Capítulo 24

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No dia seguinte, eu acordei estranho, como no dia anterior, a diferença é que agora eu não podia controlar o que meu corpo.

Acordei e fui tomar café da manhã. Terminei meu café e fui tomar banho e escovar os dentes, teminei de fazer minhas higienes e tentei ir pro meu quarto...tentei. Era como se o meu corpo não correspondesse aos meus comandos.

De repente uma voz começou a sussurrar em meu ouvido, alguma coisa que eu não entendia. Quando aquela voz ficou mais clara pra mim, eu me dei conta de que ela estava controlando meu corpo. Provavelmente era um guardião de almas, mandado pelo Mestre, para me punir.

A voz, então começou a conversar comigo.

- Hoje começaremos seu treinamento. Me chame de Lúphtus, te ajudarei a descobrir o prazer que há na dor de um ser humano. - Assim que ele disse aquelas palavras eu comecei a andar para fora de casa.

Ele me levou para uma mata longe da cidade, onde só haviam animais.

- Vamos começar com coisas pequenas.- Ele fala, me fazendo ir até a parte da floresta onde haviam varios roedores, como esquilos e castores.

Depois de me levar naquele lugar, uma coisa estranha tomou conta do meu corpo. Eu definitivamente não estava controlando meu corpo...na verdade, naquele momento eu só conseguia ver o que acontecia, não podia falar nada, ou tentar reagir.

Ele me levou a um canto da mata, onde haviam vários esquilos em uma árvore. Ele ficou espreitando e enquanto ele esperava o momento exato para atacar, eu comecei a ouvir uma voz que falava coisas em outra língua. Conforme aquela voz sussurrava, eu ia meio que entrando em uma transe.

Mesmo em transe, eu conseguia ver tudo o que aquela coisa estava fazendo com meu corpo. Mas em um momento, tudo ficou preto, e quando eu acordei, era eu mesmo que estava controlando meu corpo.

Eu estava com um esquilo na mão, e uma voz tentadora começou a sussurrar em meu ouvido " Mate-o! Você sabe que quer. Veja como a morte é prazerosa! Mate-o!" Não sei por que, mas eu realmente queria fazer aquilo...e eu fiz. Uma morte breve, sem sofrimento para o animal. Mas eu me senti bem! Eu estava ótimo por ter matado aquele animal.

- Por hoje é só! Mas tenho certeza que você se sente ótimo por isso!- Aquela coisa falou aquelas palavras e saiu de dentro e mim.

Voltei pra casa e fiquei o resto do dia no meu quarto, tentando entender o que acontecera, e relembrando aquele ótimo momento em que eu matei aquele animal.

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