Guilherme preciso saber aonde o Maike mora??" Eu estava sentada no pátio dá escola conversando com Guilherme ele não tinha ido ficar com os pais parece que eles brigaram mas isso não vem ao caso, o caso era que Guilherme estava me enrolando para passar o endereço do meu cunhado e aquilo estava me irritando.

"A gata acho melhor você não ir na casa dele... Sabe você pode não gostar do que vai ver por lá." Perdi a paciência naquele momento, então peguei ele pela Gola e pressionei ele na parede ao lado do refeitório.

" Olha aqui eu já perdi a porra dá minha paciência então ou você me diz ou você nunca mais vai ser homem de novo. Anda Guilherme!!" Ele olhou assustado.

....

" E como você pretende sair dá escola??"

" Meu irmãozinho vai me ajudar, já liguei pra ele e ele vai vim buscar a gente ele convenceu o Léo a deixar eu dar uma "volta" pela cidade."

" Você quis dizer seu pai"

" É meu Pai" era difícil eu dizer aquilo porque ainda não estava acostumada.

Mais Gui não podia desconfiar.

Aliás o amigo de Maike e meu motorista tem o mesmo nome.

Enzo venho me buscar e pedi pra ele me deixar umas quadras antes dá casa de Maike e que ele podia ir indo que eu iria com o Gui

" Ainda não entendi, o que vamos fazer, você tem um plano?"

Eu não tinha um plano, não gosto de planos eu apenas ia e fazer o que me desse na cabeça.

" Claro que eu tenho, puf!." Ele me olhou e levantou as sobrancelhas.

" Você não tem um plano né"
" Chegamos."

Paramos em frente a uma casa velha, eu abri o papel pra ver se era exatamente aquele o lugar e era mesmo, passamos pelo portão pequeno, o jardim era completamente destruído, garrafas de cerveja e fraudas por todo lado havia um cachorro deitado ele era muito magro não sabia se estava dormindo ou morto Guilherme me olhou meio receoso mas eu apenas fui em direção a porta.

Um som alto ecoava lá dentro era funk, bati na porta mas ninguém atendeu continuei batendo até que me irritei e arrombei a porta, quando entramos a casa era realmente um chiqueiro havia restos de pizzas e garrafas para todo o lado dá sala. Fui até a cozinha atrás de alguém mais não tinha nada a cozinha estava mais imunda ainda, tinha vários pratos e copos e panelas completamente sujas dentro dá pia, mas havia uma coisa que fez meu coração saltar havia siringas em cima dá mesa, eu realmente não estava conseguindo acreditar que aquele era o estado dá casa de Maike ele não parecia ser aquele tipo de garoto.

" Onde será que ele está??"

Por um momento tinha me esquecido que Guilherme estava do meu lado.

"MAIKE!" Eu exclamei e o som ainda estava alto então eu saí a procura do som subi as escada e achei uma porta onde tinha várias figuras dizendo "Stop" e palavrões em inglês.

" MAIKE, MAIKE É A LARISSA ABRE ESSA PORTA"
Não obtive resposta então quando ia chutar a por Guilherme se pois a minha frente.

"Deixa que eu vou na frente"
Ele arrombou a porta e aquela cena me paralisou, Guilherme parecia tão chocado quanto eu, ele desligou o som e eu não conseguia me mover.

Maike estava deitado no chão e tinha uma siringa enfiada em seu braço e ele estava paralisado com os olhos aberto, aquele quarto estava imundo mais do que o resto dá casa havia camisinhas, siringa e pinos de droga por todo o lado, e em cima dá sua estante tinha pó e um canudo de caneta.

" Oque vamos fazer??"

Foi então que sai do meu transe.

" Ligue pra ambulância, eu vou tentar acorda ele, depois ligue pro Enzo e traga ele aqui."

"Você quer que eu te deixe aqui sozinha com esse drogado? não sem chance."

" Ele não é drogado ele é uma pessoa que com certeza esta com o psicológico muito fudido pra fazer isso e eu sei me virar sozinha obrigado." Eu disse o olhando com raiva.

Maike podia estar drogado.

Eu podia ter acabado de o conhecer.

Mais eu já gostava dele.

E não ia o deixar naquela situação.

E não ia deixar que o chamassem assim. Guilherme me encanrou e veio em minha direção.

" Tá desculpa, mas cuidado por favor, eu volto com o Enzo e com ajuda tá?" Ele me deu um beijo e saiu.

Olhei para Maike no chão e fui até ele, ele não estava totalmente inconsciente mais ele sabia que eu estava ali e ele podia me ouvir.

Ele sabia de tudo que estava acontecendo.

Me agachei em sua frente e com calma tirei o siringa do seu braço, eu sei que não devia mexer nele mais eu não podia simplesmente deixar ele naquele estado, os olhos dele encontraram os meus e ele ficou me encarando em quanto eu tentava levantar ele, levei ele até o banheiro e comecei a tirar sua roupa.

" Eu não acredito que você se estragou em apenas dois dias Maike qual o seu problema? Eu achei que Enzo estava acabado mais você literalmente está pior."

Vi seus olhos brilharem quando eu disse Enzo então ele abriu a boca e com muito dificuldade disse:

" E-enzo....."

" É Enzo... Ele vai ficar péssimo se te ver assim, você não devia ter feito isso. Anda vamos tomar um banho até os médicos chegarem." Tirei sua roupa. Entre eu e ele  não havia nenhuma maldade naquilo, coloquei seu chuveiro no frio e ele se esforçou em ir até em baixo do chuveiro ele estremeceu com a água gelada mais eu não podia dar banho quente nele já que ele estava queimando de febre, passei sabonete nele e depois desliguei o chuveiro, o enrolei na toalha e quando estávamos saindo ele pois a mão na boca e eu entendi o recado, levei ele até a privada que estava imunda dei descarga e rapidamente o puis no chão e ele começou a vomitar ele vomitava muito, depois do que pareceu ser séculos ele parou de vomitar ele parecia exausto mais já estava mais consciente perguntei se ele teria força pra escova os dentes e ele assentiu então dei descarga no vaso e fui até seu quarto procurar roupas para ele. Achei uma bermuda uma cueca e uma blusa e levei até ele, perguntei se ele conseguia por a roupa sozinho e ele assentiu de novo apenas quando ele terminou de por a roupa saímos do banheiro eu estava segurando ele ou tentando já que ele era bem forte e pesado ouvimos passos rápidos e uma voz que eu conhecia Maike também reconheceu a voz porque seus olhos brilharam.

"Enzo..!" Ele tentou gritar mais não saiu tão alto e grave como ele devia prever.

  Enzo apareceu no corredor e paralisou quando viu Maike, Enzo veio correndo e abraçou Maike com muita força.

Eu sai e deixei eles a sós desci as escadas aonde estava Gui olhando em volta dá casa.

" Oque você acha que vai acontecer??" Perguntei para Gui com medo dá resposta.

"Bom... Tive que chamar a polícia, Enzo pode ser preso por porte de drogas ou ele vai pra uma casa de recuperação e os policiais vão tirar toda a droga dá casa..." Abaixei a cabeça triste com a respostas Maike não podia ser preso ele deve ter tido um motivo para fazer isso. "Vem cá vem" Guilherme me puxou esticou as mãos e eu fui até ele e puis a cabeça em seu peito.

Depois de um tempo eu pude escutar barulho buzina de polícia..

Presa No InternatoOnde histórias criam vida. Descubra agora