Capítulo 3

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P.O.V Bambam

Bambam estava na mesa do refeitório junto a Jackson e Jinyoung, que conversavam sobre algum tópico que não conseguia prender sua atenção. A única coisa que o interessava era fazer planos de como se livrar de Yugyeom sem que ninguém desconfiasse dele. Quis socar alguém quando ouve a voz irritante do diretor e vê que ela saía de um maldito megafone, que proclamava um discurso tão monótono que Bambam não consegue prestar atenção, só pesca partes do que é dito, como "grupos de ajuda comunitária", "lista" e " no mural".

Quando o sr. Lee finalmente acaba de falar, Bambam vê os alunos se movimentarem com pressa e irem em direção a um mural perto da porta onde o sr. Lee havia grampeado as listas antes de sair. 

- Vamos esperar esvaziar um pouco para ir, porque não sei vocês mas não estou com nenhuma pressa de saber de que maneira serei escravizado. - ele fala com um tom autoritário e ligeiramente desdenhoso quando Jinyoung e Jackson começam a se levantar, o que faz com que o último erga as sobrancelhas e estreite seus olhos, mas volte a sentar novamente.

Depois de alguns minutos esperando viu os dois meninos que estavam consigo se levantarem da mesa, sem paciência para esperar mais, e irem em direção ao mural. Os seguiu, até que tiveram que parar pois havia uma dupla parada bloqueando o caminho até as listas. Eles estavam discutindo com as vozes elevadas, e de uma maneira tão emocional que Bambam começou a se perguntar se eles não seriam um casal.

- Mark! - disse um menino alto de cabelos negros e piercing no lábio inferior- Você fala isso porque até agora não precisou ficar sozinho aqui, não ficou sozinho desde o incidente...

- Dá para você parar de me tratar como se eu fosse uma criança? Porra, eu já cuidava de mim mesmo antes de você aparecer, ok? Que saco. - Gritou o garoto mais baixo que logo depois saiu teatralmente pela porta.

Bambam vê então o menino mais alto ficar paralisado até ter sua atenção chamada por Jackson pedindo licença, que o menino dá de uma maneira cordial até demais, mas quando ele vê suas companhias do loiro fecha a cara e vai embora. Bambam escolhe ignorar a grosseria e começa a pensar com interesse na breve interação do menino e de Jackson, afinal esse menino era muito rápido, briga com um e flerta com outro logo em seguida, Bambam pensa para si mesmo venenosamente e resolve testar as águas para ver a reação de Jackson.

- Parece que o paraíso está com problema, não é mesmo? - soltou uma risada forçada, e vê Jackson encolher os ombros como se não desse importância a briga que acabara de testemunhar, mas fica parado olhando reflexivamente na direção da porta por onde o menino saira. Bambam suspira ao ser ignorado novamente e passa por ele para ver a lista.

- Aish, não acredito que fiquei encarregado da limpeza interna! - exclama indignado.

- Bambam, acho que você está com sorte... - Jinyoung diz ao dar uma olhada na lista em seguida - Porque eu também estou na limpeza interna, então pelo menos a gente sofre juntos.

- Ah, que merda! - a atenção dos meninos é voltada para Jackson que havia saído de seu estado de reflexivo e lido seu nome na lista - Além da minha tarefa ser na cozinha, onde tenho certeza que vou ser péssimo, não vai ter ninguém que eu conheça lá.

- Bom, eu preferia ficar na cozinha que na limpeza interna - Bambam revirou os olhos, ficando cansado só de imaginar o tanto de coisas que teria que limpar nesse reformatório enorme - Vamos embora? Tenho que descansar pra ser uma boa empregada amanhã.

Os meninos concordaram com a cabeça, também cansados, e seguiram com ele em direção aos dormitórios, porém logo o deixaram já que seu quarto era o primeiro quando se vinha do refeitório. Enquanto Bambam continuava seu caminho sozinho, ele começou a pensar em como seria sua vida daqui pra frente. Inevitavelmente seu pensamentos voltaram para o motivo de ele estar aqui em primeiro lugar, e ele se viu lamentando sua estupidez por ter confiado nas palavras de bom moço do Yugyeom para depois ser apunhalado pelas costas. Devia era ter falado para ele sua avó irem a merda. E foda-se o "pelos tempos antigos".

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