Eu preciso.

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Fernando acordou mais uma vez com o barulho do despertador que cada vez as 8h da manhã fazia um belo de um escândalo.
Caiu da pequena cama de solteiro para poder derrubar o despertador.
Havia poucas semanas que tinha conseguido aquela pensão que era a unica que ele podia pagar.
Levantou do chão e vestiu as unicas peças de roupas que tinha.
Uma camisa, uma calça, uma gravata e um sapato.
Arrumou o cabelo e foi para o jornal.

- Bom dia - Disse Sérgio enquanto tomava café.
- Só se for pra você- Respondeu sem nenhum tipo de entusiasmo.
As coisas não iam nada bem.
Fernando não tinha nem aonde cair morto o que resultava que seu dia não estava nada bem.
- Desculpe sei pelo que está passando. - Suspirou e continuou - Sei que você é uma ótima pessoa e trabalhadora então como eu também não estou tão bem assim de vida, queria convidar você pra morar comigo. -
Fernando sentou na cadeira e pos uma folha em cima da mesa.
- Não sei se vou conseguir ajudar a pagar então acho melhor não. Mais obrigada pelo convite. Agradeceu e não disse mais nada.
- Tudo bem. Mais quando precisar é só me chamar, sabe que sou seu amigo - Finalizou apertando o ombro de Fernando que sorriu.
- Você também Sérgio-

O dia passou e chegou a hora do almoço. Fernando apanhou o casaco e foi para um pequeno restaurante.
Passando pelas movimentadas ruas de Londres entre os pobres e os ricos.
Chegou no restaurante da pensão e se sentou.
Olhou o cardápio e pediu o mais barato que tinha; Marcarão e Molho de tomate.

Era o fim da tarde quando viu um cartaz dizendo que precisavam de um garçom em um restaurante bem chique por sinal.
Ele então tirou um pequeno pedaço de papel do bolso e um lápis e escreveu o endereço.
Por sorte não ficava muito longe, era apenas 2 quadras da pensão.
- Olá bom dia - Cumprimentou uma moça bem vestida que ficava atrás de um balcão.
- Bom dia o que deseja ?- Perguntou enquanto olhava dos pés a cabeça Fernando.
- Queria saber se a vaga de garçom já foi ocupada - Respondeu ansioso, precisava da quele emprego.
- Não ainda não. Se quiser se candidatar preciso de seus documentos.- A moça respondeu sem mais delongas.
- A sim claro aqui estão. - Disse entregando para a moça que anotou tudo rapidamente.
- Amanhã você terá que estar aqui as 9h em ponto. Está bem? -
- Sim claro. Estarei -
Saiu do restaurante as pressas porque estava a ponto de cair uma tempestade quando vê um guarda-chuva no chão. Estava um pouco quebrado mais pelo menos manteria sua única roupa seca.
Pegou e abriu, saiu e andou pela rua.
Quando estava chegando na pensão viu uma moça parada em frente. Estava abraçando a si mesma em quanto se protegia da chuva em baixo da tenda.
Ela era linda, tinha olhos castanhos seus cabelos eram castanhos também. Levava uma saia rodada roxa e uma camisa branca suas joias eram de ouro puro o que dava a entender que ela não era pobre. Então ele se perguntou o que uma moça rica estava fazendo ali?.
Se aproximou. Não podia deixá-la .
- Olá bom dia. Precisa de ajuda?- Perguntou Fernando. Ele percebeu que ela se assustou.
- Não...não Não preciso - Respondeu brevemente.
- Não quer entrar? Essa chuva não vai passar tão rápido.- Tentou passar segurança a ela.
Ela olhou diretamente em seus olhos e por alguma razão confiou nele, um desconhecido.
Ele a deixou passar primeiro. Depois guardou o guarda-chuva. E começou a subir as escadas.
Ela simplismente o seguiu.
Fernando entrou na e ela parou na frente.
- Não se preocupe não vou te fazer nada - Ele sorriu.
Ela entrou e ele deixou a porta aberta.
- Desculpe nem me apresentei formalmente. - Estendeu a mão.- Fernando Colunga Olivares -
- Lucero. Lucero Hogaza León.- Ela retribuiu e apertou a mão dele.
Por um momento ela se concentrou nos olhos dele parecia entrar em uma espécie de paralisia.
- Sei que não é muito confortável mais sente-se.- Foi ate um canto e pegou uma cadeira.
- Obrigada - Se sentou e cruzou as pernas com a coluna ereta.
- Você...bem se permite- Ela balançou a cabeça e sorriu.
Lucero odiava ser chamada de senhorita.
- Você não é pobre...então o que está fazendo aqui?- Perguntou enquanto se sentava na borda da cama -
- Meu pai gostava de vir aqui e quando eu era criança sempre me trazia então decidi voltar.-
Respondeu ainda sem parar por nehum instante de olhar para os olhos de Fernando.
- E aonde ele está?- Perguntou confuso.
- Ele morreu.- Uma lágrima deslizou pelo rosto de Lucero.
E Fernando se culpou pela pergunta.
- Sinto muito -
Ela secou as lágrimas e voltou a olhar para Fernando.
- Já que estamos aqui. O que acha de conversarmos um pouco?- Ela sabia que aquilo tudo aquilo estava errado. Ele era um desconhecido e ela ja estava dentro do quarto dele. Mais no momento ele era o único que ela se sentia bem. E o mesmo acontecia com ele.
- O que a senhorita desejar- Respondeu sorrindo gentilmente enquanto se acomodava.
- No que trabalha senhor Fernando Colunga ?- Sorriu mais encantada ainda com a simplicidade de Fernando que estava dedicando seu tempo a ela de certa forma.
- Sou um jornalista. Trabalho todas as quintas feiras. E as vezes trabalho em qualquer coisa.-
- Jornalista...ótimo. Então é você que escreve o que eu leio todas as manhãs- Sorriu gentilmente.
- Que honra não?- Respondeu Fernando rindo.- Mais e a senhorita o que faz? - Perguntou. Ele ja sabia a resposta mais queria prolongar o momento.
- Acredito que o senhor já saiba. Mais tudo bem. Eu acordo e já tenho café pronto sua matéria no jornal já esta também pronta em cima da mesa e depois eu vou para minhas aulas de boas maneiras e no fim da tarde tomo chá com velhas ricas que não tem nada o que fazer - Respondeu rindo. Aquela conversa parecia de velhos amigos que não se viam a anos.
- Uau. Ótima rotina.-
Nesse momento seus olhos se encontraram seus sorrisos se complementaram.
- Obrigada. Obrigada - Ela agradeceu. - Por me fazer sorrir -
Aquelas palavras atingiram o peito de Fernando de uma forma arrebatadora.
- Sempre que precisar estarei aqui-
Ele se levantou junto com ela.
Desceram as escadas e pararam em frente da porta da pensão.
A chuva havia parado e o sol estava voltando.
- Nem sei como agradecer. -
A simplicidade de Fernando havia tocado o coração dela. Ele que não tinha quase nada deu o o maximo de gentileza que nem mesmo na melhor escola de boas meneiras é dado ou ensinado.
- Agradeça sorrindo e vindo mais vezes. As tardes sempre estarei aqui é só vir.- Ele alcançou a mão de Lucero e beijou suavemente.
- Estarei aqui -
Sorriu como só ela fazia e sumiu pela multidão de pessoas que tinha na rua.
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Obrigada aos que estão acompanhando.

Música de tema;
Lucero y Fernando Volvi a Nascer.

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