|| capítulo 0.6 ||

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No dia anterior Poli veio me buscar na penitenciaria, hoje ela me trouxe, e Walker disse que seria melhor meu pai não me trazer nem até a esquina, para mão colocar a vida de nenhum de nós em risco. O dia foi intenso, mais foi bem melhor que ontem, não que os homens de hoje fossem boas, mais tenho a fiel certeza que são melhores do que os de ontem. Ao chegar em casa, procurei meu pai e não o encontrei, provavelmente estaria em seu escritório, então desci as escadas atrás dele. Ele estava no telefone, nem percebeu que estava ali, ele aparentava estar em uma conversa séria, encostei ao lado de fora da porta e escutei sua conversa.

"Pai: claro, olha temos um acordo eu confio em você, confio minha vida em você. Não deixe nada acontecer, assim como cuidei dela por toda vida até sua morte, agora é sua vez de retribuir esse favor a mim... - ele pausa, escutando o que a pessoa da outra linha está falando - ok. Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, você pode pedir para ele me ligar, farei o possível para te ajudar e ajudar ele la dentro, temos tudo em andamento, mais estou arriscando tudo que tenho de mais precioso por vocês - ele da outra pausa e volta a falar - tchau. "

Meu pai é um homem muito comprometido com seu serviço, uma conversa ou outra estranha é normal pra ele, e pra mim também, apesar de as vezes tentar decifrar o que é, e com quem é.

Entrei em seu escritório, ele me olhou e veio o meu encontro para me abraçar.

Pai:  como foi seu dia na penitenciaria filha?? - nos sentamos em volta de sua mesa.

Eu: tranquilo pai - sorri pra ele.

[...]

Na manhã seguinte, Poli estava em casa logo de manhã, fico impressionada como essa menina, acorda cedo só pra me levar até a penitenciária. 

Eu: Porque acorda todo dia cedo, pra me levar até a penitenciária menina ? -ela me olha incrédula e eu começo a rir - não precisa fazer isso, não vou deixar de te amar - ela começa a gargalhar.

Poli: Nós se conhece deis de que me entendo por gente, se não posso te proteger lá dentro, tenho que te proteger aqui fora. -Olhei pra ela orgulhosa de ter alguém assim ao meu lado.- e outra, você disse que tem uns gatinhos lá, vai que em uma dessa eu arrumo um pra mim, já que você achou um pra você Alisson.

Eu: Não fala asneira doida!!! - ela começa a rir

No alto da favela...Onde histórias criam vida. Descubra agora