Capítulo 4 Micaela

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Estou sorrindo muito do que meu amigo me disse sobre ter ameaçado atirar no trazeiro do tal do Muniz horas antes.

Greg disse que o homem veio até a cerca e que o parou dizendo a ele que tinha autorização para atirar se o visse por estas bandas novamente,e eu não teria tido ideia melhor.

Minha gargalhada é interrompida pelo barulho de um carro chegando vou até a porta da frente e vejo uma caminhonete azul água estacionar e o motorista bem lindo devo ressaltar descer para em seguida dar a volta e abrir a porta do passageiro de onde desce uma mulher mais velha, que ele e esta bate com a mão na carroceria de onde pula um rapaz de no máximo 16 anos não falo por este ser franzino ou nada parecido, porque ele não é.

Digo pois tem cara de menino novo e um olhar de garoto travesso, além é claro do fato de ter vindo na traseira.

A mulher se aproxima arrastando os outros pelo braço vejo um brilho de alegria contagiante em seus olhos e sem perceber estou sorrindo,a moça tem um espírito livre e sorriso cativante,além de aparentar ser altiva e determinada pois não deixa seu rumo já traçado nem quando um dos peões se aproxima dela tentando saber o que faz aqui sem avisar a ninguém.

Vou até o fim da varanda e logo reconheço o moço que me ajudou na estrada no dia que eu cheguei, meu sorriso se abre mais e pulo os dois degraus indo em direção a eles.

Olha quem está aqui. O moço do coração laçado-- Ele sorri me reconhecendo pois na mesma ocasião quando ele se virou para ir embora fora assim que o chamei ao me despedir.

Então a senhorita Micaela Fernandes é a educada e cativante desbocada que ajudei na estrada.

Culpada.-- Afirmo sorrindo e levantando uma das mãos -- E vocês são? --  Pergunto me referindo aos dois que estavam com ele.

A sim esta é a minha mãe Tânia meu nome é Zac caso tenha curiosidade e este é o meu irmão mais novo.... -- o outro corta sua fala para se apresentar

Robert, Robert Muniz.-- Paralizo com o que fala, estas pessoas simpaticas são da família do calhorda que depredou a minha fazenda? Tudo bem que eu estraguei algo na deles também mas.....

Vocês não são bem vindos aqui . Já pedi para que Greg desse o recado sobre as ordens que tenho em relação a você e sua família se me dão licença -- Digo com a expressão fechada pronta para dar as costas a eles presumindo que Zac era quem chamam de Cowboy sem coração quando uma mão macia e pequena se fecha ao redor de meu pulso.

Pode me dar um minuto?  Se depois de me ouvir falar, esta ainda for sua opinião sobre a minha família vamos embora. Robert, Zac vão para o carro. - a mulher disse docemente

Aponto para as cadeiras de madeira na varanda e passando a frente ela se direciona até lá. Ainda estou com a expressão fechada quando nos sentamos.

Sei que presumiu que Zac é o filho que cuida da fazenda, mas quem o faz é Joseph.  Ele desde que se desiludiu a alguns anos nunca mais foi o mesmo,está mais fechado, não sorri e só pensa em expandir a fazenda para que cada filho meu tenha o seu cantinho onde morar e não mude para longe, Joe não lida muito bem com perdas, não depois dela. Mais não foi dele que vim falar. -- a mulher suspira antes de sorrir para mim.

Sei que imagina toda a minha família sendo como meu filho do meio, mais não é assim. Cada um tem suas qualidades. Robert te faz rir a cada duas frases e Zac sempre esta lá por você quando precisa eu... bom eu puxo a orelha deles quando passam do limite.
A vida não tem sido fácil depois que meu marido morreu,  todos sofremos muito e Joe só se fechou ainda mais.
Peço que não julgue todos pelas atitudes de um. Somos vizinhas, as únicas em bons quilômetros. Preciso q saiba que pode contar conosco e precisamos saber q podemos contar com você. Não aprovo as atitudes de vocês, mas as coisas são como são, já falei com meu menino sobre como fez errado em mandar derrubar sua cerca, e tu também fez errado indo até minha casa estragar a pintura nova de meu celeiro.

Não gostaste de minha arte? -- digo sem transparecer ironia em minha voz afinal estava realmente curiosa sobre a opinião e reação deles sobre o que fiz e não perguntei para cutucar ou irritar Tânia.

Da arte em si não. Mais a cara de Joe foi impagável. -- Solta uma risada alta e lhe acompanho. Seguimos conversando amenidades quando uma voz alta chama nossa atenção.

Ei podemos nos aproximar ou ainda quer atirar no nosso trazeiro?--  o mais novo grita e comprovo que o que a mulher disse é a mais absoluta verdade . Robert é o que faz graça de tudo.

Tânia me olha como se me perguntando como proceder e aceno afirmativamente com a cabeça e ela sorri antes de chamar os dois com a mão.

Eles vem trazendo um embrulho e só então percebo que trouxeram uma torta.

Peço licença e vou a cozinha pegando alguns pratos, talheres e copos colocando tudo em uma bandeja junto da jarra de suco e três latinhas de refrigerante de cola.

Não sei o que preferem então trouxe duas opções se quiserem café posso ir buscar.

Está tudo ótimo filha venha sente e me conte sobre você.

Enquanto comia a deliciosa torta e conversava com a mulher, pude perceber como era boa pessoa e acreditei que o filho tinha mesmo algum motivo para ser como é.

No fim acabei os convidando a voltar mais vezes e sorri, muito, das gracinha de Robert.

Estava intrigada e devo adimitir que bastante curiosa sobre o homem que querendo ou não bagunçou a minha vida. Afinal foi por sua causa que me mudei, se ele não tivesse derrubado a cerca eu não estaria aqui, não teria deixado a empresa da família sob os cuidados de terceiros.

Joseph Muniz é o seu nome então Cowboy.  Será tão lindo como os irmãos??

Porra tenho que conhecer este homem. Para que saia logo da minha imaginação.

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Eai gente votem e comentem se estiverem gostando da minha história. ...

Até o próximo Capítulo.

Xoxo.

23/01/2017
DOMINGO

Meu CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora