raposa boba

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Abro os olhos, ainda meio tonta após a noite tumultuada. Perseguimos um ladrão na zona aquática e, para complicar, o ladrão era um golfinho. Não preciso nem dizer o quanto foi difícil convencer o Nick a entrar na água comigo, mas tudo correu bem. Pegamos o sujeito e logo voltamos para o DPZ.

Levanto da cama e olho no celular: 7:50.


— Minha nossa, estou atrasada! — Na verdade, não estou realmente atrasada; ainda tenho 1h30 antes de chegar lá depois das 8:00.

Corro para o banheiro e tomo um banho rápido, mas não tão rápido que eu não perceba.

— Merda — digo, olhando um líquido viscoso e meio branco nas minhas pequenas patas cinza e felpudas.

 Judy, que tinha cerca de 24 anos, frequentemente passava por isso. Ultimamente, todo mês, ela entrava no cio, como Nick costumava dizer. Ele era o melhor amigo dela, então não havia motivo para esconder isso dele — e, na verdade, ela nem tentava. Como macho, ele percebia, assim como a metade do DPZ. Isso a envergonhava.


Saio rapidamente do banheiro e ligo imediatamente para minha mãe. Ela tem me dado conselhos quando fico assim; não que sejam "ótimos conselhos", mas eles ajudam cerca de 60% das vezes. Faço uma chamada de vídeo pelo Zooaap, e ela logo atende com um de meus irmãos no colo.


— Oi, Judy, filha. Está tudo bem, minha coelhinha? — pergunta ela, preocupada.


— Sim, mãe, tudo bem por aqui. O pai está aí? — pergunto, meio encabulada.


— Não, ele foi arrumar a varanda da casa dos Fligs. Aqueles elefantes sempre quebram coisas de madeira; não sei por que insistem nisso. O que aconteceu?


— Bem, mãe, estou de novo naquela situação. Não sei o que fazer; já tentei de tudo, mas sempre piora — digo, abaixando a cabeça desanimada.


— De tudo? Judy Hopps, não me diga que algum coelho já...


— Não, não, mãe — interrompo. — Não, isso eu ainda não tentei.


— Bem, filha, você não pensa em ter, como posso dizer, filhotes?- Fico em choque. Eu nunca tinha pensado nisso. Nem namorado eu tenho, e já estou aqui há uns 3 anos desde as aventuras das Uivantes.


— Não, mãe, eu ainda não pensei nisso. Tenho muito trabalho no DP e não tenho tempo para me preocupar com relacionamentos.


— Hm, bem, ninguém te chama a atenção?Olho pela janela e vejo o carro do DPZ chegar. Nick sai, e a roupa de polícia cai super bem nele. O tom de azul combina perfeitamente com sua pelagem laranja e seu jeito de macho alfa, o que me deixa completamente encantada.


— Hey, filha?


— Oi, mãe. Preciso ir, o Nick chegou. Vou indo.


— Ok, mas tenta achar alguém legal. Você é uma das minhas cinco filhas mais velhas; quero netos — diz ela, rindo.


— Ok, mãe — respondo, rindo também. — Até mais, beijos.Desligo e vou terminar de me trocar. Em quatro minutos, estou pronta e me olho no espelho.— Até que estou bem.

Minha cenourinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora