✿ฺ Six ✿ฺ

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Namjoon saiu cedo de casa, ele estava indo atrás do amor da sua vida, aquele café em Seul, era sua melhor pista ele desistiria tão fácil. Estamos falando de Kim Namjoon, ele tinha prometido.

[...]

Seokjin não entendia o que estava acontecendo, apenas correu até a Hani quando chegou a diretoria do Orfanato. Assustado – Era a palavra perfeita para definir Seokjin naquele momento – ele fechou os olhos quando abraçou a pernas da garota. Jin deveria estar feliz, certo? Errado. Como ele poderia ficar feliz sendo separado da pessoa que o amou e protegeu desde o dia que entrou naquele Orfanato, Namjoon sempre fora tão atencioso com Jin, sempre fora tão cuidadoso, ele sabia todos os medos do garoto, ele sabia tudo o que o fazia feliz. Kim Namjoon sabia o momento que Seok precisa ficar sozinho e o momento que ele precisa de um abraço. Os momentos juntos sempre foi o ponto forte dos dois, nada funcionava bem se Jin e Nam não estivessem juntos... E agora?

— JIN!! – O mais novo gritava desesperado do outro lado da porta, sua voz num tom desesperado começou a preocupar Seokjin que estava à beira de lágrimas... Ele não entendia porque o casal a sua frente estava tão animado em separá-lo de Namjoon. Por que? Jin não queria ir a lugar nenhum sem Namjoon.

Kwan e Sun Hee olhavam para Seokjin com aperto no coração, por deus eles não queriam que pobre garoto sofresse, mas na situação deles não era possível adotar mais uma criança e eles ficaram encantados com Seok desde a primeira vez que o viram.

Infelizmente Jin seria levado para Seul, seus pais adotivos já tinham assinado os papéis estava tudo certo, depois de uma longa conversa com Jin, que nesse momento chorava sem parar ainda grudado na Hani, eles finalmente iam para casa... para infelicidade de Namjoon.

Quando Hani abriu a porta da diretoria e o garoto viu Jin no colo de seu pai adotivo chorando, ele já não podia controlar suas lágrimas.

- Joonie... eu amo você. – Jin soluçou, ele ainda estava agarrado ao colar que ganhara na noite anterior. – Por favor não esquece de mim, por favor... 

Kwan desceu Seokjin do seu colo para ele se despedir de Namjoon.

Os dois se abraçaram.

Os dois choravam.

Os dois tinham medo.

- Jinnie – A voz de Nam saiu falha.

Ele não conseguia falar. Hani chorava encostada na parede, seu maior medo estava acontecendo, ela não sabia o que seria do Jin e não sabia o que seria de Namjoon.

- Eu tenho que ir Nam... – Namjoon o soltou. Jin foi até o seu pai adotivo, eles não conseguiam olhar para o outro. Quando Kwan pegou Seokjin se despedindo de todos e caminhando para saída o coração de Namjoon se quebrou em vários pedacinhos, agora a ficha tinha caído, Jin estava indo embora. Jin estava indo embora.

- Eu também te amo Jinnie... eu nunca vou esquecer de você. Eu prometo! Eu vou te encontrar.

Namjoon viu um pequeno sorriso se forma em meio ao choro de Jin, antes deles saírem pela porta.

[...]

Semanas e semanas se passaram desde que Jin fora adotado. Namjoon não comia direito ele não tinha animação, ele não saia do quarto, de melhor aluno de todo Orfanato ele passou a ser o pior. As coisas não estavam diferentes em Seul, a febre de Seok não baixava, ele vivia mais em um hospital do que em casa, os médicos por fim deram diagnóstico dele. Febre Psicogênica*.

Jin não tinha nada era apenas seu estado emocional, a febre era apenas uma consequência da separação. Então os médicos apenas receitaram remédio para que ela baixasse e o indicaram um psicólogo. O que Seokjin tinha era saudades, saudades de Namjoon e todos os dias ele dormia segurando firme aquele colar, como se isso o aproximasse de seu melhor amigo.

Hani já não aguentava mais ver seu pequeno Joonie naquela situação e entrou no processo de adoção de garoto junto de sua namorada. Le e Hani foram oficialmente contratadas pelo orfanato e agora já moravam juntas na casa que a mãe de Hani havia deixado para as duas. Depois de muitas brigas judiciais cansativas e estressantes, depois de meses vendo Namjoon sofrendo naquele Orfanato finalmente as duas conseguiram adotá-lo.

10 anos depois...

Namjoon estava ajeitando sua mochila nas costas enquanto tentava abrir a porta de seu apartamento sem que Taehyung percebesse, ele não queria ser fuzilado de perguntas por seu dongsaeng. Tentativa falha, ele derrubou o porta-retratos que estava na mesinha ao lado da porta que espatifou no chão.

- Merda Kim Namjoon você é péssimo. – Murmurou para si mesmo, se abaixando para pegar os cacos de vidro.

- NÃO! – Taehyung gritou. – Não toca nisso pelo amor de deus, você vai se cortar.

Taehyung já sabia do histórico de desastres de Namjoon, não poderia deixar mais esse entrar para lista, ele correu até a cozinha do apartamento pegando a vassoura e uma pá de lixo, juntando tudo e colocando na lixeira.

- Agora desembucha, onde você estava indo cinco horas da manhã de um sábado?

Namjoon suspirou, ele sabia que Tae não apoiava o garoto ficar por aí igual um louco procurando por um garoto que ele nem sabe se ainda se importava com ele.

- Você estava indo para Seul, para um café em S-e-u-l. – Falou pausadamente. – Namjoon... eu sei que ama aquele garoto, eu sei que ele é importante para você. Mas já pensou em como vai ser quando, e SE, encontrá-lo? – Deu ênfase ao se fazendo o coração de Namjoon se apertar, ele nunca tinha parado para pensar em como seria o reencontro.

Ele também estava se perguntando como Tae tinha descoberto, mas se bem que era impossível esconder algo de Kim Taehyung.

— Eu... – Nam não tinha o que dizer, porra ele era o hyung ali, a última palavra deveria ser dele, mas naquele momento ele apenas não tinha o que dizer por que Taehyung estava certo. 

— Fica quieto aí!

O Kim mais novo foi até seu quarto deixando Namjoon plantado na sala sem entender, minutos depois voltou com sua mochila nas costas e um óculos escuro.

— Partiu Seul. 

~~~~X~~~~

N/A

Febre Psicogênica*.

Febre emocional é um desses problemas que acontecem apenas na mente mas o corpo procura reagir da sua forma, causando a febre. Na maioria das vezes é causada por stress ou algum problema familiar, deixando o corpo tenso e as taxas de glóbulos alteradas, trazendo assim a febre.

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