Capítulo 42

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Alexandra


Acordo com algo pesando em cima da minha barriga, incomodando, quando abro os olhos, sorrio ao ver que é a mão do Marcus. Ele dorme ao meu lado, de bruços, fico na mesma posição por um tempo, apenas relembrando a nossa noite.

— As suas bochechas estão vermelhas. — A sua voz sonolenta e rouca me arrepia. — Bom dia.

— Bom dia. — Ele me dá um beijo na bochecha e me puxa para o seu peito, encostando-se na cabeceira da cama.

— Dormiu bem? — pergunto.

— Sim e você?

— Como um anjo.

Ficamos na cama por um tempo, abraçados, trocando carícias, até que o despertador toca. Resmungando, nos levantamos para agilizar o café da manhã antes que a nossa pequena furacão levante.

Marcus prepara o café dele e da Manu, eu o meu, já que continuo vigiando a minha alimentação. Sinto-me orgulhosa cada vez que me olho no espelho, já perdi sete quilos, mas Marcus me proibiu de perder mais. Diz ele que não me quer magra e sem ter o que apertar. A forma que ele me olha cada vez que tiro a roupa na sua frente, me convenceu que ele realmente fala a verdade.

— Suco? — oferece um copo com suco de laranja.

— Obrigada. — Antes mesmo de ingerir, o cheiro embrulha o meu estômago. — Merda.

— O que foi?

— Nada, mal-estar apenas.

Mantenho-me calada, sei bem o mal-estar: enjoo e menstruação atrasada. Preciso tirar essa duvida hoje, antes que ele desconfie de mais alguma coisa.

Manu se junta a nós e, como todos os dias, tomamos o café juntos, conversando do que faremos hoje.

♡ - ♡

— Vou passar na empresa e depois passar na casa do Silas — avisa.

— Ok. Talvez eu vá com a Manu no shopping.

— Te amo.

Marcus me dá beijos suaves, descansando a mão sobre o meu quadril, mas logo sua língua pede permissão para entrar, abro o suficiente para ele me saborear, me fazendo gemer.

— Te vejo depois — digo ofegante e sorrindo.

♡ - ♡

— Mamãe, por que está chorando?

— Porque estou feliz, meu amor. — Manu entorta a cabeça para um lado, me olhando sem entender. — Preciso que você guarde um segredo do papai.

— O quê?

— A mamãe está esperando um irmãozinho ou irmãzinha, só que o papai não pode saber ainda. — Passo a mão na minha barriga.

— Eu vou ter um irmãozinho ? — Os seus olhinhos brilham.

— Sim, meu amor, terá e precisarei da sua ajuda para cuidar dele.

— Oba!

Manu me abraça apertado, desmancho-me em seus braços. Sabia que ela teria uma reação assim, no primeiro dia de casados, assim que acordamos, ela invadiu o quarto e perguntou quando teria uma irmãzinha para cuidar. Marcus e eu nos assustamos com a sua pergunta, é claro, porém a respondemos que em breve; tanto Manu quanto Marcus querem um bebê e não posso deixar de admitir que eu também. Ter um filho, fruto do nosso amor, é muito importante para mim, essa criança é a prova de que o amor existe e pode mudar uma mulher, que antes era totalmente infeliz e insegura.

Querida ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora