Capítulo 22

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Luan Rafael

Depois de desligar o celular fui falar com o padre João. Pedi permissão para sair antes do seminário, ele não entendeu o motivo mas ao ver que eu não estava bem, ele deu permissão. Fui para um hotel e adivinhem o que eu fiz nos dias que se passaram? Chorei! Chorei de raiva, chorei por ter sido um idiota, por ter me apaixonado. Aquela traição estava doendo tanto quanto a perda da minha Ana! Ela sim me amou de verdade, mas parece que o destino só quer me ver sofrendo e já não aguento mais isso!
Bom, resolvi voltar pra casa. Mas cedo ou mais tarde teria que voltar! Não poderia fugir "disso" pra sempre, então comprei minha passagem e retornei a São Paulo. Pouco tempo depois já estava dentro de um táxi, rumo a igreja e para meu azar, ao descer do táxi, Helena ia saindo da igreja. Foi inevitável o encontro. Ela veio correndo até mim e me abraçou mas não correspondi.

"Como pode ser tão sínica?". Penso tentando me controlar.

"Luan que bom que voltou!". Sorri. "Preciso te contar algo sério qu...". A interrompi, não queria ouvir nada dela.

"Precisa contar o que? Que você não passa de uma vadia? Que não passa de uma qualquer?". Falo com frieza.

"Ela já foi te falar né?! Mas é mentira Luan, eu juro!". Fala chorando.

"Essa merece o prêmio de melhor atriz!". Penso mais um vez, indignado.

"Não adianta fazer esse teatrinho pois eu não caio mais!". A olho sério.

"Eu não estou fazendo teatro! Acredita em mim por favor?". Vem me abraçar mas me afasto.

"NÃO ME TOCA!". Falo alto, a raiva já tomava conta de mim.

"Luan eu não estou mentindo!". Fala num sussurro.

"Eu tenho provas de que você não presta!". Cuspo as palavras. "Eu não quero mais te ver, some da minha vida!". Falo ríspido e a deixo sozinha.

Entrei na igreja o mais rápido possível, não queria fazer uma besteira! Mesmo não prestando, ela é uma mulher!
Falei com o padre e disse que ficaria uns dias sem ir na igreja e que depois iria contar o que estava acontecendo, ele concordou, me despedi e fui pra casa. Quando coloquei os pés dentro de casa, Bruna e Bianca vieram furiosas pra cima de mim.

"Você é idiota ou que?". Bianca fala brava.

"POR QUE NÃO DEIXOU A HELENA SE EXPLICAR?". Bruna grita.

"Não grita que eu não sou surdo!". Falo sério. "E explicar o que? Que ela não passa de uma qualquer?". Falo entre os dentes.

"Você é um estúpido!". Bianca fala negando com a cabeça.

"Sim, eu sou! Mas por ter acreditado no falso amor dela!".

"Ela não teve culpa de nada, foi uma armação!". Bruna fala firme.

Peguei me celular, desbloquiei a tela, abri a galeria e mostrei as fotos.

"É, ela não teve culpa de nada!". Falo irônico. "E eu não quero mais saber dela estão me ouvindo?". Seguro o pulso das duas.

"Você está nos machucando!". Bianca me olha com um olhar triste.

Merda olha o que eu tô fazendo, to machucando minhas princesas por culpa daquela mulher!

"Des..desculpa!". As olho arrependido após solta-las.

"Sinceramente não estou mais te reconhecendo!". Bruna fala triste com os olhos marejados e sobe correndo as escadas.

"Espero que você se dê conta do grande erro que está cometendo, antes que seja tarde!". Bianca fala séria e sobe as escadas.

"Olha só o que eu fiz!". Balanço a cabeça.

Fui na cozinha falar com a mamusca, a mesma disse que o pai estava trabalhando (como sempre). Fui para meu quarto, tomei banho e me joguei na cama.

"Por sua culpa Helena, minhas irmãs estão chateadas comigo!". Falo com raiva.

Logo peguei no sono e quando acordei já era noite. Me vesti e desci para jantar.

"Por que os três estão tão calados?". Meu pai pergunta.

"Por nada pai, só não queremos conversar!". Bruna fala enquanto revira sua comida.

"E Helena como está? Hoje ela não veio aqui". Minha mãe pergunta para as meninas.

"Ela teve um problema". Bianca responde me olhando.

"Com licença, estou com sono". Me levanto, me despeço dos meus pais. Não queria ouvir nada que envolva a Helena.

"Mas amanhã ela vem, para nós conversamos!". Escutei Bruna falando.

Entrei em meu quarto, tirei minha roupa ficando apenas de cueca e me joguei na cama.

"Só o que me faltava! Além de ser uma mentirosa, tem a cara de pau de vir aqui!". Penso.

Demorei um pouco a dormir. Acordei no outro dia as oito, fiz minha higiene e quando ia saindo do quarto dei de cara com Manuela.

"O que quer?".

"Vim ver como esta". Responde calma. "Imagino que precise desabafar".

Suspirei. Realmente precisava desabafar, pensei um pouco e voltei a falar..

"Entra!". Abri a porta do quarto. "Vou tomar café e já volto, espere aqui, as meninas não vão gostar de te ver!". Falo e ela assente, e eu saio.

Desci as escadas e a porta se abre revelando o rosto da Helena, acelerei o passo e a puxei para fora de casa antes que alguém a visse..







Continuo?

Amor Proibido?Onde histórias criam vida. Descubra agora