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Pude sentir o medo no ar.
Mas não foi minha intenção deixar acontecer.
A noite posso sentir um clima pesado no meu quarto.Sei oque e.
Não ligue para elas.
-São minha família.
Olho para o canto da parede Posso ver seu sorriso sombrio.
Sorrio de volta.
A porta se abre. A silhueta que já era difícil de ver some.
Katlea.
Ela respira fundo e entra.
-Não precisa ter medo.-digo e me sento na cama.
Ela entra.
-Não está sentindo?-ela pergunta.
-Oque?
-O ar...esta meio gelado.Difícil de respirar.-Ela se abana.
-Besteira.Oque há?
-A mãe quer fazer um acampamento.
-Ela já quer festejar?-ironizo-ou so está tentando dizer que está tudo bem?
-Ela se importa muito.-Ela diz irritada.
Mentira,Ela teme voce lisara
-Cale-se.-digo entre dentes.
-Cale-se você.-rebate Katlea.
-Não estou falando com você idiota.-digo.
Katlea se arrepia.
-V-Você...fala...com aquilo?
Me deito na cama.
-Falo.
-Esta...
-Cala a boca.-rosno para ela.
-Por que?
Me levanto e a cubro com meus centímetros mais alta.
-Você viu oque aconteceu na cozinha, quer ficar mesmo testando ele?, não mencione isso perto de mim.
Ela arregala os olho e assente.
-O-Ok.
Suspiro.
-E para o seu próprio bem.-digo e a abraço.
-Esta tudo bem com você?-ela pergunta
-Eu não sou tão babaca assim Katlea.-digo e me afasto e me sento na cama.
-Certo...vamos arrumar as malas?
-Vamos agora?
-Sim.
Bufo.
-Ok.
Pego uma mala onde me lembro perfeitamente de onde deixei e começo a arrumar as roupas.
-Quer ajuda?-pergunta Katlea.
-Pode ir. -digo posso sentir o cheiro do medo dela.
Ela se vai.
-Acho que estou esquecendo de algo...
Seu anel
-Ah sim.Obrigada.-murmuro.
Rio comigo mesma...converso com um espírito.
Sorrio de lado.
Sou seu guardião Lisara, nunca se esqueça disso.
-Não me esqueço.Obrigada.
Quando término de arrumar tudo arrasto a mala para fora do quarto escadaria abaixo.
Posso ouvir Katlea falar com mãe. Na porta da cozinha.
-Ela fala com aquilo Mãe...
-Algum problema com isso?-digo Alto.
Ela se assusta.
-L-Lisara...
Reviro os olhos.
-Estão prontas?
Elas assentem
Pegam as malas e saímos para o carro.
Dou falta do meu pai.
-Cadê ele?-pergunto.
-Você conhece ele.-diz minha mãe simplesmente.
Sorrio.
Ele tem medo .Acho que ele vê Zapkiel.
Seu pai tem medo.
Concordo.
-Pode não fazer isso?
-Perdão?-digo.
-Não fique falando sozinha na frente das pessoas.E estranho.-ela diz.
-Desculpe.
Ela assente.
Inclino a cabeça para o lado como um gato.Por que ela não se assusta?
-Mãe?
-SIm?-ela pergunta.Acelera o carro.Não sei para qual acampamento vamos.
-Você não tem medo?-pergunto.
-Não.
Fico em silêncio.
Alguma horas depois chegamos a um acampamento.
Paramos o carro.Posso ver várias outras barracas e casas.
Pegamos as malas.
-Vamos montar barraca?-pergunta Katlea.
-Tenho cara de quem sabe montar barraca?-pergunta minha mãe rindo.
Rio com ela.
Katlea da de ombros
Ela pega uma chave de um chalé.
Deixamos as coisas nos quartos. São dois um para ela outro para mim e Katlea ou um para as duas e um para mim...já que elas podem ter medo de mim.
-Eu vou fazer algo para comer.Por que não dão uma volta?-ela instiga-pode haver garotos bonitos por ai.
-Ok.-digo e saio do chalé.
Katlea vem atrás de mim.
-Não devemos nos afastar muito.Podemos nos perder.-ela avisa.
-Você pode se perder.-digo e pisco.
-Você pode se perder também.-diz ela.
-Eu tenho um GPS próprio.-digo.
-Ora e você trouxe o celular?
-Não estou falando se celular tonta.
Ela para e me observa.
-S-Sério?
-Eu tenho muitas cartas na manda Srta Restalle.-digo e pisco.
Ando até a floresta.
-Você não vai entrar ai vai?
-Vou.
-Por que?
-Vou cultuar o diabo-digo e assopro na cara dela.
Ela grita e tropeca nos próprios pés e cai no chão.
-Não faça isso!-diz ofegante de medo.
Rio dela.
-Fique pelo acampamento.Eu volto logo.
-E se não voltar?
-Não vou dar esse gosto a vocês.-digo e entro na floresta.
-Cuidado!-ouço ela gritar.
Rio.Do que eu poderia temer?
Não sei bem por que entrei aqui.Só preciso caminhar acho.
Decido correr um pouco.Eu corria no manicômio me ajudava a passar tempo.
Lisara cuidado!
-Oque...
Tropeço e rolo por cima dos arbustos caindo de cara em algo que arde
Me retorço.
-Ahhhh!
Mãos me agarram e me arrastam.
Abro os olhos rostos.Fico ofegante.
Mulheres.
-Quem...São vocês?-disparo e me desvencilho.
Duas com cabelos pretos e uma ruiva.Reconheço a roupa que usam.Bruxas.
A ruiva se Agaha na minha frente.
-Oque você tem?-ela sussura me olhando intrigada.
Fico em silêncio.
Ela aperta algo na minha bochecha.Arde.Dou um tapa na mão dela.
-Quem é?-ela pergunta.
-Saia de perto de mim.-digo.
Ela se senta na minha frente.
-Posso ver seu anjo.-ela diz e inclina a cabeça para o lado como costumo fazer.
Ergo o queixo.
-E oque tem?
-Ele é perigoso.Você o controla Jovem?
-Ele não machuca ninguém.-defendo.
Ela sorri docemente.
-Deveríamos exorcisa-la.-uma das duas bruxas atrás diz -esse tipo de anjo não é algo simples.
-Você nasceu com ele?-pergunta ela.
Fico em silêncio.
-Pode confiar em mim.Você sabe que ele pode me machucar se quiser.-ela diz.
Algo nos olhos dela me tranquiliza.
Zapkiel está quieto.
-Não.Eu não nasci com ele.-digo devagar
-Quem te deu ele?,ou Você o invocou sozinha?
-Minha avó...Ela...Ela era bruxa ocultista.Me deu ele.
Ela concorda.
-Ela era audaciosa.Lhe dar um anjo tão poderoso e perigoso....
Ela toca meu anel.
-Posso ver?
Tiro e ponho na mão dela ela põe contra a luz.
Vê a escritura.
Zapkiel no anel.
-O anjo dos pesadelos.Ele protege você.Mas Você não sabe usa-lo.Ele é como um poder.-ela diz e estende a outra mão para uma das bruxas.
-Você não vai...-uma delas começa.
-Não posso acabar com um presente.-ela diz e se vira para mim.-Você quer se livrar de Zapkiel?
Eu quero?,quero me livrar daquilo que me protege e me fez companhia?,mas isso me faria normal de novo...Meu pai...
-Ele é o melhor que você tem.Eu não me livraria dele se fosse você.-ela diz segurando a minha mão.
Lisara...
-Não.Eu não quero me livrar dele.
A mulher sorri.
-Então vou ajudar você.

Pacto De SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora