Ultimo dia das férias

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Oi galera, bom... essa é a primeira fic nesse usuário e eu espero muito que vocês gostem, vou tentar postar com frequência mesmo sendo meio difícil pelo tempo corrido.

POV JUSTIN

Começou a chover de novo. Céus, essa já é a terceira vez nessa semana que me arrumo todo para o treino de futebol e esse temporal começa do nada. Deveria ser crime esse tipo de coisa justamente no ultimo dia de férias, que raiva, agora não me resta nada além de ficar trancado no meu quarto jogando videogame.

-JUSTIN....

Escutei minha mãe gritar da cozinha e senti imediatamente um calafrio, porque pelo seu tom de sua voz não seria coisa boa. Xinguei mentalmente e fui me arrastando até lá

- O que será que aquela mulher queria?-pensei alto.

No trajeto  tentei de forma falha conseguir imaginar algo  que eu poderia ter feito dessa vez- justin você é um imbecil-reclamei mentalmente.

Ao chegar na cozinha, encontrei minha mãe completamente encharcada e entao comecei a olhar mais atentamente pelo ambiente e percebi um rastro de agua vindo da janela -fudeo- falei baixinho levantando meu rosto lentamente até a altura do rosto da morena que estava quase soltando fogo pela boca.

- PRA QUE DIABOS VOCÊ TRANCOU TUDO?

Minha mãe gritou com o rosto levemente vermelho e seus olhos transmitiam fúria
- mã....
tentei falar mas fui rapidamente interrompido com mais um berro de minha mãe

- E POR ACASO VOCÊ É SURDO? NÃO ME OUVIU BATENDO NA PORTA?

A mulher se abraçava começando a tremer e percebi que seus lábios que normalmente eram rosados, estavam extremamente roxos.

Saí da cozinha correndo até meu quarto convicto de fazer algo útil até ser surpreendido pela mulher que me seguia gritando alguns palavrões; de uma forma ágil corri até meu guarda-roupa e peguei a primeira toalha que estava á frente me virando rapidamente dando de cara com Pattie e os seus olhos semicerrados me encarando, era indiscutível, ela estava irada.
-mãe....
falei de forma protetora, baixando completamente a guarda.
- me desculpe...
Comecei me aproximar lentamente dela, aquela mulher poderia avançar em mim como um cão feroz se eu não demonstrasse controle, estiquei a toalha em minha mão e a cobri lhe dando um abraço caloroso, mas só depois de algum tempo ela retribuiu o gesto.

Minha mãe poderia ser brava muitas das vezes, mas era uma mulher guerreira que sofria muito desde quando meu pai nos abandonou... e eu com meus 14 anos ja havia passado por poucas e boas.

POV SELENA

Através da janela do ônibus quase não podia se ver nada devido o temporal que havia formado lá fora.

Meu ultimo dia de ferias e eu não me importava nadinha com o clima frio e tenebroso que fazia naquele fim de tarde,eu não teria como aproveita-lo mesmo.

Se tivesse fazendo um dia bonito e ensolarado que era bem difícil naquela região, eu teria o direito de me irritar por estar enfurnada dentro de um ônibus.

-Merda-falei baixinho, me recuso a acreditar que eu estava sendo obrigada a morar naquela cidadezinha sem graça na casa do meu pai, ele nunca havia feito questão de mim, não sei para quê tentar mudar as coisas no auge do campeonato, estava feliz demais morando na casa de minha avó materna.

Encostei a cabeça na janela fechando os olhos e suspirei pesado escutando o barulho da chuva, tentando botar os pensamentos em ordem do que eu teria que enfrentar.

"Calma Selena, é só um ano"- me consolava mentalmente até ser surpreendida com o motorista me cutucando.

-Aaah- gritei ,colocando a mão no peito com o coração acelerado devido o susto que o homem baixinho havia me dado.

-Vai sair ou vai virar acessório do ônibus? -disse o moço impaciente. Encarei ele com a maior cara de nojo e saí o mais rápido que pude, levando a minha mochila nas costas.

Sentei no banco da rodoviária, "quem ele pensa que é para falar de forma tão arrogante e grosso comigo? Idiota", revirei os olhos irritada olhando em seguida no meu relógio, ja se passava das 16:30 e nada do velho.

Peguei meu celular e comecei a ligar de forma insistente para o homem que se dizia meu pai, porém sempre caia na caixa de mensagem e a chuva lá fora só piorava.

Como alguém poderia ser tão irresponsável? O que tinha na cabeça da minha mãe quando ficou com esse cara que esquece de buscar a própria filha no terminal rodoviário?

Levantei do banco impaciente, ja eram quase 19:00 hrs e o movimento daquele lugar diminuía com o passar das horas, o jeito era arriscar na chuva.

Abri minha mochila e tirei um sobretudo me vestindo com ele logo em seguida, suspirei vagarosamente com os olhos fechados sentindo o vento frio arrepiar todos os pelos do meu corpo.

-1...,2...,3- Corri rapidamente sentindo a chuva fria entrar em contato com a minha pele, era agonizante. As ruas estavam desertas e depois de quase 15 minutos correndo avistei a casa do meu pai.

Era incrível como eu me sentia quente de raiva a cada passo que eu dava em direção àquela construção amarela que eu jamais conseguiria chamar de lar.

Ao chegar,comecei a bater na porta e tocar a campainha e nada do senhor mongoloide. Me afastei um pouco vendo uma janela meio aberta e então comecei a escalar na arvore que se encontrava ao lado dela, puxei a janela com um pouco de dificuldade ate conseguir entrar finalmente na casa  e me livrar da chuva.

[...]

Depois de banhada e seca, fui para a sala permanecendo no breu total, ja se passava das 2:00 hrs da madrugada e a casa estava fazia com a exceção da minha pessoa.

Escutei um barulho de chave e um clarão enorme invadiu meus olhos que se fecharam como reação, depois de uns breves segundos eu os abri dando de cara com o homem que me olhava sem reação.

-Obrigada pelos cuidados, papai- falei de forma fria e arrogante enquanto o fitava,dando um sorriso sem humor. Me levantei o  deixando sozinho na sala. "Se ele pensa que vai ser fácil me ter aqui, ele está enganado".

Depois de subir as escadas, corri até meu quarto me trancando lá. Era no mínimo frustrante ter que largar minha vida inteira para morar com uma pessoa estranha em uma cidade de estranhos, mas eu iria aguentar. O medo de o que eu iria enfrentar aumentava em mim e a experiência do primeiro dia com meu pai tinha sido horrível. Será que valeria a pena acordar no dia seguinte ?

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⏰ Last updated: Jan 17, 2017 ⏰

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