Capítulo XXII

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Ynakamura

Onde eu estou?

"...ca comigo"

De quem é essa voz? Como eu saio daqui?

"Falta pouco" outra voz.

Senti uma enorme dor no meu peito.

"Ah" arfei com a dor.

O que eu fiz? Minha família é a culpada, Konoha não fez nada de errado, não precisava fazer aquilo. Mas a raiva era tão intensa, nem consegui pensar direito, eu não conseguia raciocinar direito. Ela me guiou.

Um luz surgiu no fim da sala fazendo eu ter que semicerrar os olhos para ela não me cegar. Eu morri mesmo.

"Filha?" uma silhueta saiu da luz e veio até mim "Filha, sou eu"

Eu dei um passo para trás com receio. A luz sumiu e eu consegui ver melhor novamente.

"Desculpe-me senhor, mas eu não o conheço"

Era um homem alto com cabelos e olhos negros. Eu já vi ele em algum lugar.

"Ah filha, como você cresceu" o homem sorriu "Sou eu Yna, Kioshi"

Kioshi... esse nome não me é estranho. Dei mais alguns passos para trás. Não sei se eu deveria confiar nele.

"Como eu senti saudades de você, mas não era pra você estar aqui, você é muito nova para morrer" falou parecendo preocupado "O que aqueles malditos da Akatsuki mandaram você fazer?!"

"Por favor, não xingue a minha família, senhor" ele me olhou pasmo.

"Filha, eles enganaram você" o homem falou se aproximando rapidamente, ele segurou meus ombros fazendo eu olha-lo nos olhos "Eles te levaram da sua família verdadeira há muito tempo, eu morri tentando proteger você. Yna, eu sou seu pai, Nara Kioshi"

"Mentiroso, Itachi disse que-"

"Itachi mentiu!" me balançou um pouco "Não sei o que ele disse, mas tudo que a Akatsuki lhe disse é mentira" balancei minha cabeça negando "Filha-"

"Pare de me chamar assim!" Gritei me virando de costas, não queria encarar aquele homem "Você não é meu pai, Itachi que me criou, ele é meu pai" Kioshi tocou nos meus ombros, mas eu me distanciei "Minha família me abandonou a muito tempo" olhei para ele de soslaio "Me largaram sozinha na floresta"

"É mentira!" Kioshi gritou fazendo eu me virar para ele "Eu não sei o que eles fizeram com você para se esquecer de tudo" o homem parecia triste "Mas eu vou conseguir fazer você se lembrar" então ele me puxou para perto e logo me abraçou. Um abraço paterno. Cheio de... amor.

Lembranças começaram a passar em minha cabeça, algumas meio embaçadas e distorcidas, mas outras bem claras. E uma delas foi o dia em que eu fui levada pela Akatsuki. Minha cabeça começou a doer.

"Posso ter visto você matar pessoas inocentes, se divertir com a morte delas, mas você não tem culpa, a Akatsuki tem" ele me soltou e fez com que eu olhasse em seus olhos "Você era apenas uma criança e achou que aquilo era certo, buscar a paz é certo, mas não daquele jeito"

Ynakamura um membro da AkatsukiOnde histórias criam vida. Descubra agora