Capitulo 31

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Eu não sei de onde tirei coragem para dizer tudo aquilo para o pai da Laira e do Jhord. Eu não pensei, quando vi já estava lá dizendo tudo o que pensava. Eu não aguentava mais ver eles sofrendo.
Eu sei que depois disso tudo imagino que a Laira não poderá mais ter contato comigo, mas se for para o pai deles estar mais próximo vale a pena.

Chego a porta de casa e para minha surpresa Laira está parada apoiada no carro que a leva para todo canto.
-Laira? O que faz aqui?-Pergunto ainda surpresa.
-Vem, entra aqui no carro que te explico.-Ela diz já entrando no carro. Eu a acompanho.
-Para onde vamos?
-Vamos para Redmond na casa do Natan.
-Como assim? E o seu pai? Imagino que não nos queira mais juntas.
-Depois de alguns minutos que você foi embora meu pai saiu sem dar uma palavra, então vim atrás de você. Live você foi tão corajosa, obrigada.-Ela aperta minha mão e sorri. Eu retribuo seu gesto.-Pode seguir para Redmond Romeu.-Ela diz ao motorista.

Foram duas longas horas até chegarmos em Redmond, e mais uns trinta minutos para achar a rua onde o Natan mora.
Depois de olhar número por número, finalmente encontramos o número 44.
-Vai Live o que está esperando? Sai do carro!-Ela ordena.
-E o que eu vou dizer?-Pergunto nervosa.
-Fala: E ai gatinho, me amarrei no seu beijo vamos repetir a dose?-Nós duas rimos.-Você viajou duas horas de relógio e não pensou no que dizer?
-Como poderia se você não parou de falar?
Antes que Laira possa responder o portão da suposta casa do Natan se abre, e ele sai. Meu coração acelera como se fosse a primeira vez que eu o vejo.
Com o portão ainda aberto ele observa a rua. E quando finalmente tomo coragem para sair do carro, uma garota aparece. Ela tem longos e brilhantes cabelos loiros que balançam a medida que ela se aproxima de Natan. Suas roupas são sofisticadas, não deixando dúvidas de ter uma boa condição financeira.
Com um sorriso no rosto ela o abraça, ele retribui o gesto com um beijo na testa. Eles trocam algumas palavras, e entram para casa com os braços entrelaçados.
-Vamos embora.-Falo decepcionada.
-Live, sinto muito.-Laira tenta me consolar.-Quem sabe não é só uma amiga de infância?-Ela diz.
-Eu não sei. Eu só quero ir embora.-Repouso minha cabeça no encosto do banco do carro. E assim foi a viagem de volta. Em silêncio absoluto. Agradeci a Laira mentalmente por isso.
Tento entender como alguém diz me amar, e em tão pouco tempo já está com outra garota, e pelo afeto a qual a trata mostra que tem muito carinho por ela, algo que não é recente.

O príncipe e a PlebéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora