capítulo 7

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Ainda com a arma apontada para a minha cabeça o homem me levou até o final corredor aonde meus pais se encontravam amarrados e encostados na parede.
- Encosta ali princesa, junto com seu pai - disse aquele homem me jogando na parede com tanta força que eu tenho certeza de ter quebrado algumas costelas ao bater com as costas no concreto, foi uma dor aguda que eu tive que tentar respirar pela boca, pois meus pulmões esqueceram oque era respirar.
-Okay...eu vou perguntar mais uma vez Senhor Laurent, aonde você escondeu o cofre? - eu reparei no perfil do homem que ameaçava meu pai com uma arma, tentando guardar suas características físicas para o entregar a policia assim que ele saísse da minha casa, porém ele usava uma espécie de pano escuro no rosto não deixando eu ver sua cara e que abafava sua voz.
- Eu ja te disse que eu não tenho cofre em casa, todo o dinheiro do restaurante minha mulher eu coloco em uma conta no banco.- meu pai respondeu, mais eu sabia que era mentira, pois varias vezes eu acompanhava meu pai até o cofre onde ele guardava metade do dinheiro arrecadado em um mês.
- Eu ja me irritei com você e com essa sua esposa que só sabe chorar e não abre a boca pra me falar aonde está a porra do cofre.- ele destavrou a arma e apontando para a minha mãe. Nesse momento eu comecei a suar frio, meu estômago se revirava me causando ânsia,  ele iria matar minha mãe na minha frente? Antes que eu pudesse falar para ele que eu sabia aonde se encontrava o cofre ele atirou na barriga da minha mãe, que caiu no chão com a mão em cima do ferimento que sangrava.
Eu me joguei ao seu lado e coloquei minhas mãos em cima do ferimento da bala tentando pressionar a ferida para fazê-la parar de sangrar.
- Seu desgraçado, mesmo que tivesse cofre nessa maldita casa eu não falaria para você.- meu pai estava vermelho de raiva e algumas lágrimas desciam dos seus olhos.
- Mãe abre os olhos, mamãe fica comigo tabom? Daqui a pouco isso vai acabar e eu vou te levar ao hospital para cuidar do dodói, mãe lembra que a senhora sempre falava ''dodói" quando eu me machucava.- eu tentava fazer ela conversar comigo e continuar acordada, mais não estava funcionado, ela estava perdendo muito sangue e ali na minha frente eu vi minha mãe perder a vida.
- Eu não aguento mais isso, seu velho estúpido! Agora eu vou matar você e vou vasculhar a casa até encontrar o cofre, essa vadiazinha da sua filha vai me dar a senha e eu vou me divertir com o corpinho dela antes de mandar ela pro inferno. - assim que aquele homem terminou seu discurso ele mirou na cabeça do meu pai, só deu tempo de gritar antes de ver o corpo do meu pai escorregar pela parede e cair no chão, deixando uma poça de sangue ao seu redor.
Eu tinha acabado de ver meus pais serem assassinados na minha frente enquanto aquele homem ria e guardava a arma em sua cintura.
- Tabom princesa, me diz aonde ta o dinheiro ou preferi morrer junto com seus pais? - ele me levantou de cima do corpo da minha mãe pelos cabelos me deixando em pé, de frente ao seu rosto coberto.
- Prefiro morrer do que fazer oque você manda, seu porco imundo.- eu juntei o máximo de saliva em minha boca e cuspi em seu rosto fazendo ele me jogar com violência no chão.
Quando ele limpou o pano que cobria seu rosto ele se virou para mim tirando a arma da cintura e colocando novamente o silenciador.
- Sua vadia, você pode até não me mostrar o cofre mais eu não fingia ser um vizinho legal e amigo da seu mãe para no final ficar sem a grana. - ele arrancou o pano do rosto e eu pude reconhecer o assasino. Ele é o nosso vizinho amigável que sempre ajudava minha mãe com as compras, me lembrei do dia em que eu voltava do porão, quando eu coloquei o dinheiro no cofre e gritei para a minha mãe que ja tinha feito a transferência do dinheiro e ele estava á ajudando com as compras do mercado...
O senhor Hopkin estava com a mão na arma para atirar em meu peito quando derepente ele larga a arma e de sua boca começa a escorrer filetes de sangue até que ele cai sangrando com a barriga perfurada por garras e ali na minha frente estava o Jack olhando meus pais mortos no chão do corredor, eu não aguentei e corri para os seus braços chorando enquanto ele me abraçava e passava a mão que não escorria sangue em meus cabelos.
- Eu sabia que alguma coisa estava acontecendo com você, eu precisava te ver e entrei em seu quarto mais te encontrei na mira de um revolver.- ele dizia com a voz calma, quase sussurrando enquanto eu chorava de olhos fechados e enterrando minha cabeça em sua barriga, repetindo a mim mesmo que tudo era um pesadelo.
- Vamos Bia, temos que ir embora.- Jack desencostou minha cabeça de sua barriga para poder olhar em meus olhos, mais antes eu tinha que fazer uma coisa.
Peguei uma bolsa e fui até as escadas que davam ao porão e desencostei da parede uma velha estante que escondia o cofre, coloquei a data do aniversário de casamento dos meus pais e o cofre se abriu, eu estimava que dentro da mochila tivesse cerca de 5 mil dólares. subindo as escadas do porão eu encontrei meus pais, agora sem vida, jogados no corredor.
Beijei a bochecha redonda do meu pai pela ultima vez e fechei seus olhos, abracei minha mãe e me deitei encima do seu corpo chorando. Eu vi o Jack sair da minha casa e ir até o carro fazendo um furo no tangue de gasolina tirando o óleo com a substância do mesmo e colocando em um galão,  ele entrou na casa e com um braço me levantou de cima do corpo de minha mãe me colocando de pé e com a mão que segurava o galão de gasolina ele jogou o líquido pelo corredor, cozinha e sala. Antes de poder perguntar alguma coisa Jack subiu escadas que davam aceso ao meu quarto e saiu depois de alguns minutos com uma mala grande e assim que passamos pela cozinha ele pegou um fósforo e o ascendeu jogando na trilha de gasolina feita pela casa, me carregando rapidamente para fora de casa, agora em chamas.

I Love you Jack RisonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora