Pacto De Sangue

13

Entro em casa.
-Então,oque achou da proposta?-pergunta efreet.
-Você sabia?
-Ele me contou Durante o caminho para cá.
-E-Eu quero falar com Zaphkiel.-digo.
-Entendo.Amanhã voltarei.Katlea está dormindo,foi um pouco pesado para ela.-ela aperta meu ombro de leve-Faça oque tem que fazer.
E se vai.
Suspiro.
-Isso e um tanto confuso não é meu bem?-pergunta minha mãe e me abraca-Pelo que Efreet me disse...-ela respira fundo-nao sei.Oque você quer fazer?
-Salvar Zaphkiel.-murmuro.
-Melhor você falar com ele.-ela diz e beija a minha testa.-Mas descanse,você está esgotada.
-Katlea...
-Ela ficou bem.Rin cuidará dela.Tá bem?
Abraço minha mãe.
-Obrigada mãe.
Ela alisa meu cabelo.
-Não é nada...hmm...Lisara.
-Sim?-pergunto olhando para ela.
-Acho que você tem visita.
Me viro.Yukio,mas não é Yukio e apenas o corpo dele...com Zaphkiel.
-Eu vou dormir.Deixarei a porta Aberta.Cuide dela.-diz minha mae e se retira.
Olho para ele.Ele Abre a boca para dizer algo mas fecha e suspira.Me atiro nele e o abraço.Com toda a força que tenho,ele me abraça de volta.
-Eu vou salvar você.-sussuro.-Não importa oque tenha que ser feito...mesmo que...
-Lisara.-uma simples palavra,mas ele diz com a voz carregada de dor e decisão.
Olho para ele.Ele encosta a testa do corpo emprestado na minha.
-Voce não vai aceitar.Ouviu?
-Mas...
-Você não vai aceitar.
-Zaphkiel...
-Não importa.Mesmo que eu nunca recupere meu corpo,eu estou ordenando.Ouviu?,não me tire do sério.-ele diz e suspira me abraçando-por favor.
Abraço ele.
-Mas pode ser a nossa melhor chance...
-Não preciso dele.-ele diz e alisa meu cabelo-Se estiver disposta a me ajudar...o faremos.Mas caso você fique em perigo...E meu dever fazer com que recue...entendeu?
-Você é mandão.-sussuro.
-Sou seu guardião.E devo cuidar de você.Para sempre.-ele diz.-Agora que você entendeu,durma.
-Zaphkiel...
-Vamos.Você tem que dormir.-ele diz e escapa de meu abraço sutilmente.Ele põe as mãos emprestadas em meus obros e me direciona para o quarto.-Boa noite Lisara.
-Ei...
-Shhh.-ele diz e quando estou dentro do quarto ele apaga a luz e fica na porta.
-Zaphkiel.
-Você ainda tem medo de escuro?
-Não é isso.
Ele suspira.
Me sento na cama e dou duas palmadas no lugar ao meu lado.Ele entra e fecha a porta.Se senta ao meu lado em posição frustrada.
-Me diga.A verdade.-peço.
Mesmo no escuro os olhos dele estão meio cinzas e parecem brilhar no escuro.Mesmo que esse não seja o corpo dele,mesmo que esse não seja o rosto dele.
-Que verdade?
-A única.Tudo oque ele disse...era verdade?
-Ele era um dos guardiões dos protegidos que matei.Foi ideia dele me exorcisar.Mas não foi só pela protegida.A irmã dele me amava.E eu nunca a amei.Ele tem raiva,mas eu não posso fazer nada.Ela entende,já se esqueceu disso.
Suspiro.
-Oque houve no dia ?
-Os protegidos discutiram.Se agrediram,nos devemos protege-Los a todo custo.Eles feriram o meu.Tive que tomar providências.-Ele diz com a voz amargurada.
-Ele é estúpido.
-Sim.
-Quem é a irmã dele?
-Isso não interessa mais.
-Você tem que me contar.A verdade lembra?Zaphkiel...
-E Mayuri.
Arregalo os olhos
-M-Mayuri?
Ele Concorda.
-Mas você disse...
-Eu nunca gostei dela.Mas eu não disse que ela nunca gostou de mim.-ele suspira-Mas ela já entendeu a situação.
-E por isso que ela te chama de querido.
-Ela é tola.-ele diz e se levanta.Os olhos cinzas brilham no escuro.-Agora durma.
-Eu não terminei.-digo pegando a mão dele.
-Lisara...
-Você falou de tudo menos do principal.-digo e me levanto.Nossos rostos quase batem.
-Oque seria?
-Não se faça de desentendido.
Ele fecha os olhos prateados e suspira.
-Oque você quer saber Lisara?
Fico vermelha.
-Se oque ele disse e verdade.
-Já disse que e.
-Não aquelas partes...
-Vai dormir.-ele diz se libertando da minha mão.
Agarro o braço dele.
-Por que não responde?,tem medo?,E tão covarde quanto ele disse?!
Quando ele se vira para mim seus olhos cintilam raiva.Com apenas dois passos estou encurralada na parede.Ele me olha nos olhos,me encolho,ele parece raivoso...pronto para me afundar na parede so por eu respirar.
-Você acha que sou covarde?,que tenho medo?,Já parou para se perguntar por que falam tanto de mim?
-Z-Zaphkiel...
-Responda.
Fecho os olhos,a raiva dele e muito intensa.
-Não.Eu não acho.
-Ótimo.-ele diz e se afasta.
-Então diga se me ama!-grito me segurando a parede.
Ele para.Abre e fecha os punhos.E óbvio que não.
-Por que quer tanto saber?
-Por que quer tanto não me dizer?
-Faria alguma diferença?
-Faria...
-E mesmo?-ele pergunta se virando-acha mesmo que posso ter algo com você?,Somos completamente diferentes.EU NEM CORPO TENHO!-ele grita o final me assustando.
-I-Isso não importa.-gaguejo.sinto uma lágrima se formar.
Ele bufa.
-Não desperdice minha calma.Apenas vá dormir.-ele diz seco e sai.
A porta bate com violência.sinto meus joelhos fracos.
-Por que tem que ser tão..agressivo...-murmuro baixo e Caio de joelhos apertando o colchão.Lágrimas nublam meus olhos.
-Você também?
Olho e vejo Mayuri sentada na minha frente.Ela também chora.
Mas suas lágrimas incandescentes são da cor de seus olhos,vermelhas vivo.Como sangue .
-Eu não sou como Você.-digo entre dentes.
-Eu sei.-ela dize funga-mas você o ama.
-NAO DIGA TOLICES!-grito e meu grito parece um gemido de dor.Oque está acontecendo comigo?
Ela sorri.
-Não se afete,ele sempre faz isso.Me lembro de todas as vezes que tentei te-lo.Apenas esqueça,não vale a pena se arrastar por ele.-ela diz e suspira-esta bem?
-Não tem ninguém se arrastando por ele aqui.-digo prendendo o choro.
-Entendo.Boa noite,durma.Vai precisar.
Ela desaparece.
-E quem liga.-digo e subo na cama.Fico acordada muito tempo.Não consigo dormir.
Sinto o colchão abaixar um pouco tempo depois,como toda noite.
-Saia.-digo dura.
Tem certeza?
-Durma onde quiser.Mas não aqui.
O leve calor que eu sentia some.Suspiro e fecho os olhos.
Eu não ligo.Não mesmo.