Grey - Capítulo 1

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Suas mãos deslizavam ao longo de seu corpo. O corpo coberto por roupas coladas. Roupas sensuais. Roupas de couro extremamente sexys que realçavam perfeitamente cada curva saliente embaixo do couro.

— Christian... — chamou roucamente parando a minha frente. A silhueta perfeitamente moldada parecia a tentação chamando calmamente ao meu ouvido e mandando-me pecar. Pecar insanamente até mesmo em pensamento. Eu mal podia esperar para ter seus quadris oscilantes ao alcance de minhas mãos.

— Você quer brincar, Christian? — olhei-a com um misto de ansiedade e confusão. E surpreendentemente, não senti seu toque quando ela apoiou as mãos em minhas pernas e inclinou-se em minha direção. Suas mãos estavam em mim, mas era como se não estivessem. Eu estava embasbacado por não senti-la, mas extasiado com a pouca distância entre nós que se tornava cada vez menor. Fechei meus olhos e esperei pelo contato de seus lábios, mas nada aconteceu.

— Abra os olhos, Christian. — ela sussurrou suavemente ao pé do meu ouvido. A sonoridade de sua voz era acolhedora, e como uma criança dócil eu queria apenas obedece-la.




Eu abro os olhos e meu sonho se desvanece à luz da manhã como um rojão. Meu coração acelerado me deixa em estado de alerta. Quando me dou conta de onde estou, eu esmurro o travesseiro ao meu lado e bufo frustrado. Um sonho. Apenas um sonho, Grey, minha mente me alerta.

Me sento na cama e encaro o relógio no criado mudo. Seis e trinta e sete da manhã. Embrenho as mãos em meu cabelo, bagunçando-os ainda mais. Estou muito suado. Já é quarta vez na semana em que sonho com ela. A louca que gritou comigo na semana passada. Sonhos completamente sem nexo, mas que conseguem me deixar fora de mim. É frustrante. Eu não sei que tipo de obsessão doentia desenvolvi por ela, mas a vontade de vê-la outra vez está se tornando uma necessidade. Eu quero saber se realmente a conheço e quero saber se ela me conhece. Ou estou apenas ficando louco, o que é a única explicação plausível. Afasto os pensamentos impertinentes da minha mente e saio da cama rumo ao banheiro.

Depois de um banho rápido e de fazer as devidas higienes matinais, encontro alguns moletons recém lavados no meu closet. Lá fora, um céu nublado promete chuva, e não estou nem um pouco a fim de ficar molhado durante minha corrida. Decido me dirigir para minha sala de treino e antes de subir na esteira eu ligo a TV no canal de notícias 24 horas. Meus olhos estão na jornalista que divulga situações aleatórias ao redor do mundo mas meus pensamentos se desviam para o meu dia. Eu não tenho nada além de reuniões. Nada além do normal, considerando que não terei que me encontrar com meu personal trainer hoje. Talvez eu devesse ligar para Elena e marcar um jantar mais tarde. Ela é uma boa amiga e talvez possa me dar um conselho sobre essa minha estranha obsessão. Já faz um tempo que não conversamos. Ela tem andado ocupada ultimamente.

Paro a esteira quando percebo que já corri o bastante. Passo rapidamente pelo chuveiro antes de me arrumar para começar mais um dia monótono. Percebo uma movimentação estranha quando chego a minha sala. Taylor está abordando alguém extremamente insistente e para minha completa infelicidade, eu conheço esse alguém.

— Você não pode entrar sem que o senhor Grey autorize... — Eliot abre os braços como quem diz 'olhe para mim, você me conhece' enquanto Taylor tenta impedi-lo de continuar.

Eliot é meu irmão mais velho impertinente. Ele é completamente oposto a mim, é irresponsável, preguiçoso e espantosamente mulherengo. Gostaria de não ter que me importar com isso, mas certas atitudes inconsequentes de Eliot sempre acabam me afetando.

— Ah, sem essa, Taylor! — ele se aproveita de sua altura e passa um braço em torno dos ombros de Taylor de forma amigável. — Você sabe que eu sou da família.

Cinquenta Tons de Steele - INCONTROLÁVELOnde histórias criam vida. Descubra agora