Cap2

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Deixando o passado de lado, estou indo para a sala da diretora do orfanato, madre Magnolia, ela quer falar algo sobre a minha herança. Concerteza quer o meu dinheiro.

- Megan, querida, daqui a 2 dias você ficará podre de rica. Como se sente meu amor?

Levando em consideração que a madre nunca me chamou de querida ou meu amor, acho que minha hipótese sobre ela ser interesseira está correta.

- Madre, há quanto tempo que eu não te vejo hein? Mas em relação ao dinheiro não sei Oq dizer, nunca conheci os meus pais e de repente do nada surge essa herança, mas eu estou animada sabe.

- hmmm verdade, já faz um bom tempo que não nos vemos. Mas sabe Megan, você sempre foi a minha órfã favorita, você foi educada e criada por mim e pelo orfanato. Você bem que poderia ajudar a sua família, nós, com esse dinheiro.

- Madre, com todo respeito a minha família está morta, a senhora nunca sequer veio falar comigo, eu estudava por conta própria e nunca fui amada por ninguém daqui. Então se me der lincença vou vazar.

Graças a Deus!!! Consegui sair daquela sala com a madre fazendo cara de bunda. Fui para o meu quarto no dormitório, ele é bem normal, tem uma cama, uma mesa de estudos e um armário com imagens de santos. Acho que a pessoa que tentou fazer os quartos queria deixar os órfãs tranquilizados com as imagens de santos, só que isso teve o efeito contrário.

Abri o meu armário e peguei o meu bloco de desenhos, sempre o escondi lá, porque as crianças do dormitório vivem mexendo nas minhas coisas.
Comecei a desenhar sombras, sempre amei desenha- las. O tempo estava passando de forma rápida, quando vi já era uma da manhã. Resolvi guardar o bloco no armário e ir dormir.

Quando deitei na cama, comecei a ouvir, coc coc coc coc. Eram batidas e estavam vindo do meu armário, comecei a suar frio e decidi levantar e abrir. A cada passo que eu dava o barulho ficava mais lento e mais pesado.

Abri o armário, porém o barulho já tinha cessado. Comecei a rir do meu medo bobo. Só de sacanagem eu resolvi dar uma batidinha na porta do armário e então como se fosse uma resposta do além ouvi outra batida só que dessa vez vinha da parede.

Concerteza estou ficando louca. Devo estar imaginando coisas, quem iria acreditar em mim se eu contasse isso?
Só pode ser alguma brincadeira maldosa das crianças do dormitório.

Resolvi tentar dormir de novo. Consegui, mas o tempo todo eu me senti vigiada e eu sei que isso parece maluquice às vezes parecia que tinha alguém respirando perto de mim, bem perto.
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Acordei umas 7:45 da manhã com uma dor no meu pescoço, acho que dormi de mal jeito, fui no banheiro feminino do dormitório e vi umas meninas fazendo uma cara de deboche pra mim.

- Megan, parece que você teve uma noitada hein? Kkkkk

Não tava entendendo nada, até que ela pegou um espelho da bolsa e mostrou o meu pescoço, tinha uma marca roxa nele, eu gelei. Não havia acontecido nada à noite inteira, a não ser... Não aquilo só poderia ter sido um pesadelo. Barulhos não aparecem do nada. Como aquela garota estava me olhando com deboche, resolvi entrar no jogo dela.

- pois é, queridinha, nem te conto! Mas acho que se eu te contar você não vai entender mesmo né? Sabe como é você não sabe como é na pratica. Então nem vale a pena tentar te explicar. Kkkk

Sai de lá o mais rápido possível, entrei no meu quarto e tentei pensar em tudo que aconteceu à noite passada. Estava indo sentar na minha cama quando vi meu bloco de desenhos em cima da mesa, Oq ele estava fazendo lá? Eu não o tinha escondido no armário?

Quando fui pega- lo havia uma página marcada, um novo desenho, era uma garota deitada numa cama e do lado dela uma sombra a encarando. Eu quase tive um infarto com aquele desenho, não fui eu que o desenhei e o que mais me encomodava foi o fato de que no desenho a sombra parecia comer a menina.

Posso abrir os olhos? Where stories live. Discover now