Laminas e Fred

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Depois de fazer um tanque de guerra em miniatura, uma torre Eiffel com lacres de latinha, uma mini catapulta, e concertado uma daquelas caixinhas de música de um filho de Apolo, em menos de uma hora, fui ver o resto do acampamento.

Minha guia era uma garota do chalé 10, ela tinha tranças marrons, com uma mecha cinza, na cintura tinha uma adaga, a bainha tinha o desenho de pedras empilhadas e dava a impressão das pedras terem cabelo!

-Como é o seu nome?- Pergunto.

-Anna, Anna de Arendelle.-Ela responde.

-Hiro Hamada.- Digo.

Apertamos as mãos e eu continuo sem entender o desenho das pedras com cabelo na bainha, não me seguro e pergunto:

-Eh... Anna, porque raios tem pedras com cabelo desenhados na sua bainha?

-Bem, quando eu era menor, houve um acidente, e quem cuidou de mim foram uns seres pequeninos que conseguem se transformar em pedras e o musgo da pedra é o cabelo, e meio que eles me deram esse presente.- Ela explica e da tapinhas na bainha.

Continuamos andando e vejo umas garotas fazendo a grama crescer e virar uma gaiolinha com um garoto dentro.

-Garotas, me tirem daqui! Eu juro que não era minha intenção acertar aquele tiro no  repolho gigante de vocês!- Fala o garoto desesperado.

-Era para a festa do acampamento! Hoje é primeiro de Julho, era o maior da colheita!- diz uma garota com traços indígenas.

-Vocês são filhas de Demeter!- O garoto diz.

Olho para Anna com cara do que está acontecendo.

-Flyn Ridder, atirou no repolho gigante das filhas de Demeter. Agora silencio, quero ver quem vai morrer.- Anna diz.

-DEMÉTER NÃO É DEUSA DAS PLANTAS GIGANTES!- Grita outra garota.

Flyn segura o cabo da espada, porém um cipó puxa e joga a espada.

A indígena se aproxima e desfaz a gaiola.

-Você vai com a gente falar com Quíron.

Flyn segue as duas garotas rumo a casa grande.

-Quem são aquelas duas?- Pergunto para Anna.

-A indígena é Pocahontas, uma semideusa muito poderosa, e a outra é Miranda Gardner, conselheira do chalé 4.- Ela explica.

Continuamos andando rumo as forjas, Anna disse que eu iria amar lá, já que é onde eu mais me encaixo e tem tudo que eu amo: graxa e ferramentas. Quase tudo porque não tem ursinhos de goma.

Nas forjas Wasabi dando uns reparos em seus braceletes.

-Wasabi, o que são estes braceletes.

-Sabe aquelas minhas "lâminas"? Pois é, estes braceletes são bem melhores porque com um simples apertar de botão- ele aponta para um pequeno nos braceletes- ele coloca luvas e ativa as lâminas, o que na minha opinião é bem mais simples que carregar uma espada.- Ele explica.

Olho para uma mesa vazia, digo vazia no sentido de que ninguém está sentado, porque a mesa tinha lâminas, engrenagens, porcas, parafusos, ferramentas, massaricos, pregos, óleo, pedaços de metal e tudo mais.

-Anna, você estava certa quando disse que eu ia amar esse lugar!- Falo, ou melhor, grito animado.

Anna dá uma risadinha e sai.

Uma garota do meu chalé estava lá, eu acho que ela se chamava Nyssa. Era uma garota diferente das que eu costumava ver, mãos calejadas, o rosto cheio de graxa, braços musculosos, ela e Clarisse, do chalé de Ares, eram as garotas que desafiavam o padrão de beleza da sociedade. Me aproximo dela para uma ferramenta.

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