Angel

Capítulo 1.

Zayn's Point of View:

"Me dê mais uma!" Eu pedi - já me embolando com as palavras - para o bar man à minha frente. Ele colocou o copo sobre a mesa com o líquido em minha frente e eu bebi em uma golada só, enquanto tirava a carteira do bolso para dar a gorjeta e depois saí de lá.

Eu estava realmente muito bêbado e não tinha a mínima ideia de onde tinha estacionado meu carro, então resolvi ir andando mesmo para casa - o que era uma péssima ideia porque eu não conseguia nem andar em linha reta e estava quase tropeçando em meus pés.

Fui por uma floresta que tinha ali perto da estrada, vendo que por ali eu chegaria mais rápido em casa. Ouço um barulho de um estrondo forte, como uma fruta pesada caindo de um árvore e olho em volta pra ver o que era. O que foi inútil porque estava escuro e eu estava bêbado, então não dava pra ver nada e quando dava era só árvore e eu via logo duas por conta da bebida ter feito efeito.

Quando viro pra começar à andar outra vez, tropeço em algo que me faz cair. De começo penso ser um tronco, mas quando viro pra trás para ver, era uma pessoa. Uma garota jogada no chão. Ela tinha suas roupas rasgadas dando para ver a parte dos seios coberto apenas pelo sutiã, suas calças também rasgadas e seu corpo sujo de sangue. Ela parecia ter sido atropelada ou algo assim, mas não estava morta. O que será que tinha acontecido com ela?

Peguei a garota pelos braços e a arrastei de volta para a estrada de onde eu tinha vindo, já que ali era mais perto do que minha casa. Enfiei as mãos em meus bolsos à procura do meu celular e quando achei liguei para a emergência. Eles chegaram depois de uns 15 minutos e levaram ela e eu fui também por ser a pessoa que tinha a achado.

[...]

Estava há meia hora encarando aquele papel, eu tinha que fazer um registro da menina que eu achei, mas como eu faria isso se eu nem sei seu nome? Eu nem a conheço.

"Senhor, não vai assinar?" Perguntou uma mulher baixinha me encarando como se eu fosse um doente ou analfabeto por não ter escrito nada ainda.

"Sim...É só que..." Quando eu estava inventando uma desculpa, sinto alguém me catucar por trás. Me viro e vejo o mesmo doutor que levou a garota que eu havia achado.

"Senhor, você é o homem que trouxe aquela garota?" Ele perguntou e eu apenas assenti. "Então, o caso dela é um pouco estranho...Ela tem alguns ferimentos pelo corpo todo, mas nada muito sério..." Ele disse lendo a ficha e depois me olhando por cima do óculos. Parecia ter mais coisa pra falar, então eu só assenti esperando que ele continuasse. "Mas quando nós estávamos a examinando, vimos uma poça de sangue em seu corpo que não estava sendo causa pelos ferimentos, então nós fizemos mais um exames e..." Estava criando coragem para falar. "Ou ela foi torturada em suas partes íntimas ou foi estuprada." Arregalei meus olhos. Que merda tinha acontecido com aquela menina? "E ela também tem um pouco de droga no sangue. Então, o senhor sabe o que pode ter acontecido?" Perguntou.

"Eu n-não tenho a mínima ideia." Eu disse um pouco chocado pelo o que ele tinha me contado segundos atrás.

"Ok...Um policial virá falar com você só pra saber da história toda sobre a menina e tentar descobrir algo." Ele disse e eu assenti. "Você quer vê-la?" Perguntou se referindo a menina. Eu precisava de respostas, então fui.

[...]

A menina estava sentada naquela cama de hospital olhando pela janela, eu a observava agora limpa. Ela tinha cabelos castanhos curtos e um pouco abaixo do ombro, olhos azuis vibrantes, sua pele era bem clara como se ela não tivesse visto o sol por um bom tempo e ela parecia não saber o que estava fazendo ali. Ela era realmente muito bonita.