SEIS

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EMILY

- Foi só um corte. - puxei minha mão que estava por entre a dele.

- Eu te avisei para não pegar os cacos com a mão. - seus olhos fixaram sobre aquele corte que eu ainda não sabia a dimensão.

A todo momento eu me perguntava em como estávamos naquela situação.

Parece até um charme que eu tenho, de atrair a atenção das pessoas pelos desastres que eu causo.

- Como você mesmo disse: "Olha o que você fez garota"! - me coloquei de pé. Seus olhos acompanharam meus movimentos. - Então, deixa que eu arrumo o que EU fiz. - disse por fim. Cruzei os braços.

- seu dedo não deve estar doendo. - se levantou fazendo com que eu desse um passo para trás, desfiz meus braços cruzados.  - Porque prefere fazer pirraça do que receber ajuda. - e pela primeira vez, de todas que eu o vi com sua feição séria e indiferente, observei seu semblante se suavizar podendo até dizer que surgiu um ar riso em seus lábios.

Em uma fração de segundos, ele passou pelos cacos e se desviou de mim. Suspirei soltando um ar que eu nem sabia que estava segurando, e virei meu rosto para ver onde ele havia ido. Não muito longe, ele estava apenas à poucos passos de distância mechendo em um armário procurando algo.

Me abaixei novamente, mas fui interrompida antes que pega -se o primeiro caco.

- Emily, tira a mão daí. - senti sua mão puchar meu braço com uma firmeza surpreendente. - o empregado vai tirar isso daí. - sustentou sua mão sobre meu braço e seu olhar ao meu. - não bota a mão naquilo de novo - em uma fração de segundos desceu seus olhos aos meus lábios e subiu novamente seus olhos claros aos meus. - Me ouviu? - engoli em seco, não sabendo pela primeira vez o que falar.

- O que está acontecendo aqui? - senti sua mão se afroxar sobre meu braço,  e olhamos ao mesmo tempo para a porta. - Emily, o que é essa mão suja de sangue? - em questão de segundos Alana já se encontrava ao meu lado aflita tentando me ajudar de algo que  eu já havia até esquecido. Meu dedo cortado. Alan havia deixado uma maletinha de primeiros socorros nas mãos de Alana.

Em quanto ela procurava um pano, eu observei Alan sumir do meu campo de visão sem ao menos olhar para trás.


LUCAS

A sensação de observar Manuela aconchegada em meu peito em quanto estávamos deitados sobre aquela enorme e confortável cama, não tinha explicação.

- Amor - suas mãos acariciavam minha pele descoberta na altura da costela. -  olha o por do sol, que lindo.

- Mm.. estou vendo. - Menti. Meus olhos estavam nela. E só então, depois dela falar, que eu olhei pelo enorme paredão de vidro em nossa frente para ver a cena que ela já estava assistindo.

Continuamos por tempo indeterminado naquela mesma posição, apenas curtindo o momento.

- Eu não quero ir embora. - quebrou o silêncio mais uma vez. - Nunca mas! - deu uma risada preguiçosa. - Nunca mas. - apertou meu corpo.

- Eu não moraria aqui. Mas ficaria mais uma semana de boa, aqui, com você.

- Eu notei isso desde o nosso segundo encontro. - debruçou sobre meu corpo.

- O que? - franzi a testa e coloquei um braço por trás da minha cabeça.

- Que você gosta de barulho, falação, movimento. - abriu um sorriso. - você lembra que me levou à um bar? - deu uma risada alta como se lembra-se de algo. - Um bar que virava balada.

- E olha que eu nem bebo. - dei um riso baixo me lembrando do dia.

- Sim... eu sei! Simplismente pelo barulho e agitação. - balançou a cabeça de um lado para o outro.

Dias depois

Passaram-se três dias desde que eu e Manuela voltamos do bangalô, no meio da mata. E, ela por mais que tenha demonstrado no domingo quando estávamos voltando, que gostou do nosso final de semana, desde quarta feira que ela tem estado estranha. Tem me evitado, e deu várias desculpas quando pedi pra vê-la.

Estava desfrutando dos meus 5 primeiros minutos do horário de almoço quando Manuela ligou, e antes que eu consegui-se atender a mesma desligou. Disquei de volta, e sem sucesso. Me senti na mesma hora impotente ao imaginar inúmeras situações que poderiam ter feito, ela fazer isso. Ela não é assim.

Primeiro que, ela nem gosta de falar por ligação.

Chequei o whatsapp e não havia nenhuma mensagem.

- Não tem jeito. - pensei alto. Apaplpei o bolso para checar se as chaves estavam no mesmo lugar e me levantei da mesa, eu estava na praça de alimentação para ir ao estacionamente.

Com 20 minutos e eu já estava batendo na porta dela. Bati mais algumas vezes impaciente, até que ela própria atendeu.

- Lucas? - seus olhos estavam vermelhos, seu rosto estava inchado e por mais uma vez passou a mão limpando resquícios lágrimas.

- Porque você estava chorando? - dei um passo para dentro da casa fazendo com que ela desse dois passos para trás.

- Lu... - mas antes que consegui-se concluir qualquer coisa, seus olhoa se encheram de lágrimas e elas começaram a rolar.

- o que foi, amor? - a embalei em meus braços. Meu coração começou a bater descompensado e o meu sentimento era de importância.

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Capítulo bem curtinho. Mas eu não queria deixar vocês sem capítulo novo. Então tomaaa este lindo capítulo. Me digam o que estão achando?!!!!! Quero saber da opinião de vocês. Beijão

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⏰ Última atualização: Oct 24, 2019 ⏰

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