Eu sou Henry Bass

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~~~~ Sábado, 7:42 PM ~~~~

Eu tinha ficado ali de lenga-lenga depois que Patrick havia me ligado. Eu estava ali pensando que desculpa usaria pra sair pra beber desta vez. Eu já havia ido "estudar " com ele essa semana, já tinha "ido dormir na casa dele" e minha mãe não iria querer que eu saísse de novo. Mais por sorte, hoje ela não estava em casa a noite, ela tinha ido visitar Dorota ,que já não era mais nossa empregada a tempos, por sinal, minha mãe estava louca atrás de uma nova, ela vive no computador se atualizando sobre tudo que acontece na Waldorf Designs, e ainda cuida da casa, enquanto meu pai lida com finanças e a administração do seu novo hotel, "H. Bass" (ele comprou o prédio quando eu nasci), a casa era uma loucura e eu quase não o via, ele saía cedo e chegava tarde, mas hoje ele estava mais sossegado, só preenchendo algumas papeladas em casa em seu escritório.
Falar com meu pai talvez não fosse uma má opção. Desci as escadas e fui até o escritório, bati na porta.

Charles- Entra.

Abri a porta em seguida a fechei e sentei-me na poltrona na frente da mesa em que papai estava.

Charles- Fala aí Bass.

Ele preenchia os papéis e quase não olhava pra mim, mas eu entendia, ele era muito ocupado.

Henry- Pai, eu posso sair com o Patrick?

Charles- Sair para onde?

Henry- Err.. um restaurante..

Ele parou de preencher os papéis por um instante e olhou para mim de maneira desconfiada.

Charles- Ele vai te levar pra jantar?

Henry- É..

Charles- Filho.. você é gay? Se você for tudo bem, eu não acho errado, eu só achava que você fosse hetero..

Henry- Claro que eu não sou gay pai! Eu e Patrick vamos.. sair em um bar, em um bar não em um restaurante..

Ele soltou risos, eu estava levemente constrangido pelo que acontecera antes e ter que lhe dizer que íamos ir beber.

Charles- Tudo bem Henry, você pode me dizer que quer sair pra beber com um amigo, você sabe como eu era.. no entanto, se você não ser um babaca como eu era e não ficar tão bêbado a ponto de fazer besteiras grandes você pode ir.

Eu agradeci a ele, e fui saindo, mais ele me chamou ,e quando me virei ele estava lá de braços abertos. Eu lhe dei um abraço,e ele passou a mão em meus cabelos me dando um beijinho na testa. E então desta vez eu sai e subi as escadas até o quarto para me arrumar.
Papai e eu não tínhamos aquele conceito de que pai e filho não podem demonstrar amor, e as vezes eu achava que era mais apegado a ele do que a minha mãe, talvez porque eu fosse o retrato dele, rsrs.
Subi as escadas e olhei para o visor do meu celular, tinha uma mensagem de Patrick.

" Patrick- Va despojado, e assim que as garotinhas de gostam, hehehe.

Henry- Ok, hahaha. "

Vesti uma calça jeans escura, uma blusa branca lisa ,coloquei um casaco de moletom cinza e coloquei meu boné preto.
Já eram 20:20, então eu desci e chamei a limousine. Dei as coordenadas a Rollins e ele me levou até o tal bar. Descendo do carro logo percebi que o lugar era tumultuado e ali rolavam altas festas, parecia ser bem bacana.
Olhei ao redor e avistei em uma mesa, bebendo, solitário, o menino de olhos azuis e cabelos castanhos, Patrick.

Henry- E aí.

Patrick- Hey Bass.

Henry- Então.. esse é o tal lugar, parece mais uma boate do que um bar.

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