Capítulo 2

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    Aos poucos, se abriam seus olhos. Contudo, ainda que parecessem totalmente abertos, nada podia ser visto.

    Um vasto escuro, vazio duvidoso e, de certo, assustador. Os pés caminhavam, corriam, mas a visão não saía do lugar, pois nada mais do que um preto verdadeiro era visível.

    Tudo muito quieto, silencio que envolvia a moça dos pés à cabeça. Como antes fora dito: SUSPEITO...

    No seu cansaço, cederam os pés, pernas, braços e todos os músculos que deveriam funcionar em seu corpo. Cedeu-se ao descanso, quase cedendo seu coração que, naquele instante, parecia extremamente sobrecarregado.

    Adelaide deitou-se no chão e, olhando para o que, supostamente, seria o teto, avistou uma luz no horizonte.

    Levantando-se em um pulo, apressadamente... ora, perdeu de vista a esperança que outrora havia encontrado. Que descuido se afobar dessa maneira.

    Cansada da situação, imaginando ser sonho o que estava ocorrendo, desejava só e unicamente despertar. Correu sem rumo, pois quem sabe não poderia cair n'um abismo, se assustar e abrir os olhos, descobrindo que ainda estava sentada na praça?

    Enquanto corria, não sabia dizer quanto tempo havia passado ou poderia passar; que horas eram; dia ou noite? Anos ocorreram em segundos, pois sua mente se punha em exaustão, mas seu corpo nada sentia. Avivou-se quando pode ver seu brilho de esperança novamente.

    Forçando à si mesma, correu o mais rápido que pensou aguentar, fazendo com que logo os primeiros raios de sol iluminassem seu longo cabelo loiro, preso em uma trança absurdamente comprida.

    Os olhos da menina, mel-azulados, logo captaram a imagem das árvores. Parou por um segundo. Perto da barra de seu vestido rosa claro havia uma pedra. Uma pedra com certeza era imensuravelmente melhor do que nada.

    Caminhando devagar, logo percebeu uma presença. Um homem pairava em cima de uma árvore, sentado no galho aparentemente mais forte.

- Eu posso te ver daqui.- gritou ele.

    Já não havia escapatória, então Adelaide se aproximou. Ao chegar perto, o homem pulou da árvore e encarou-a.

Louvemont (O Sangue dos Cinco Mundos, Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora