É o que conheço

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Abro meus olhos mais uma vez e de novo vejo o motivo de minha aflição, as paredes continuam as mesmas, os livros continuam ali me olhando como se algo eu os devesse, e as portas continuam trancadas.
  Está chovendo do lado de fora mais dentro do meu quarto tudo parece tão seco vejo minha liberdade se esvaindo por entre meus dedos, junto à vontade de enfrentar meus medos minha cabeça parece já não funcionar continuo dando voltas em minhas próprias palavras e toda vez que pareço encontrar uma frecha de um sonho acabo esbarrando em meus próprios pés que hoje já não são comandados por mim.
Dizem que se hà vida, ainda há de haver esperança, pra mim tais palavras já não fazem sentido se viver é estar continuamente esperando o momento em que os fogos serão lançados, então acho que confundimos a palavra esperança com destino.
Entender o real motivo das coisas já não parece ser necessário tudo já esta rotulado e no seu devido lugar, não há mais encanto na descoberta ir um pouco além do que os seus olhos podem ver, hoje, não passa de pura diversão se tudo já esta ganho e denominado qual será o motivo que vai nós dar motivação de sairmos da nossa imaginação.
  Talvez o motivo seja apenas viver sem ter motivos, sonhar e não deixar que isso seja a penas um sonho, andar não esperando que me canse os pés, respirar não só por que isso seja o essencial para viver, olhar não com as extremidades dos olhos, sentir não como se tudo fosse culpa do coração, viver como se o amarelo não fosse amarelo e que o céu talvez não seja só azul.

O vôo de vitóriaWhere stories live. Discover now