not hide and seek

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— appa! — jisung adentrou a pequena casa, com seus pequenos dedinhos entrelaçados nos da mãe.

— olá, jisung. — heechul disse, focado em seu jornal.

o pequeno estava com um semblante feliz, feliz demais para que o pai estragasse com seu mau humor. se aproximou do mais velho e abraçou o braço forte coberto até pela manga da camisa social que usava.

— como foi a escola hoje? — perguntou, ainda sem tirar os olhos do papel.

a mãe ali presente se aproximou e retirou o jornal das mãos do kim, que a olhou indignado.

— converse com ele direito. — heeyeon disse entredentes, indo pra cozinha.

o moreno bufou, mas logo sorriu ao ver o sorrisinho do filho. levantou e sentou-se à mesa para tomar café, sendo seguido pelo loirinho.

— hoje eu fiz um trabalho com o chenle, sobre a nossa família. foi muito legal! — exclamou, feliz.

— o tal chenle de novo, hani. — heechul chamou a atenção da esposa.

— deixe-o contar. — a mulher disse, servindo a xícara do menor com leite.

— eu já disse que não gosto desse garoto.

— não tem nada a ver, heechul. ele só citou que fez um trabalho com o menino.

o mais novo saiu devagarinho em direção a seu quarto sem ser visto. ele realmente tinha conseguido ficar desanimado. ele não entendia qual a implicância com seu amigo chinês. o kim mais velho ficava assim toda vez que falava do mesmo, desde que o filho lhe contou que o garotinho havia lhe dado um beijo na bochecha. o loiro havia caído do balanço, o zhong apenas quis ajudar. ele, como uma criança de dez anos, não entendia o que borbulhava em seu peito quando o fato ocorreu. mas a amizade do maior era muito importante para ele. o coreano sentou-se em sua cama e começou a pensar. sua fase filosófica não durou muito, já que logo a mãe entrou no quarto dele e sentou-se ao seu lado.

— seu pai está com alguns problemas no trabalho, não ligue pra ele. — falou, colocando alguns fios do menor para trás.

— tudo bem, mamãe. eu sei por que o papai está assim. ele não quer que eu vire um bichinha, que nem o primo baekhyun.

— jisung! não fale desse jeito. — a mais velha o repreendeu.

— eu ouvi ele dizendo isso. — comentou, mexendo nos próprios dedinhos.

— seu primo já é maior de idade, ele pode fazer o que quiser. e ser homossexual não é errado, amor.

— mas... e se eu gostar do chenle? papai vai ficar chateado?

— v-você gosta do chenle? — heeyeon perguntou, tentando passar tranquilidade ao menino.

— eu acho, não sei ainda.

— se você gostar dele, seu pai não vai fazer nada com você. eu vou conversar com ele. mas você ainda é muito novo, filho. espere crescer um pouco e entenderá. — sorriu, dando um beijo na testa de seu filho.

hani levantou-se para sair, parando no batente da porta ao ouvir um chamado do loiro.

— e-eu posso ir pra casa do jeno amanhã pra fazer um trabalho? depois da aula, prometo que volto cedo pra casa.

— hmmm... pode sim. mas te quero em casa antes de escurecer, certo?

jisung apenas assentiu com a cabeça. a mais velha saiu do quarto do pequeno, deixando um garoto confuso e triste pra trás.

the hiding place ☹ chensungOnde histórias criam vida. Descubra agora