Cai Na Real!

Um pouco do passado

Costumava escrever em diários aos meus 10 anos de idade, foi quando tive minha primeira paixao.
Escrevia seu nome em cadernos de escola, no meu braço. Era inocente, porém já entendia Boa parte das coisas. Com um passado não muito bom mas também não muito ruim.
Aos 7 anos maltratada pela madrasta, e acompanhando a separação dos pais, pegando seus pertences, oque restou foi eu.
Oque fizeram comigo? Logo que seguiram suas vidas tive me acostumar com ausência de um ou de outro, era bem chato..
E ter que escutar de um monte de gente: " É assim mesmo, ele não eram felizes, você tem que entender que isso é coisa de adulto e Bla.. Bla.. Bla.."
Eu então com direito nenhum naquela idade, tive que só ficar quieta.
E foi assim até os meus 10 anos, quando uma mulher no centro da cidade perto de uma loja de peças íntimas olhou e disse:
-Você é muito bonita pequena.
-Obrigada! Respondi. A mulher parecia estar feliz, mas com muita fome, logo de cara pensei que iria me sequestrar. Mas não sei porque, fiquei ali intacta sem fazer nada, e estava calma.
-Mas oque tem de errado? Ela perguntou, e um silêncio veio
-Não se deixe aborrecer pelo que as pessoas grande fazem.
E eu continuei calada.
-Você não sabe a capacidade que tem mocinha! Mas não deixe o medo atrapalhar isso. - lembre - se não há melhor sensação enfrentar o medo de cabeça.
Então um frio na minha barriga surgiu do nada.
-A senhora tá bem? Perguntei,ela abriu um sorriso e disse:
-Estou só esperando minha hora... Escute bem pequena se não quer gritar,escreva, na sua idade costumava ter um diário e me ajudou bastante.
-Obrigada! Eu disse.
Então minha mãe saio da loja, viu eu conversado com a mulher e me puxou pelo braço.
-Escuta, ninguém conhece ninguém ouviu!
Eu só balancei a cabeça.
Chegando a outra loja tive coragem de pedir um diário da minha mãe.
Ela riu e perguntou por que.
-Sei lá gostaria de um.
Ela então comprou o diário.
E naquele ano a guarda era toda da minha mãe, significa que iria estudar em uma escola só. Logo minha mae se casou. Meu padrasto não era muito de palavras achava ele muito estranho. Quieto..