Star Wars- Ponto de Impacto

Capitulo 2

"o Stormtrooper é um guerreiro seleto. Não pode ser subordinado ou chantageado. Sua obediência é cega. Ao aplicar a justiça imperial ele não vacilará."

Cinco soldados rebeldes marchavam rapidamente para o interior da caverna, guiados pelos urros de AX.

O som de seus passos ecoava pela caverna, fazendo parecer que se tratava de um batalhão inteiro.

Avancei até meu companheiro ferido, e rapidamente o tirei do campo de visão dos inimigos; coloquei-o atrás de um grande bloco de gelo.

A lente direita de seu capacete havia rachado, e eu pude ver seu rosto banhado de sangue; o estado de suas pernas era ainda pior, a perna esquerda havia sido arrancada na altura do joelho durante a explosão, enquanto a direita estava queimada até a coxa. Era certo que o dano fora irreparável, e que aquele homem jamais se recuperaria novamente.

Mas eu estava pensando muito a frente, considerando que eu não tinha ainda confrontado os rebeldes, minha preocupação deveria ser mais imediata.

Quis olhar para AX e dizer que logo nós estaríamos a salvo, mas não tinha certeza se ele poderia me ouvir, e também não tinha certeza se conseguiria escapar daquela situação.

Os passos inimigos se tornaram mais altos.

AX ainda urrava de dor, o que só os instigava a virem mais depressa.

O E-11 estava a cerca de três metros do local onde estávamos. Se eu quisesse me defender, teria que me arriscar.

Levantei-me e corri na direção da arma caída; demorou apenas meio segundo para que os rebeldes percebessem que se tratava de um stormtrooper inimigo que corria a sua frente, e logo fui alvejado por um tiro que passou de raspão no braço esquerdo.

Mesmo não tendo atingido completamente, o laser conseguira abrir um ferimento horizontal por onde passara, deixando apenas carne e partes do meu traje, queimados.

Me joguei no chão, e rolei até onde estava o blaster.

Prendi a respiração e me concentrei no soldado mais a frente, era o único que eu podia ver. Pressionei a coronha contra o ombro, na intenção de conter o recuo, levantei a arma e a alinhei com a cabeça do meu alvo.

O som dos berros e choro de AX me desconcentravam, mas não o bastante para que eu errasse aquele tiro; então momentos após o inimigo notar o que estava acontecendo, meu dedo foi de encontro ao gatilho, e no mesmo instante seu crânio explodiu com um brilho avermelhado, espalhando sangue e pedaços de cérebro pela caverna.

Um oficial que eu não conseguia ver, imediatamente soltou um grito de espanto, e ordenou para que as tropas se alinhassem, e parassem de avançar.

Notei então que algum compartimento interno dentro do rifle modificado havia sido danificado durante a explosão, pois o liquido que impedia a arma de congelar estava vazando por dentro, e isso iria superaquecer a arma até que o metal derretesse ou eu desse um jeito de concertar.

Obviamente eu não tinha tempo nem os métodos necessários para reparar aquela arma.

Enquanto eu fazia o possível para me manter fora do campo de visão dos inimigos, e tentava ignorar o ferimento em meu braço, os rebeldes ainda tentavam localizar a região de onde o disparo havia sido projetado.

Respirei fundo mais uma vez e segurei o rifle contra o tronco; o seu calor estava mais intenso do que deveria, mas ainda não era o bastante para me fazer larga-lo. Me inclinei devagar na parede de gelo atrás de mim, e olhei em direção a parte superior, que era exatamente onde um dos soldados estava.