Francisco narrando.
Eram 4:30h da madrugada quando acordei, tinha que ir soltar as vacas e as ovelhas.
Tomei um duche, escovei os dentes, vesti uma camisola polar sem gola, uma camisa de flanela vermelha, umas calças jeans e as minhas botas, o tempo hoje estava meio húmido por isso tinha de me agasalhar, coloquei o meu chapéu de cowboy e saí de casa.
Fui ao estábulo da vacas para as soltar e colocá-las do outro lado da cerca, elas não podiam ficar junto com as ovelhas.
Depois fui ao estábulo das ovelhas para as soltar e tive de as colocar no outro lado da cerca separadas das vacas.
No fim disso fui dar comida aos porcos, às galinhas e aos cavalos.
Depois era hora de me alimentar a mim, já estava com a barriga a dar horas.
Fui até à cozinha e lá encontrei a dona Rute com uma camisa de dormir até aos pés.
- Bom dia meu anjo. - falou ela me dando um beijo no topo da minha cabeça.
- Bom dia dona Rute.
- Não precisavas de acordar tão cedo.
- Não estava a fazer nada na cama, e mais tarde ou mais cedo o trabalho tinha de ser feito.
- Já comeste alguma coisa?
- Não, vim comer agora.
- Devias comer antes de ir trabalhar. Senta-te que eu vou-te preparar alguma coisa.
- Ok.- falei e fui-me sentar. - O Guilherme ainda está a dormir? - perguntei da sala de jantar.
- O que é que tu achas? - perguntou ela ainda na cozinha de forma retórica e eu sorri sozinho. - Estes jovens da cidade são muito dorminhocos, dormem até ao meio dia se ninguém os impedir.
Ela apareceu na cozinha com pão, manteiga, queijo, fiambre, leite quente e um pote de chocolate em pó.
- Ah obrigado. - falei com um sorriso no rosto e uma mão na barriga.
- De nada. Alguma novidade. - perguntou sentando-se ao meu lado na mesa.
Ela era como uma mãe para mim, sentia que lhe podia contar qualquer coisa e ela sabia de eu ser bissexual, na verdade ela sabia tudo sobre mim.
- Acho que não. - falei dando uma mordida no pão com manteiga.
- Porque é que não levas o Guilherme num passeio, mostrar as redondezas?
- Já lhe tinha proposto isso ontem mas ele ainda está a dormir.
- Vai levantá-lo daquela cama, mostra-lhe o nascer do sol, o sítio mais bonito para se ver é naquela colina que tem vista para o rio. - aconselhou-me.
- Está bem, vou só acabar de comer.
- Bem, vou me vestir, até já.
- Até já.
Acabei de comer e subi as escadas para ir acordar o Guilherme.
Entrei no quarto dele e era inevitável não sentir o seu cheiro doce, sentei-me na cama e fiquei a observá-lo, ele parecia um anjo a dormir, coloquei a minha mão no seu braço e senti um leve arrepio subir por mim a cima, agitei-o levemente e falei:
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Foi Assim (romance gay)
RomanceAo contrário do que pensei, ficar de castigo e passar estas férias na fazenda dos meus avós foi a melhor coisa que me podia ter acontecido, o motivo? Bem, o motivo chama-se Francisco, um dos empregados do meu avô, acabei por encontrar uma relação de...