Capítulo 1

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Guilherme narrando.

Acordei esta manhã com uma dor de cabeça, depois da cena de teatro que a minha mãe fez em frente ao Vasco ele disse que não tinha opção a não ser acabar com a nossa "relação" fiquei triste e acabei por chorar até adormecer.

Desci as escadas ainda de pijama e fui até à cozinha, quando entrei estava lá a minha mãe mas nem falei com ela.

- Bom dia. - falou ela muito séria.

- Espero que o teu seja bom porque o meu já começou mal. - falei por conta da dor de cabeça.

- E ainda nem acabou.

- O que é que queres dizer com isso.

- Vai para a sala de jantar porque eu e o teu pai temos de falar contigo.

- Ok.

Sentei-me numa cadeira, cortei uma fatia de bolo de mel e despejei um pouco de batido de cenoura e laranja no copo.

Ao fim de algum tempo o meu pai apareceu já vestido para o trabalho.

- Bom dia. - falou ele num tom muito sério.

- Bom dia. - falei.

Posso até responder mal à minha mãe mas se respondesse assim ao meu pai, o mais certo era levar um tapa no meio da cara.

No fim de comer ele falou:

- Eu e a tua mãe precisamos de falar contigo.

- Ok. Digam!

- O que aconteceu ontem cá em casa foi inadmissível, tu não voltas a ver aquele rapaz, sabes bem que a tua mãe e a dele têm problemas uma com a outra e que se odeiam mais do que tudo, por isso não te quero com ele.

- Em minha defesa, ele não é a mãe dele, mas caso não tenham percebido ele acabou comigo devido à cena digna de um globo de ouro que a mãe fez e...

- Cala-te, eu não tolero que me levantes a voz, estamos entendidos?

- Sim meu capitão.- falei com desdém.

- Estás de castigo.

- E qual é que seria o castigo?

- Um mês sem celular.

- Pfff, vais ter que fazer melhor que isso para me aborrecer.

- O resto das férias então.

- Não me importa.

- Mas eu ainda não acabei.

- Então?

- Vais passar as férias todas na fazenda da tua avó.

- O QUÊ? MAS É QUE NEM MORTO.

- Vais sim, e vais ainda hoje, eu e a tua mãe já decidimos, se fosse a ti ia arrumar as minhas malas.

- Com uma condição.

- Fala!

- Posso ficar com o meu celular.

Ele olhou para mim durante algum tempo como se estivesse a ponderar.

- Não.

- EU ODEIO-VOS!!! - gritei subindo a escada.

Peguei nas minhas malas e abri a mais pequena, coloquei o computador e o Ipad no fundo falso (Já que não posso ter o meu celular tenho de me entreter com alguma coisa), fechei o fundo falso e coloquei os pijamas e roupa interior por cima para tapar o fundo onde estavam os meus amores. Mas depois notei que me estava a esquecer do router da internet por isso fui buscar, tive de desarrumar tudo e voltar a arrumar, no fim desta mala pronta estava na hora de arrumar a mala média que ficava para sapatos, os meus ténis são quase todos brancos, e algo me diz que ténis brancos numa fazenda não é muito boa ideia, mas se não levar estes não levo quase nada e já que vou passar as férias todas lá tenho de ter alguma coisa para calçar, arrumei os meus Vans brancos, os meus Adidas Stan Smith brancos, os meus Vans pretos, dois pares de botas, apesar de aqui fazer muito calor, na quinta da minha avó há dias que faz mais calor e dias em que faz mais frio (mesmo no verão  por vezes chove), deixei alguns ténis cá porque também não me apetece levar todos.

Foi Assim (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora