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P.O.V Nina
Eu estava completamente em pânico. Aquele cara podia fazer qualquer coisa. E ter proteção do Abelardo e de ninguém é a mesma coisa.

-Eu?Chorar? É a última coisa que eu vou fazer.-Abelardo parecia segurar as lágrimas.

O pai do Abe começou a rir e eu tentei gritar enquanto isso.

-Cala a boca garoto que o meu assunto não é com você.-O pai de Abelardo gritou.

-Mas o meu é.-Abelardo mordeu a mão do pai dele que o soltou e ele me puxou.

-Corre!-ele gritou.

Eu e ele começamos a correr. O pai dele não foi atrás de nós. Ele só segurou no cinto o que fez Abelardo engolir em seco.

-Pra onde a gente vai agora?-perguntei.

Ele fez um sinal com a cabeça e começou a correr. Viramos na esquina e corremos como loucos até a rua de trás, foi desesperador. Logo em seguida, nos sentamos para descansar um pouco.

-A gente vai na delegacia.-aquela frase parecia rasgar sua garganta.

-Hã?Como assim?Mas ele é seu pai.

-Exatamente. Ele é meu pai, ele podia me bater, ele não devia fazer nada com um anjo como você.-ele parecia tão corajoso.

Eu sorri involuntariamente.

Vamos agora?-eu disse segurando sua mão.

-Quando você quiser.

Eu puxei ele até a delegacia pois sabia que ele estava um pouco receoso ainda.

-Mas espera Abe...-ele parou de andar e me encarou-Por que seu pai te chamou de doente aquela hora?

-Nada.-Abelardo apenas continuou andando.

-Eu não tenho bola de cristal sabia? Se você não falar eu nunca vou adivinhar!-sorri esperando que aquilo o convencesse.

-Eu...-ele começou antes de voltar a pensar.

-Você...?

-Eu não sei se quero falar sobre isso...-ele encarou o chão por um tempo.

-Ah não! Eu quero te ajudar!-bati o pé.

-Nesse caso não tem como você me ajudar, bom, não perguntando já me ajuda bastante.-ele respondeu me encarando com aqueles lindos olhos castanhos.

Assenti com a cabeça, porém não tão segura do que devia ter feito em seguida.

Assim que chegamos na delegacia, Abelardo registrou um BO e passou pelo pronto socorro. Ele foi muito forte, muito corajoso. Como eu amo aquele menino.

Ele fez tudo sem derramar uma única lágrima, muito pelo contrário, quando tudo acabou, ele me abraçou.

Me abraçou sem medo.

Sem medo de eu o julgar ou de ser ferido.

-Vamos para casa? Digo, para a minha casa?-perguntei e ele sorriu.

Abelardo Cruz sorriu.

Era como raio de luz em meio á uma década de infinita tempestade. E o sorriso espontâneo dele era maravilhoso.
P.O.V Paulo
Eu corri, corri o mais rápido que consegui, eu não podia perdê-la novamente. Alicia Gusman era a única certeza que eu tinha na minha vida, tinha certeza de que queria abraçá-la e beijá-la, eu tinha certeza de que o que sentia por ela era verdadeiro.

-Alicia!-Gritei e ela parou.

-O que você quer, além de me machucar?-ela perguntou cruzando os braços.

-Eu quero pedir desculpas, amor. Quero pedir perdão por todas as vezes que não fui bom o suficiente para você. E pedir desculpas por todas aquelas outras vezes que te fiz sofrer. Quero te dizer que eu estou arrependido por todos os meus atos bobos, eu sou bobo, confesso. Ás vezes pareço um menino de seis anos perto deste mulherão que você se tornou...Mas eu te amo. E não posso te perder novamente, já passamos tempo demais separados e acho, ou pelo menos espero que todos saibam disso.

-C-como?-ela estava extasiada, e aqui só serviu para provar o quanto ela ficava linda de todos os jeitos.-O que Paulo Guerra acabou de dizer?

-Exatamente o que você ouviu.-respondi com um sorriso. E aí? A minha marrentinha aceita minhas desculpas?

Ela me encarou por mais algum tempo. Eu realmente pensei que não estava perdoado, mas ela me beijou.

Foi um dos beijos mais quentes que já dei em minha vida. Suas mãos estavam em volta do meu pescoço e seus dedos mexiam em meus cabelos. Minhas mãos deslizavam pelas suas curvas até chegar em sua cintura.

Juro que senti uma enorme vontade de apertar sua bunda, mas respeitei seu espaço. Respeitei a menina que eu amava mais que tudo nesse mundo.

Ela era perfeita, ou melhor, ela era cheia de defeitos, assim como eu. Mas nossos defeitos faziam de nós um casal perfeito.

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⏰ Última atualização: Feb 04, 2018 ⏰

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Carrossel: Amor Ou Ódio? [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora