Capítulo 4 - Juras de Vingança.

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          Finalmente John e Sophia haviam encontrado aquele que tanto procuraram, mas, não esperava encontrá-lo naquela situação. O homem estava preso a uma guilhotina, não que o pequeno John soubesse o que era aquilo, mas, a mais velha sabia muito bem o significado daquela "engenhoca" que prendia os braços e a cabeça de seu marido.

         Sophia tinha que agir rápido, porém, o que fazer? Por que seu marido estava ali? Será que ele havia comerido algum delito? Comprado algo considerado ilícito pelo país? O que ela poderia fazer para salvar o marido sem ser presa também e prezar a segurança de seu filho? Muitas perguntas rondavam a cabeça de Sophia mas, nenhuma resposta.

        Sem sombra de dúvida aquela era a situação mais tensa que passara em toda sua vida, "decidir" sobre qual vida deveria prezar, não que as chances de salvar Sérgio fossem altas, porém, iria tentar fazer o possível e o impossível para que sua família estivesse junta novamente, até mesmo matar passou pela sua cabeça, porém, se fizesse isso como iria encarar seu marido e filho, ou até mesmo olhar seu próprio reflexo. Não estaria apenas tirando a vida de uma pessoa, o que seria a maior atrocidade que faria em sua vida, mas, também estaria traindo a si mesma.

       Então o que fazer? Bater um papo, com alguém da elite que encontrava-se no centro da praça não seria uma boa opção.

       Sophia já estava em desespero. Qualquer pessoa em seu lugar estaria, seu marido estava prestes a morrer por algum motivo desconhecido, se ela fizesse algo poderia ser capturada junto com o filho, não que ela desse tanto valor à própria vida a ponto de esquecer a vida do marido, mas, ela tinha um filho, tem que colocar o pequeno sempre em primeiro lugar, como uma boa mãe.

         Enquanto sua mente estava quilômetros de distância, Sophia não notou que uma criança aproximou-se e estendeu um bilhete em suas pequenas mãozinhas, ficou um tempo com p braço esticado até que Sophia notou e pegou o bilhete, agradecendo, mesmo não sabendo do que se tratava.

       Chegou a pensar em ler em outra hora, mas, a curiosidade foi tanta que não resistiu e leu.

        Cada letra escrita naquele papel era uma equivalente a uma apunhalada em seu coração, as lágrimas já teimavam em cair, deixando o pequeno John aflito por ver o estado que sua mãe se encontrava.

        Ele não conseguia entender o porque de sua mãe estar chorando e perguntar naquele momento não seria uma opção viável. Ele apenas abraçou a mais velha, que imediatamente se agachou e retribuiu o abraço.

        Eles perderam a conta dos minutos que ficaram naquela posição, até que Sophia rompeu o abraço e se afastou alguns sentimentos do pequeno a sua frente, que estava com o senho franzido.
 
  - Minha pequena criança, eu quero que você pegue esse papel e vá até a tenda. - Deu uma pausa observando a expressão confusa do mais novo. - Pegue todo o dinheiro guardado e vá para muito longe. - Terminou já sentindo as lágrimas se formando em seus olhos.

   - O papai, a senhora e eu vamos viajar? - Perguntou John com uma ponta de dúvida.

   - Não... na verdade você  ira sozinho dessa vez, também terá que ser forte desse dia em diante. - Falou sem conseguir olhar direito no rosto da criança, seu  coração estava em mil pedaços vendo a reação de tristeza e desespero de seu filho.
     
   - So-sozinho? - Perguntou e a mais velha assentiu. - Eu não quero ficar londe do papai e nem da senhora, eu não quero ficar sozinho. - E seu choro aumentou e Sophia pela primeira vez não sabia o que dizer para seu bem mais precioso.

   - Eu sei que isso vai ser muito difícil para você mas, acredite está sendo muito pior para mim. Existe pessoas muito más nesse mundo, mas, também há pessoas de bom coração, eu sei que você vai conseguir, eu acredito em você.

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