Capítulo 19

4.2K 482 44
                                    

Marcus


— Seu banheiro.

Alex se levanta rápido, um pouco tonta. Aponto para a porta, e juro que a vi correndo para lá.

Sorrio, por seu rosto ficar vermelho, tenho certeza que estava pensando em algo relacionado a mim e ela nessa cama. Mal sabe ela que também estou pensando nisso, desde a hora que coloquei os olhos nela.

Após uns minutos, ela sai mais tranquila, aparentemente. Aproveitei o tempo que ela ficou lá para pegar o notebook.

— Qual o sobrenome do fotógrafo? — indago.

— Vegana — informe e se senta de volta ao meu lado.

— Ainda não acredito que fez isso com...

— Já foi — ela me interrompe.

Não demora muito e acho não só o site, como também a página no Facebook. E para a minha surpresa, raiva e ao mesmo tempo alegria, algumas das fotos da Alex estão disponíveis para quem quiser ver.

— Até que não estão ruins — ela comenta.

Não desvio o olhar da tela, não estou crendo que é ela. Está tão linda. Ela é linda.

— Marcus? — chama o meu nome.

— Oi.

— Para de olhar assim para as minhas fotos.

Desvio o olhar da tela.

— Hum?

— Você está parecendo o lobo mal com fome — brinca.

Mal sabendo que realmente está brincando com um lobo mal, que está louco de tesão e doido para devorá-la nessa cama.

— Aqui tem alguns contatos dele. — Limpo a garganta, preciso mudar de assunto, senão a agarro.

Anoto os números de contato no meu celular mesmo, assim que faço, fecho o computador.

— Quando entrará em contato com ele?

— Amanhã.

— Por que não hoje? Ainda está em horário de trabalho — indaga confusa.

— Não posso.

Aproximo-me mais dela.

— Por que não pode? — Vejo confusão em seus lindos olhos.

— Porque quero te beijar. Mas não beijar de qualquer maneira, quero que seja lento e devagar, para que eu possa saborear o seu gosto. Até ficarmos sem fôlego.

O seu peito sobe e desce acelerado, as pupilas dos seus olhos estão mais dilatadas, pela excitação.

— Não vou facilitar para você, Alex, vou investir pesado e vou usar tudo o que tenho. Não vou desistir, só pararei de fazer algo por ti quando eu morrer.

— Não posso.

— Você não só pode, como deve. Me deixa entrar — imploro.

— Vamos nos machucar — choraminga. — E não quero te machucar.

— Sim, vamos, e mesmo assim ainda a quero.

— Estou tão quebrada, Marcus.

Uma lágrima rola por seu rosto.

— Me deixa te curar. — Corto o pouco espaço que falta para ficar colado no seu corpo. — Me deixa te amar. Ok?

Ponho à sua frente e permanecemos quietos, um olhando o outro.

— O que é isso que temos? — Dou de ombros. — Tenho medo de me permitir ser amada de novo.

— Me deixa arrancar esse medo.

— Como?

— Mostrando todo santo dia o quanto você é linda e o quanto eu amo o seu corpo. Sim, eu adoro essas curvas. — Sorrio. — Você não tem noção do quanto. Quero poder ser aquele que vai te abraçar quando se sentir mal, triste, sozinha. Ser quem você vai pensar primeiro, caso algo aconteça, ruim ou bom.

— Ainda quer me beijar? — pergunta baixinho.

— Sim, claro, sem dúvida. — Ri da minha resposta.

Inclino-me em sua direção, o seu riso morre, então ela se inclina também e me deixa amá-la, como pedi; me deixa saboreá-la bem devagar, apreciando os seus gemidos durante o nosso beijo.

Querida ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora