Capítulo 15

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Helena Hall

Acordei com os raios de sol batendo em meu rosto, abri os olhos vagarosamente sentindo mãos grandes e macias em volta do meu corpo e então lembrei do dia anterior. Um sorriso largo surgiu em meus lábios, me virei lentamente onde pude ver ele dormindo feito um anjo, seu semblante estava calmo.

"Lindo até dormindo!". Sussurro e acaricio seu rosto.

"Digo o mesmo de você!". Fala com a voz rouca, ainda de olhos fechados.

"Bom dia!". Sorrio. "Te acordei?".

"Bom dia!". abriu os olhos. "E não, não me acordou!". Sorri de leve.

"Eu amo seu sorriso!". Passo os dedos em seus lábios.

"E eu amo você!". Beija minha mão e em seguida meus lábios.

Nos levantamos e fomos nos arrumar, depois fomos tomar café.

"Me fala um pouco do seu passado?". Luan fala e toma um gole de café.

Fiquei tensa com o pedido repentino dele, mas acho que posso contar pelo menos a parte menos dolorosa.

"Tudo bem!". Suspiro.

"Se não quiser falar eu vou entender!". Segura minha mão.

"Vou te contar um pouco! Com 17 anos tive meu primeiro namorado, ele era o garoto mais lindo e o mais popular do colégio, já eu sempre fui nerd mas nunca fui aquele tipo de nerd que se vestia com roupas estranhas ou usava óculos enormes, na verdade eu era muito bonita...". Luan me interrompe.

"E ainda é!". Sorri.

"Bobo! Mas voltando...esse garoto me pediu em namoro, no começo achei estranho pois não nos falávamos mas como eu tinha uma quedinha por ele, acabei aceitando...se eu pudesse imaginar que aquela decisão seria uma das piores que eu poderia ter tomado". Suspiro.

"Com assim? O que aconteceu?". Pergunta atento.

"Bom ele foi me conquistando dia após dia, até que chegou o momento que eu estava completamente apaixonada por ele...". Paro de falar e alguns segundos depois continuo. "Houve um dia que fomos para a casa dele depois do colégio e lá acabei me entregando à ele, era minha primeira vez e foi maravilhoso, mas quando tudo acabou ele começou a me tratar com grosserias e eu não entendi o porquê então ele me disse que era tudo uma aposta pra me levar pra cama e me expulsou da casa dele...no outro dia ele havia espalhado fotos nossas na cama pra escola toda, não aguentei ver todos falando de mim e fui embora, contei tudo para meus pais que me mudaram de colégio".

"Meu Deus Helena!". Vem até mim e me abraça.

"Meus pais queriam processar ele mas não deixei, eu só queria esquecer o que havia acontecido, foi difícil mas essa parte eu superei". Sorrio de lado.

"E o que aconteceu com esse babaca?". Pergunta com raiva.

"Não sei, mas três meses depois ele me procurou dizendo que me amava e que estava arrependido do que tinha feito".

"E você fez o que?".

"Mandei ele ir embora e disse que o castigo dele seria me querer e não me ter, depois disso não soube mais dele". Dou de ombros.

"Nossa que passado!".

"Isso não é nada comparado ao que passei alguns anos depois". Suspiro ao lembrar.

"Ainda tem mais?".

"Bem mais!". Sorrio sem ânimo. "Mas sobre isso eu não consigo falar ainda".

"Tudo bem!". Me abraça de novo. "Eu te amo!".

"Também te amo!". Sorrio.

Terminanmos de comer e fomos arrumar a cozinha, logo terminanmos.

"Luh não é querendo ser chata mas como vai ser daqui pra frente?". Pergunto receosa.

"Eu...não sei". Suspira. "Vou conversar com o padre João, ele vai saber me ajudar".

"Espero que isso não prejudique você e sua família". O abraço e ele retribui.

"Vai dar tudo certo!". Beija minha cabeça.

"Assim espero!".

Luan pega o presente que dei, se despedi e vai embora.

Luan Rafael

Me despedi de Helena e fui rumo a igreja, ao descer do carro meu celular começa a vibrar, olho no visor e era Bianca. Atendo.

"Onde você está? Por que não dormiu em casa?". Pergunta estérica.

"Dormi na casa da Helena". Sorrio ao lembrar dela.

"Como assim Luan?".

"Não conta pros nossos pais mas eu dormi com ela".

"O QUE?". Grita. "Vocês...não acredito! Você tá falando que vocês...".

"Não grita! E sim é o que você está pensando!".

"Luan o que vai acontecer agora?". Pergunta preocupada.

"Não sei meu anjo!". Suspiro. "Estou indo falar com o padre agora, ele vai poder me aconselhar!".

"Qual quer coisa me liga, te amo!".

"Tá, também te amo e fica calma!". Finalizo a ligação.

Não sei por que mas estava com a sensação de estava sendo vigiado. Deve ser coisa da minha cabeça! Entro na igreja e vou conversar com o padre. Contei tudo à ele, e ele disse que seria bom eu ir no seminário que teria amanhã e duraria alguns dias, que seria bom para eu tomar uma decisão sobre tudo que esta acontecendo.
Agora estou à caminho de casa para dar a notícia a minha família e a Helena, liguei para ela pedindo para a mesma me esperar lá.




Continua?

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